Marlos Ápyus
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Foto: Kremlin |
Emmanuel Macron [foto acima] foi celebrado
pela imprensa de todo o mundo como a salvação. Em maio de 2017, havia
derrotado Marine Le Pen, a candidata conservadora tratada como
extrema-direita pelos críticos mas rigorosos. Jovem, ligado ao mercado
financeiro, integrante de um pequeno partido que lançara na temporada anterior,
o francês parecia ter encarnado a fórmula do sucesso em uma década tão saturada
da velha política. Mas agosto chegou com a péssima notícia: a provação do presidente não passava de 36%.
Para efeito de comparação,
mesmo com todos os ataques sofridos pela mesma imprensa de todo o mundo, Donald
Trump, em seu sétimo mês na Casa Branca, ainda goza da aprovação de 38% do
eleitorado.
A arrogância de Macron, ao que
tudo indica, tem sido o problema. A mesma mídia que o enalteceu já percebeu o
ar de superioridade haddadista que vende em suas poucas aparições públicas.
Como quem faz um favor ao país por meramente existir.
Na pauta mais esdrúxula,
tentou alterar a Constituição para oficializar o cargo de “primeira dama”. Nem
os governistas o apoiaram, pois viram na medida uma forma de conseguir um gordo
salário par a própria esposa.
Pegou muito mal, também,
quando ignorou a tradição e abriu mão de falar com a imprensa no 14 de julho,
Dia da Bastilha. Mas nada como a notícia de que Macron gastou 26 mil euros com maquiagem no primeiro trimestre comandando o país.
Oriundo do mercado, o
presidente francês parece padecer do mal mais caracteristicamente liberal:
dialoga bem com empresários, mas pessimamente com o povo. Porque acredita que
basta fazer a coisa certa e tudo se resolve.
Numa democracia, contudo, isso
não é suficiente. Se a população não percebe que a coisa certa está sendo
feito, trocará o grupo que se encontra no comando. E, com isso, todo trabalho
se perde.
Para sorte dele, ainda há
tempo para corrigir isso. Resta saber se a vaidade deixará que perceba os erros
cometidos.
Título e Texto: Marlos Ápyus, Implicante,
25-8-2017
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