Flavio Quintela
Artigo publicado no jornal O Coyote, edição de
março/abril de 2015, página 6.
Quando se diz a palavra vida,
algumas coisas costumam vir à mente: movimento, dinamismo, mudança constante.
Algo que não combina muito com a vida é a estagnação. Temos uma certa repulsa
por ela, pois o que está parado, acomodado, imóvel, parece não combinar com a
dinâmica que esperamos viver. E é fato que os que se acomodam vão morrendo
lentamente, qualquer que seja o foco da acomodação. Se nos acomodamos no
emprego, acabamos ficando para trás e, eventualmente, trocados por alguém mais
dinâmico. Se nos acomodamos em nosso casamento, as coisas ficam sem graça, o
relacionamento vai murchando, e corremos o risco de passar por uma separação ou
divórcio. Se nos acomodamos em nosso físico, o corpo vai engordando, ficando
lento, os músculos ficam flácidos, e tudo se torna mais difícil.
No âmbito governamental a
acomodação também tem resultados muito ruins. Nós mesmos vivemos hoje sob um
governo de esquerda porque houve uma acomodação excessiva por parte dos
governos militares, que “empurraram com a barriga” a questão do aparelhamento
cultural, e uma acomodação sem precedentes da elite intelectual brasileira, que
desengajou-se politicamente, deixando caminho livre para que chegássemos à
situação de hoje, onde não há sequer um partido de direita disputando eleições
no Brasil.

A acomodação da militância
petista chegou a tal ponto que transformou-se em arrogância cega: seus
manifestantes mercenários saem vestidos de vermelho dos pés à cabeça, com
bandeiras e balões também vermelhos, ignorando que nossa pátria jamais adotou
essa cor. Estão tão cegados por seu projeto de poder que já não percebem mais o
patriotismo do brasileiro: quando vestimos o verde e amarelo ao lado de nossos
irmãos de pátria, nosso coração bate mais forte e as esperanças de mudança são
renovadas. O vermelho opressor do comunismo só traz incômodo e desespero, e é
repudiado por mais de 90 por cento da população. Aliás, é repudiado até mesmo
pelos que empunharam as bandeiras da CUT e do PT, já que uma pesquisa feita
pelo Datafolha com os “manifestantes” do dia 13 mostraram que a maioria
acredita que Dilma Rousseff sabia de tudo o que estava acontecendo na
Petrobrás, e apenas um terço deles acha que ela está fazendo um bom governo.
Dilma Rousseff é praticamente
uma unanimidade no Brasil de hoje. Seu governo tem destruído o pouco que
havíamos construído no início da Nova República, e sua capacidade de mentir não
tem mais lastro na ingenuidade do povo. Os poucos apoiadores que ainda restam
dividem-se em dois grupos, o dos corruptos, que se beneficiam pessoalmente com
o governo, e o dos seguidores irracionais, que se assemelham aos fanáticos
religiosos, dispostos a se explodir em troca de benesses no além. A diferença é
que os fanáticos religiosos têm coragem; os fanáticos petistas são covardes.
Perdeu, PT.
Título, Imagem e Texto: Flavio
Quintela, escritor e
tradutor de obras sobre política e filosofia, e autor dos livros “Mentiram (e muito) para mim” e “Mentiram para mim sobre o desarmamento”. No blogue “Maldade Distilada”, 1-5-2015
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