quinta-feira, 11 de abril de 2013

PM finlandês: "Sem austeridade quem emprestaria dinheiro a Portugal?"

Nuno Aguiar
O primeiro-ministro finlandês defendeu esta tarde a necessidade de aplicar uma receita de austeridade em Portugal, de forma a que o País recuperasse a sua credibilidade.
"Quem emprestaria dinheiro a Portugal se Portugal não tivesse assumido as suas responsabilidades? Acho que ninguém", afirmou hoje Jyrki Katainen, em resposta a uma pergunta sobre se os esforços de austeridade exigidos a Portugal foram exagerados.
"Estou impressionado com Portugal. Acho que está na mesma posição em que nós estávamos [nos anos 90]. Ainda não conseguimos ver muita criação de emprego, mas temos de acreditar no futuro. Tenho a certeza que vai resultar."
A declaração foi feita numa conferência em Lisboa, organizada pela Universidade Nova. Durante o evento, Katainen foi confrontado com o facto de existir uma diferença muito grande entre o ajustamento finlandês da década de 90 e a consolidação que Portugal está a executar hoje: a existência de uma moeda própria.
"A situação é completamente diferente. Portugal não pode desvalorizar a moeda, o que torna a situação mais desafiante", reconheceu, embora tenha acrescentado que "a desvalorização [da moeda] não funciona para sempre". "Serve para o motor arrancar, mas não é uma receita sustentável."
Título e Texto: Nuno Aguiar, Jornal de Negócios, 11-04-2013 às 17h23

Morais Sarmento: “Qual é a parte da frase 'não há dinheiro' que não entende?”
Nuno Carregueiro
Secretário de Estado do Orçamento garante que o despacho de Vítor Gaspar a congelar a nova despesa “permite manter toda a administração pública a funcionar”. No debate na Assembleia da República, o deputado do PS acusou o Governo de ser um “bando de irresponsáveis”.
Luís Morais Sarmento, Secretário de Estado do Orçamento, explicou esta quinta-feira no Parlamento que o despacho do ministro das Finanças para congelar nova despesa do Estado visa “garantir que durante o período de definição política” das medidas para contornar o chumbo do Tribunal Constitucional “toda a margem existe”.
No debate parlamentar promovido pelo PCP sobre o despacho assinado pelo ministro das Finanças na terça-feira, Luis Morais Sarmento afirmou que o documento “tem uma vigência temporária e necessariamente curta”. 
Depois das intervenções dos deputados de todas as bancadas parlamentares, Morais Sarmento garantiu que o despacho de Gaspar “permite manter toda a administração pública a funcionar”, pois o que “impede são os novos compromissos”. O secretário de Estado afirmou ainda que este despacho “tem a mesma abrangência que despachos anteriores do Governo do PS”. 
Em reacção a uma proposta de Honório Novo, deputado do PCP, de deixar o défice orçamental derrapar devido à decisão do Tribunal Constitucional, Morais Sarmento questionou: “Qual é a parte da frase não há dinheiro que não entende?”. Antes já tinha garantido que o Governo estava empenhado em cumprir as metas inscritas no programa de ajustamento.
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Nuno Carregueiro, Jornal de Negócios, 11-04-2013 às 16h21

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