Valdemar Habitzreuter
Depois que o Temer se safou
das duas denúncias, garantindo sua permanência no cargo de presidente, já se
visualiza com isso um revés nas atividades da Lava Jato. É óbvio que haveria
resistências por parte dos denunciados de corrupção e crimes de lesa pátria.
Mas, o que não se esperava é que a advertência de que a Lava Jato teria o mesmo
destino do movimento “Mãos Limpas” italiano se concretizasse.
Os sinais estão sobejamente
visíveis agora: no Judiciário há juízes que trabalham sorrateiramente para que
assim aconteça; no Congresso não é preciso nem sofismar muito: grande parcela
dos parlamentares é criminosa e trabalha nos bastidores para se safar das
condenações; muitos dos probos e que não estão enrascados em falcatruas, muitas
vezes, se posicionam ao lado de seus pares; fica, portanto, uma minoria que
quer um parlamentarismo isento de criminosos, mas que são avassalados pelo
lobby dos corruptos.
Está aí o poder que a
corrupção representa em nossa sociedade, ela está entranhada em todos os níveis
como algo natural. E o fato de ela estar encastelada e com muita força no alto
escalão dos três poderes e em tal grau máximo de crimes antidemocráticos e
republicanos é muito preocupante.
A Lava Jato, revelando-se como
uma promessa para acabar com toda esta promiscuidade e sujeira na Casa do povo,
está agora a “fazer água”, começando a naufragar. A absolvição do Temer na
Câmara indica isso. Agora, com mais um ano à frente da Presidência, é óbvio que
todo esforço será concentrado para delimitar os movimentos de Moro e da Força
Tarefa da Lava Jato; não é preciso ser nenhum analista político para perceber
isso, está na cara.
A condenação e prisão cautelar
dos criminosos na primeira instância já está sendo vista como arbitrária; a
condenação na segunda instância, como válida a que o criminoso vá imediatamente
para a cadeia, já está sendo rediscutida pelo Supremo...
Tudo, tudo conspira contra a
que o Brasil se livre da pecha de um país imerso num lamaçal de malfeitos, tal
é o poder da corrupção quando é exercido de cima para baixo amealhando e
contagiando toda a sociedade...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 29-10-2017
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Estou muito confuso.
ResponderExcluirAté onde eu julgava saber, a Operação LAVA JATO, nasceu em Curitiba e se submete ao Juiz Sergio Moro.
Outras operações, para valer ou para fingir, em São Paulo, em Brasília ou no Rio de Janeiro (com o juiz Marcelo Bretas) não fazem parte da Lava Jato, embora o povo se regozije com a prisão de corruptos.
Michel Temer não está na Lava Jato, Lula, sim!
Confundir, misturar e voltar a dar, as iniciativas político-ideológicas do ex-PGR, Janot, com a autêntica Lava Jato, de Sergio Moro, é arte marxista, esquerdista. No que têm tido muito sucesso.
Prezado WH,
ResponderExcluirMe interessei subitamente por POLÍTICA COMPORTAMENTAL.
Então refiz minhas convicções que no Brasil o problema não é educação, mas sim COMPORTAMENTO.
Quando multado o cidadão brasileiro põe a culpa na legislação, na arrecadação e no fiscalizador.
Quando tenta recorrer não pode.
Prefere pagar propina do que ser legalista ou aceitar que errou.
Não existe mais humor sem sem flagelos comportamentais.
Onde há sinergia, há corrupção.
Até nas delações premiadas há escolhas de quem deve ou não ser delatado.
Pesquisas de opinião direcionadas, fazem as mídias corporativas.
Essa é a terra do QUEM INDICA.
Uma das coisas que tento livrar-me é dos malefícios do saudosismo.
A VARIG foi, e hoje há empresas com tanta eficácia quanto, mas duvido que sejam brasileiras.
Tenho dificuldade imensa em comparações.
Pelé, maradona, Cristiano, Messi, Ronaldinho ou Nazário creio absurdas.
Cada qual nas suas épocas e nas diferentes qualidades.
Se me perguntam qual a melhor raça de cães, eu escolho a que mais gosto que é o pastor de Shettland.
São gostos ou escolha comportamentais.
Neymar, Nazário, Cristiano Ronaldo e Maradona são ou foram arrogantes no gramado e alguns fora deles.
Messi, Ronaldinho jamais tripudiaram sobre adversários e torcidas.
São comportamentos.
Moro é simplório e humilde, Bretas é o oposto.
Certa vez, no Sheraton em LAX, estavam jantando, eu, Júlio César Chaves e um assessor em duas mesas próximas.
O pugilista convidou me à sua mesa, éramos únicos no restaurante, perto de meia noite.
Gentilmente ele falou que detestava ficar sozinho, adorava a convivência humana, e até TENTOU pagar a minha conta.
Agradeci, mas não deixei.
COMPORTAMENTO...
Durante alguns anos recebi convites para suas lutas, infelizmente não as pude ver pessoalmente.
Não temos machismo, mas há comportamentos de possessão.
O sentimento de posse é comportamental.
Não podemos rotular, pois esse comportamento é feminino também.
Preto é ausência de luz, Negro é raça.
Branco é acromático, precisa de preto para faze o cinza.
Ouro negro, buraco negro e Mar negro, não é racismo é apenas ausência de cor.
Como discernir ou catalogar seres humanos pela quantidade de melamina em seus corpos, a falta dela é uma doença genética, o resto é apenas comportamento racista.
O comportamento é uma pirâmide invertida.
Ele vem de cima para baixo.
Tudo que vem de cima para baixo acaba em ruínas.
A ruína social brasileira é questão comportamental.
Infelizmente não viveremos tempo suficiente para vermos essa mudança.
Não há remédios para esse câncer social sem mudanças penais e legais.
"Se houvesse no Brasil a lei de Talião, nós do AERUS estaríamos sem nossas mãos."
fui e bom dia...
Caro Vanderlei, vc abrilhanta esta revista com teus comentários inteligentes!
ExcluirAbs
Valdemar
A definição política de “Lava Jato” já se tornou universal, extensiva a todas as varas judiciais; e é bom que seja assim...
ResponderExcluirHabitz