João Lemos Esteves
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Foto: Nelson Almeida/AFP |
Trata-se de uma verdadeira
mudança política em terras de Vera Cruz, que expressa a vontade genuína dos
brasileiros de quebrar o domínio da elite socialista-comunista do PT, que
alienou o prestígio, a credibilidade e a seriedade do Estado em benefício das
elites que sustentavam a referida força partidária.
Atenção que o PT não é o único
(será o principal?) responsável pelo estado de entropia em que caiu a política
brasileiro e o funcionamento dos seus órgãos político-constitucionais: o
sistema de barganha política, que a prática da atividade do Congresso
instituiu, propiciou a difusão de esquemas difusos de captura dos interesses coletivos
por interesses meramente privados – e uma afirmação, sem opositores, do
socialismo irresponsável e impune.
E se o socialismo minimamente
disciplinado pelas leis (suprapartidárias e politicamente neutras, pelo menos
na sua inspiração) já é, por natureza, terreno fértil para as maiores
trafulhices políticas, imagine-se as possibilidades ilimitadas de atentado à
integridade do Estado e aos interesses do povo de que o socialismo desregulado,
selvagem e impune é capaz.
2. O povo brasileiro aprendeu-o da pior forma possível, com o
agravamento da violência, da pobreza estrutural, da disseminação da pior
escravatura possível que é a escravatura da inércia, da desesperança no futuro,
da impotência perante os poderes instituídos.
Não há pior escravatura do
presente do que o sentimento de condenação perpétua à miséria, à vida que nos
limita hoje, negando a ambição pessoal de cada um à vida que deseja. Para si e
para os seus.
O socialismo – a experiência brasileira demonstra-o à exaustão
– é uma ideologia desumana, porque nega a natureza humana: as pessoas querem
constituir e preservar a sua família; triunfar profissionalmente (e, sim,
ganhar e acumular dinheiro); viver comodamente; um Estado que lhes sirva e não
que se sirva.
Enfim, o Brasil do PT e seus
correligionários acabou, pois, de entrar na história como mais uma experiência
socialista-comunista falhada…
Quem se dispõe a persistir no
engodo do socialismo? Quem o fizer (cada vez são menos e serão ainda menos nos
próximos anos…) já não será por convicção; será apenas por teimosia trágica.
3. Acabe-se, destarte, com a narrativa pueril e propagandística de
que a eleição do Presidente Bolsonaro é difícil de perceber.
Bem pelo contrário, esta é,
porventura, a vitória política mais fácil de explicar: a economia brasileira,
com potencialidades várias para se afirmar como uma das mais poderosas à escala
planetária, sofreu os desvarios da governação “pêtista”; o Estado brasileiro
demitiu-se da sua função de proteger os cidadãos brasileiros, tornando o “bem
de mérito” segurança em algo reservado a uma classe social privilegiada; a
corrupção alastrou-se pela máquina do Estado, não poupando qualquer poder da arquitetura
constitucional – quer essa corrupção venha a ser comprovada real ou aparente, a
verdade é que aflige legitimamente os cidadãos brasileiros; a elite socialista
concentrou-se, em detrimento de resolver os problemas verdadeiramente
estruturantes para o futuro da Nação Brasileira, em aprovar um programa de transformação dos costumes e da moral, a um
ritmo e com um alcance não partilhados pela maioria do povo. Nestes termos,
estava criado o cadinho político, económico e social para o poder do establishment romper.
4. E, graças a Deus – e ao povo brasileiro, porque também lá, voz do
Povo é voz de Deus –, o poder do sistema socialista-comunista montado
ardilosamente pelo PT de Lula e Dilma terminou, simbolicamente, ontem.
O Presidente Bolsonaro é a
resposta a este desejo de mudança profunda, de evolução econômica e progresso
(que não “progressismo”) social, de afirmação do Brasil no continente americano
e no mundo – pelas quais os brasileiros tanto (mas tanto!) aguardavam.
Os primeiros sinais do
Presidente Bolsonaro são extremamente positivos: o discurso proferido ontem,
quer no Palácio Itamaraty, quer perante o povo na Praça dos Três Poderes em
Brasília – foi “curtinho” (expressão do próprio Presidente Bolsonaro) em
duração, mas “cheiinho” em mensagens políticas fortes.
Com o Presidente Bolsonaro, o
Brasil deixará de ter uma política externa de terceiro mundo – e passará a adotar
uma política externa à medida da sua condição e vocação: a de um país de
primeiro mundo e líder da América do Sul.
Neste ponto, mérito (muito)
para o Ministro escolhido pelo Presidente Bolsonaro, Ernesto Araújo.
Finalmente, o Brasil abdicará
da sua política externa dominada pela agenda socialista-comunista, inspirada
pelas ideias soviéticas da “Guerra Fria”, de outro mundo e de outro tempo que
já não são os nossos; substituindo-a por uma política pragmática e que sirva os
interesses reais da Nação brasileira.
Três pontos merecem aqui ser
destacados.
Primeiro, a política de
aproximação reforçada entre as duas potências do continente – o Brasil e os
EUA, lideradas pelo Presidente Bolsonaro e pelo Presidente Donald Trump.
Dois líderes natos, cuja força
vem do povo e da sua vontade de mudança – e que reforçarão indubitavelmente os
laços entre as duas Nações, com benefícios para a região e para o mundo. Não
por acaso, ontem, os EUA fizeram representar-se pelo Secretário de Estado, Mike
Pompeo, um dos homens de maior confiança do Presidente Trump.
Em segundo lugar, o Presidente
Bolsonaro irá concretizar a sua promessa de campanha eleitoral, tomando a
decisão histórica de transferir a Embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém.
Cessou, pois, o tempo em que a
Palestina parecia pôr e dispor da política exterior brasileira para o Médio
Oriente. E o que é mais significativo é que esta alteração não decorreu de uma
imposição da elite ou de uma vanguarda; antes resultou da vontade espontânea,
genuína do povo brasileiro de reforçar os laços com Israel, numa irmandade afetuosa
da qual a CPLP poderá beneficiar.
A cerimónia conjunta entre o
Presidente Bolsonaro e o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu foi certamente um
dos pontos altos das cerimónias que antecederam a tomada de posse do novo
inquilino do Palácio do Planalto – e reforçou a ideia de que o Brasil entrou
numa nova era marcada pela coragem, pela determinação, pela seriedade e pelas
convicções. Tudo em nome do povo – e não das vanguardas revolucionárias
inspiradas nesses faróis do social-fascismo que são Cuba ou a Venezuela…
Terceiro, esperemos que a
imprudência, a irresponsabilidade e a falta de tino diplomático do Presidente
Marcelo Rebelo de Sousa (lembram-se quando Marcelo afirmou que Bolsonaro era um
perigo para a democracia?) não comprometam o empenho do Presidente Bolsonaro na
CPLP e relação bilateral com o nosso país.
Não deixa de ser curioso que nas redes sociais brasileiras se comente, num tom que varia entre a troça e a lamentação, que o Presidente português Marcelo foi tratado ao nível de Evo Morales, da Bolívia...
Que Marcelo Rebelo de Sousa
aprenda, de uma vez por todas, que ele não ”é” Presidente; ele “está”
Presidente da República – e que os interesses de Portugal estão acima das suas
paixonetas e sensibilidades pessoais…
5. No que tange à economia, o Presidente Bolsonaro já anunciou que
iniciará um programa de redução da despesa pública e da dívida pública, que
tanto compromete o futuro da Nação brasileira.
Também nesta área, os dogmas
socialistas-comunistas, e as práticas mais do que censuráveis, do PT
terminarão.
O “Bolsomito” fará o Brasil
regressar ao caminho de uma verdadeira economia de mercado, com regras e
servindo o povo e a Nação brasileira. Mais dinheiro, mais emprego e mais
justiça social.
6. Terminamos com duas citações marcantes do discurso de ontem do
Presidente Bolsonaro: o Brasil será novamente um país livre de socialismo – e a
bandeira do Brasil jamais será vermelha, a não ser pelo sangue que for preciso
para a defender verde e amarela!
Muitas felicidades e sucessos
para si, Presidente Jair Bolsonaro!
Porque os seus sucessos serão,
afinal, os sucessos do povo brasileiro – e o povo português torce sempre pelo
êxito do seu povo irmão (compreendo nós, ainda para mais, a vossa luta de
libertação do socialismo-comunismo corrupto…).
7. Presidente Bolsonaro, que nunca hesite em dizer “tchau, querido
socialismo” – e tchau, queridos socialistas e outros políticos corruptos! O seu
Brasil vai triunfar, porque vai colocar o “Brasil acima de tudo e Deus acima de
todos!”.
Título e Texto: João Lemos Esteves, SOL, 2-1-2019
Marcação: JP
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