Marlos Ápyus
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Os críticos passaram mais de 10 anos alertando da possibilidade de a
Venezuela virar uma ditadura, mas foram ignorados. Foto: Marcello Casal Jr/ABr
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Era 2005, ou o ano em que Hugo Chávez começou a definir a própria
política como “Socialismo do século XXI”. O mundo não tinha esquecido. Menos de
duas décadas antes, o Muro de Berlim tinha ido ao chão, e a União Soviética
tinha sido derrotada pelo capitalismo. Os vitoriosos entenderam a mensagem: sem
exceções, o comunismo destruía democracias e as entregava a ditadores.
Portanto, era natural o temor do que poderia acontecer com a Venezuela.
Àquela altura, Chávez já havia vencido eleições, promulgado uma nova
Constituição, referendado o próprio poder e… vencido mais eleições. Foi neste
contexto que Lula, presidente que no Brasil enfrentava até então sua maior crie
política – sim, o Mensalão – entrou em campo para defender o companheiro
bolivariano.
“Eu não sei se a América
Latina teve um presidente com as experiências democráticas colocadas em prática na Venezuela. Poder-se-ia
até dizer que tem em excesso.”
Nessa época, o jornalismo não reclamava do uso de mesóclises por
parte do presidente da República. Era capaz até mesmo de aplaudir, afinal,
tratava-se de um líder com gritante déficit educacional fazendo uso de uma
linguagem um tanto mais rebuscada.
Doze anos se passaram. A democracia na Venezuela é algo tão escasso que o
Mercosul já a reconhece como uma ditadura. Mas o PT segue apoiando o sucessor
de Chávez. Mesmo com o ditador matando mais de uma centena de manifestantes contrários ao regime.
Título e Texto: Marlos Ápyus, Implicante, 27-7-2017
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