O primeiro-ministro finlandês
defendeu esta tarde a necessidade de aplicar uma receita de austeridade em
Portugal, de forma a que o País recuperasse a sua credibilidade.
"Quem emprestaria
dinheiro a Portugal se Portugal não tivesse assumido as suas responsabilidades?
Acho que ninguém", afirmou hoje Jyrki Katainen, em resposta a uma pergunta
sobre se os esforços de austeridade exigidos a Portugal foram exagerados.
"Estou impressionado com
Portugal. Acho que está na mesma posição em que nós estávamos [nos anos 90].
Ainda não conseguimos ver muita criação de emprego, mas temos de acreditar no
futuro. Tenho a certeza que vai resultar."
A declaração foi feita numa
conferência em Lisboa, organizada pela Universidade Nova. Durante o evento,
Katainen foi confrontado com o facto de existir uma diferença muito grande
entre o ajustamento finlandês da década de 90 e a consolidação que Portugal
está a executar hoje: a existência de uma moeda própria.
"A situação é completamente
diferente. Portugal não pode desvalorizar a moeda, o que torna a situação mais
desafiante", reconheceu, embora tenha acrescentado que "a
desvalorização [da moeda] não funciona para sempre". "Serve para o
motor arrancar, mas não é uma receita sustentável."
Título e Texto: Nuno Aguiar, Jornal de Negócios, 11-04-2013 às 17h23
Morais Sarmento: “Qual é a parte da frase 'não há dinheiro' que não
entende?”
Nuno Carregueiro
Secretário de Estado do Orçamento garante que o despacho de Vítor Gaspar a congelar a nova despesa “permite manter toda a administração pública a funcionar”. No debate na Assembleia da República, o deputado do PS acusou o Governo de ser um “bando de irresponsáveis”.
Secretário de Estado do Orçamento garante que o despacho de Vítor Gaspar a congelar a nova despesa “permite manter toda a administração pública a funcionar”. No debate na Assembleia da República, o deputado do PS acusou o Governo de ser um “bando de irresponsáveis”.
Luís Morais Sarmento,
Secretário de Estado do Orçamento, explicou esta quinta-feira no Parlamento que
o despacho do ministro das Finanças para congelar nova despesa do Estado visa
“garantir que durante o período de definição política” das medidas para
contornar o chumbo do Tribunal Constitucional “toda a margem existe”.
No debate parlamentar
promovido pelo PCP sobre o despacho assinado pelo ministro das Finanças na
terça-feira, Luis Morais Sarmento afirmou que o documento “tem uma vigência
temporária e necessariamente curta”.
Depois das intervenções dos
deputados de todas as bancadas parlamentares, Morais Sarmento garantiu que o
despacho de Gaspar “permite manter toda a administração pública a funcionar”,
pois o que “impede são os novos compromissos”. O secretário de Estado afirmou
ainda que este despacho “tem a mesma abrangência que despachos anteriores do
Governo do PS”.
Em reacção a uma proposta de
Honório Novo, deputado do PCP, de deixar o défice orçamental derrapar devido à
decisão do Tribunal Constitucional, Morais Sarmento questionou: “Qual é a parte da frase não há dinheiro que
não entende?”. Antes já tinha garantido que o Governo estava empenhado em
cumprir as metas inscritas no programa de ajustamento.
(…)
Nuno Carregueiro, Jornal de Negócios, 11-04-2013 às 16h21
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