Francisco Vianna
Margaret Hilda Thatcher,
antes chamada Margaret Hilda Roberts (12/10/1925 a 08/04/2013), (o sobrenome
Thatcher é oriundo do título vitalício de pariato como "Baronesa Thatcher de Kesteven",
que lhe permitia ter assento na Câmara dos Lordes - equivalente ao Senado),
também era conhecida como a Primeira-Ministra "Dama de Ferro" (The Iron Lady Prime Minister) pelo
período de 1979 a 1990, quando foi a primeira mulher a ocupar o cargo de
Primeira-Ministra na história da Monarquia Constitucional britânica. O apelido
veio devido ao fato de ela ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato em
1984, por sua dura e tenaz oposição aos sindicatos e por sua forte crítica à
União Soviética.
Foi governo pelo Partido
Conservador e, desde o início mostrou-se determinada a reverter o que via como
declínio nacional de seu país, criando políticas econômicas focadas na
desregulamentação e desestatização do setor financeiro, e na flexibilização do
mercado de trabalho – amplamente emperrado pelo sindicalismo – e na
privatização de diversas estatais, entre elas a BBC. Com a crise do petróleo em
1979, a sua popularidade entrou em baixa pela recessão econômica que se seguiu.
Foi também uma crítica ferrenha da União Européia, na qual o Reino Unido jamais
aceitou se integrar. Apesar de adotar os preços em euros em todo o reino, fez
questão de manter a libra esterlina como a moeda corrente e oficial no país.
Ela teve o mérito de consertar
a bagunça feita pelos "trabalhistas" com o apoio dos socialistas em
todo o Reino Unido, que causou sério prejuízo à economia do país e fez com que
o Reino Unido perdesse algumas posições no ranque de nações. Teve também o bom
senso de manter a assistência médica e hospitalar como um serviço público estatizado
e universalizado em excelentes padrões de atendimento aos beneficiários e de
remuneração para os profissionais de saúde, não deixando a Medicina inglesa
mergulhar num processo mercantilista e insuficiente como o existente hoje nos
Estados Unidos.
Nesse sentido, ela teve a capacidade de liderança bastante e a perseverança necessária para propor ao Parlamento um sistema semelhante ao que já funcionava na península escandinava (único local no mundo onde o capitalismo privado se harmoniza perfeitamente com o estatismo dos serviços públicos essenciais e até colabora com o Estado), que deu certo também no Reino Unido, em parte, também, pela absorção da experiência canadense e australiana.
Nesse sentido, ela teve a capacidade de liderança bastante e a perseverança necessária para propor ao Parlamento um sistema semelhante ao que já funcionava na península escandinava (único local no mundo onde o capitalismo privado se harmoniza perfeitamente com o estatismo dos serviços públicos essenciais e até colabora com o Estado), que deu certo também no Reino Unido, em parte, também, pela absorção da experiência canadense e australiana.
Em sua tenacidade e liderança
real, jamais chegou sequer próxima a ser seduzida pelo caudilhismo e dizia o
que era preciso dizer aos súditos de Sua Majestade a Rainha, sem qualquer
preocupação populista e demagógica.
A rigidez com que assumia suas
posições de governo chegou a causar manifestações de desasossego social em
Londres, a maioria delas programadas e orquestradas pelos trabalhistas e
socialistas, que compõem a esquerda britânica.
Saiu com decisão e precisão
impressionantes em defesa do Arquipélago das Ilhas Falklands, no Atlântico Sul,
que pertencem à British Commonwealth desde 1948 (que os argentinos e demais
perfeitos idiotas latino-americanos insistem em chamar de
"Malvinas"), numa ação que não foi mais rápida e fulminante, em
parte, pela oposição de esquerda que não queria que ela "vencesse a
guerra" e ganhasse mais prestígio por isso e, em parte, por uma
imperdoável hesitação da Casa Branca, que queria resolver a invasão argentina
do arquipélago através da diplomacia, por considerar que o conflito estava
dentro de "sua área de influência".
Os ingleses a consideram como
sendo uma espécie de "Winston Churchil de saias". Imagino como estão
sentindo o seu falecimento.
Título e Texto: Francisco Vianna, 08-04-2013
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