Pode ser o órgão oficial do MPLA, do presidente
José Eduardo dos Santos, pode, eventualmente, ‘pecar’ por algum excesso de
indignação, pode ser… o que quiserem.
Mas, por favor, você, cidadão residente em
Portugal Continental, diga qual é a mentira escrita neste editorial do Jornal de Angola, edição de sábado, 12 de outubro.
José Ribeiro
As relações entre Portugal e Angola estão num
ponto alto e para isso contribuiu muito a parte angolana, quando o Presidente
José Eduardo dos Santos as classificou como estratégicas.
Alguns percalços no percurso aconselham a uma
clarificação para que não restem dúvidas quanto às boas intenções de parte a
parte. Em Angola existe uma inequívoca separação de poderes. Nunca os órgãos de
soberania se atropelaram ou tentaram intromissões abusivas. Se há um ponto onde
a democracia angolana tem robustez, é no Poder Judicial. Nesse aspecto não
recebemos lições de ninguém e muito menos de Portugal, onde todos os agentes
políticos proclamam a separação de poderes mas aparentemente não estão
preocupados que o Ministério Público tenha ligações perigosas com a comunicação
social.
Infelizmente, temos exemplos de sobra que atestam
esta realidade. O Ministério Público em Portugal é independente, faz gala da
sua independência, mas depois alimenta manchetes na imprensa portuguesa que
apenas visam julgamentos populares na praça pública, cujas vítimas inocentes
são titulares dos nossos órgãos de soberania. Investiguem quem quiserem. Mas
não violem o Segredo de Justiça para assassinarem a honra de altas figuras do
Estado Angolano. Essas formas de actuar são profundamente antidemocráticas e só
têm paralelo com as campanhas de calúnias desencadeadas pelo regime fascista
contra os seus opositores e os dirigentes dos movimentos de libertação das
antigas colónias.
Esse aspecto tem de ficar claro de uma vez por
todas. Ninguém em Angola está contra as investigações seja a quem for. Mas é
inadmissível a violação do Segredo de Justiça, apenas para julgar na praça
pública altas figuras do Estado Angolano. É um truque indigno de democratas e
muito menos de amigos.
(…)
Diga lá, cidadão residente em Portugal
Continental, quantas vezes você ouviu e/ou percebeu as piores insinuações
atinentes a angolanos que compram isto ou aquilo, que investem nisso ou naquilo…

Quem ainda não percebeu as constantes “fugas de
informação” que saiem lá do Judiciário para acusar este ou aquele, insinuar que
este ou aquele…?! Uma prática que envergonha a sensatez e a vergonha na cara do
honesto cidadão…
Onde está a mentira desse editorial do Jornal de
Angola?
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