Eis aí a questão. Um marxista (comunista, socialista),
via de regra, é um sujeito preguiçoso como Marx que odeia o trabalho e adora
viver às custas dos capitalistas. A teoria do marxismo é a
seguinte:
“Vamos botar o proletariado para trabalhar e o estado
para nos sustentar”.
Beleza, né? No Brasil a teoria está sendo posta em
prática metódica e cientificamente. Bem devagar que é para o povão não perceber.
Uma medida provisória aqui, outra ali, uma instituição mensaliada (vem de
mensalão) aqui, outra ao lado, e o negócio vai entrando devagarzinho, sem dor.
O problema é que implantar as teorias do bon vivant
Karl Marx gera efeitos colaterais na maioria das vezes desastrosos. É o que está
acontecendo no Brasil com um PIB (Produto Interno Besta) abaixo das necessidades
do país, a inflação em alta, os gastos públicos fora de controle, a dívida
pública que já virou bola de neve, infraestrutura sucateada, o empresário modelo
do PT que o BNDS entupiu de dinheiro falido, a Petrobrás aparelhada por
marxistas sem condições sequer de manter a produção de petróleo que cai mês a
mês e os números da economia anunciando que este ano não haverá dinheiro sequer
para pagar os juros da dívida. É o calote com suas consequências a caminho.
E o governo, em seu estilo marxista, querendo que os
capitalistas empresários assumam a responsabilidade de reconstruir a
infraestrutura em condições que, caso fossem aceitas, significaria a falência de
todos.
Mas, vamos a Marx.
Otacílio Guimarães
Rodrigo Constantino
A carta-manifesto do
aluno que se recusou a fazer um trabalho sobre Marx na faculdade, por
saber que seu professor marxista não aceitaria críticas duras sem contrapartida
na nota, deu o que falar aqui no blog. Já foram mais de 40 mil views diretos
no texto, e muitos marxistas saíram da toca nos comentários.
São minoria, como podemos ver
pela expressiva quantidade de gente (15 mil) que aprovou o texto, recomendando
o mesmo na rede social. Mas é uma minoria barulhenta. E mostra como a
doutrinação marxista atingiu patamares alarmantes no Brasil.
Muitos fingem não ser
marxistas, mas logo deixam a máscara cair. “Mesmo contra Marx, é um absurdo se
recusar a estudar um autor etc”. Claro. Mas quem disse que o aluno se recusou a
ler Marx? Ele se recusou a fazer um trabalho sobre Marx, sabendo
antecipadamente que seu professor, marxista como a maioria, não teria isenção
no julgamento.
As pessoas decentes estão
cansadas de ter que perder tanto tempo de sua formação lendo e falando sobre um
pulha que só defendeu ideias absurdas, influenciou tragédias e foi canalha em
sua vida. Marx merece a lata do lixo da história das ideias! Mas dizer isso, ó
céus!, ofende os acadêmicos “abertos” ao debate de todas as vertentes (sei,
sei…).
O episódio me deu vontade de
iniciar uma série nova, “refutando o marxismo”. Ontem mesmo já postei um texto mais técnico, com base em Bohm-Bawerk. Agora segue outro, mostrando
como o marxismo, na verdade, não passa de uma seita religiosa.
A seita marxista
Poucos intelectuais exerceram
tanta influência direta como Karl Marx. Suas idéias, afinal, foram colocadas em
prática por seguidores convictos como Lenin, Stalin e Mao Tse-Tung,
sacrificando milhões de vidas no altar da utopia. O marxismo pretendia ser científico,
e tal termo era comumente usado pelo próprio Marx. Seria crucial, então,
analisarmos quão científica era sua obra.
Como o estudo da vida de Marx
deixa claro, ele não tinha as características de um cientista que se interessa
na busca da verdade. Mais parecia um profeta, interessado em proclamá-la. Até
mesmo o economista Schumpeter, que fez uma análise obsequiosa de Marx,
reconheceu que o marxismo é uma religião e Marx era uma espécie de profeta.
Seu tom messiânico e seu
escrito escatológico, influenciado pelo pano de fundo poético, nada tinham de
científico. Sua visão apocalíptica de uma catástrofe imensa prestes a se abater
sobre o sistema vigente desprezava a necessidade de evidências sustentadas
pelos fatos. Tal característica conquistou muitos seguidores pelo desejo de
crer no fim próximo do capitalismo, dispensando o uso da razão para tanto. Os slogans ajudavam
na propaganda, assim como a promessa de salvação.
Marx tinha um bom talento como
jornalista polêmico, e sabia usar aforismos de forma inteligente, ainda que a
maioria tenha sido copiada de outros autores, e não criada por ele. Mas seu
mérito residia no uso das palavras para instigar sentimentos e revolta nos
leitores. A elaboração de sua filosofia foi um exercício de retórica, sem a
sustentação de sólidos pilares.
Distanciado do mundo real, em
seu bunker intelectual, ele iria fazer de tudo para confirmar
suas ideias já preconcebidas. Afirmava ser o defensor dos proletários, e até
onde sabemos, nunca esteve numa manufatura ou fábrica. Seus aliados eram
intelectuais de classe média, como ele, e havia inclusive certo desprezo pela
classe trabalhadora.
Um cientista sério busca dados
novos que possam contradizer suas teses. Marx nunca fez isso; pelo contrário:
tentava encontrar o tipo certo de informação, adequada para suas teorias já
definidas. Toda a sua abordagem era no sentido da justificação de algo
declarado como sendo a verdade, não na investigação imparcial dos fatos. Era a
convicção não de um cientista, mas de um crente.
Os dados estariam subordinados
aos seus trabalhos de pesquisa, tendo apenas que reforçar as conclusões
alcançadas independentemente deles. Com tal método, foi escrita sua obra
clássica, Das Kapital, repleta de contradições, dados errados ou
defasados, fontes suspeitas ou mesmo manipulações e falsificações. Assim como
na obra do seu colega Engels, o descaso flagrante e a distorção tendenciosa
estão presentes nos escritos de Marx, como prova de uma desonestidade
inequívoca. Em Os Intelectuais, Paul Johnson fez uma análise detalhada
desses erros todos.
Alguns exemplos merecem
destaque para a melhor compreensão desta total falta de compromisso com a
verdade, premissa básica para qualquer um que se considera um cientista. Marx
utilizou informações obsoletas quando interessava, já que as novas não
validavam suas alegações. Em exemplos gritantes, usava casos de décadas atrás
para mostrar uma suposta conseqüência nefasta do capitalismo, sendo que o
próprio capitalismo tinha feito a situação perversa desaparecer.
Ele escolheu também indústrias
onde as condições de trabalho eram particularmente ruins, como sendo típicas do
capitalismo. Entretanto, esses casos específicos eram justamente nas indústrias
onde o capitalismo não tinha dado o ar de sua graça, e as firmas não tinham
condições de implantar máquinas, por falta de capital.
A realidade gritava que quanto
mais capital, menor o sofrimento dos trabalhadores. Marx não tinha o menor
interesse em escutar este brado retumbante dos fatos. Salvar a teoria, e em
última instância seu ódio ao capitalismo, era mais importante que a verdade.
Chamar isso de científico beira o absurdo completo. Schumpeter admitiu que Marx
estava quase sempre errado, e Keynes considerou Das Kapital um
livro obsoleto, cientificamente errado e sem aplicação no mundo moderno.
No fundo, podemos tentar
buscar os motivadores de Marx em alguns aspectos de seu caráter. Ele alimentava
um profundo gosto pela violência, tendo deixado isso claro ao longo de toda a
sua vida. Desejava ardentemente o poder. Mostrava uma inabilidade irresponsável
e infantil de lidar com dinheiro, sendo vítima constante de agiotas. E mostrava
uma tendência de explorar os que se encontravam a sua volta, incluindo família
e melhores amigos.
Provavelmente, seu rancor
refletia uma frustração em possuir certas potencialidades mas ser incapaz de
exercê-las de forma mais efetiva. Marx levou uma vida boêmia e ociosa durante
sua juventude. Mostrou uma enorme incapacidade de lidar com dinheiro, gastando
sempre muito mais que recebia, tendo que parasitar nos familiares e amigos ou
recorrer aos agiotas.
Isso pode estar na raiz de seu
ódio ao sistema capitalista e também seu anti-semitismo, já que os judeus
praticavam normalmente a usura. Ele pegava dinheiro emprestado, gastava de
forma insensata, e depois ficava nervoso com a cobrança. Passou a ver os juros
como um crime contra a humanidade, uma exploração do homem pelo homem. Não o
interessava verificar que o problema estava, de fato, em sua completa
irresponsabilidade.
Chegou ao ponto de ser
deserdado pela mãe, que recusou pagar suas dívidas certa vez. Foi procurar
refúgio em Engels, um rico herdeiro e a maior fonte de renda de Marx, que
passava então a viver como pensionista de um rentier. Sua mulher,
de família aristocrata, também foi uma fonte de recursos para Marx. Aquele que
considerava o trabalho uma exploração, nunca quis muito saber de trabalhar ou
de se relacionar com trabalhadores, orgulhava-se da nobre descendência de sua
esposa e ainda vivia às custas do dinheiro dos outros.
Poucos são os casos, em minha
opinião, onde um só intelectual concentra tantas idéias estapafúrdias. Fora
isso, o desprezo por Marx aumenta mais quando conhecemos sua vida e seu
caráter, sem falar do fato de que a concretização de seus ideais derramou um
oceano de sangue inocente. Por fim, a autoproclamação de que tanto absurdo e
contradição tem um respaldo científico é um crime contra a ciência e a razão.
Se a religião é o ópio do povo, como Marx dizia, o marxismo é o crack.
Seus seguidores – e eles são
muitos ainda, principalmente entre os intelectuais – precisam desprezar o uso
da razão para manter a fé dogmática no marxismo. Não foi a razão que falhou nas
idéias de Marx. Foi a falta dela, necessária para salvar o dogmatismo presente
na seita que é o marxismo.
Título, Imagem e Texto: Rodrigo Constantino, 01-10-2013
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