José Manuel
Mais uma semana se foi, com
quase um escândalo diário de roubo e corrupção.
Desta vez tivemos como
"pièce de résistance", a notícia de que
foram presos 21 fiscais da vigilância sanitária, aqui no Rio de Janeiro, que
lhes proporcionava uma receita média de 4 milhões ao ano.
Isso não é difícil de
verificar por nós mortais, pois ao olharmos dentro das garagens de nossos
prédios, ou mesmo andando na rua, a quantidade de carros conhecidos de "marca"
importados e que você nem sonha em ter jamais um dia.
Nessas observações, nota-se
que há um abismo abissal entre a "pinta" do proprietário e
o tipo de veículo que ele usa, ficando claro que é produto de fraude ou o que
quiserem chamar.
De dez anos para cá isso
tornou-se tão comum, que ninguém já não liga mais. Pois deveria!
A outra péssima notícia diz
respeito a nós do Aerus, pois enquanto fundo de pensão, estamos dentro do
problema:
A CVM (Comissão de Valores Imobiliários)
solicitou ao MPF investigar e levar a julgamento, não mais do que
o BNDES, e os fundos de pensão como a Petrus, a Previ e
a Funcef, por irregularidades cometidas pelos seus dirigentes. Todos são
do PT e as fraudes cometidas devem ser de grande vulto, visto a
ação tomada pela CVM, e como "prêmio" são afastados
com aposentadoria opulenta.
Isso não é novidade, pois o
assalto a fundos de pensão no Brasil é uma prática comum há muitos anos.
São verdadeiras quadrilhas que
se locupletam em cargos públicos, geralmente indicados pelos governos de
plantão.
Isso seria meramente um
assunto policial, pois existem instituições especializadas na
solução desses crimes, não fosse a total displicência em controlar ou
gerenciar esses fundos, pela agência reguladora oficial para tal.
Foi o que aconteceu em nosso
fundo AERUS, quinto maior fundo Brasileiro à época, e que
pela irresponsabilidade da Secretaria de
Previdência Complementar, órgão governamental regulador, tomou o
rumo que tomou, lesando milhares de pessoas e que até hoje se encontra sem
solução.
Por falar em solução, estamos
vivendo em uma verdadeira gangorra, ora para cima ora para baixo, ao sabor dos
humores governamentais quando resolve fazer um acordo, mas em
dois meses fez apenas três reuniões de trabalho e cancelou várias.
Isto porque a economia à
União, já declarada é de dois terços do montante devido e que estão lidando com
idosos, já sem paciência para esperar mais.
Agora temos a notícia e que
queremos acreditar piamente, que serão dados os contornos finais ao tal acordo.
Vamos aguardar terça-feira 08-10-2013 e estar vigilantes, pois mais
de 60 dias, preciosos para nós, foram perdidos pela falta de responsabilidade
que grassa nas hostes dirigentes deste país.
Espero sinceramente que a
gangorra a que estamos sendo submetidos, tenha um fim até ao dia 15 deste
mês, pois o viço, a saúde, os meninos que existiam dentro de nós foram embora e
agora, graças àqueles que dirigem esta Nação, só resta a amargura e a tristeza.
Quanto aos escândalos, o que
será que vamos tomar conhecimento, na próxima semana?
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig 67
anos, na gangorra, não por muito tempo mais.
Jonathas Filho
ResponderExcluirQuando envelhecemos colecionamos muitas perdas. O viço talvez seja o principal. Estou falando do viço no sentido geral pois não é só o viço orgânico mas também o viço intelectual, o viço emocional, o viço da memória. Esta ultima, a memória, num país de desmemoriados é quase que normal perder porém quem a tem com viço, compreende exatamente o significado da metafórica "gangorra" tão bem descrita pelo kirido José Manuel. Essa gangorra emocional de tantos "sobes & desces" mata qualquer um... ou de decepção ou de raiva!!!
Jonathas Filho