domingo, 6 de abril de 2025

Universidades portuguesas: fraude «científica» anti-Chega

Gabriel Mithá Ribeiro

Há dias representei o Partido CHEGA num grande evento académico numa instituição universitária de referência, caso tipo do atual panorama do ensino superior. O campo do conhecimento da instituição é a «ciência política», área esdrúxula da formação académica inventada em finais do século passado no contexto do assalto das universidades pelos esquerdistas iniciado em 1974. No Ocidente, «ciência política» é nome de batismo da institucionalização do velho «socialismo científico» soviético, que hoje se impõe às demais áreas do saber clássicas (filosofia, história, literatura, psicologia, direito, entre outras).

Acontece que o uso da razão na civilização ocidental determina que «ciência» é das universidades e «política» é dos partidos e das ideologias. Desse modo, «ciência política» é fruto da mesma pulsão humana que mistura água com azeite, com a particularidade de a tal composição se aplicar a Lei de Gresham: «A moeda má tende a expulsar do mercado a moeda boa». Logo, a realidade irá sempre demonstrar que quando se mistura «ciência», a boa moeda, com «política», a má moeda, esta expulsa aquela. É a identidade atual das universidades, em particular nas áreas de humanidades e ciências sociais, simbolizada por excelência no rótulo «ciência política».

1. A douta campanha eleitoral fraudulenta

Embora admita ser coincidência temporal, pois uma instituição universitária trabalha o ano inteiro, na sessão «académica» a que assisti como convidado em plena campanha eleitoral (ou pré-campanha) nada falhou. Estávamos num auditório amplo e bem composto de estudantes e depressa se percebeu que era para passarmos a manhã e tarde subjugados pela autoridade suprema do pensamento único de esquerda, revivalismo dos «bons» tempos da antiga União Soviética.

O problema é que o pensamento único é exatamente o contrário da «ciência». Esta só existe onde e quando nada é dado como garantido, em rigor, quando a atitude da instituição é a da liberdade intelectual, o que quer dizer permanente questionamento que teste ao limite a verdade científica. Logo, a sessão retratava como no interior das universidades se tem destruído a ciência, ou o conhecimento, mal que depois se projeta a cada geração na vida social. A condizer, tudo (ou quase) naquela universidade, como noutras públicas, é pago a peso de ouro pelos contribuintes portugueses.

2. Nem ciência nem catequese: doutrinação esquerdista

Uma sumidade catedrática deu início à sessão com uma certeza: a crise das democracias. A «sua ciência» garante que pelo planeta se caminha para as trevas antidemocráticas: Europa, Américas, África. A fonte do mal subentendida a cada douta frase era a «extrema-direita».

Tal sumidade tutelar catedrática professora doutora não é exceção, antes regra. Representa os que ignoram Max Weber. Há cerca de um século, ensinou que sem o princípio da «neutralidade axiológica» não há ciência. A expressão quer dizer nunca descartar a hipótese contrária à que defendemos se a contrária for plausível.

É a mais brutal negação da ciência não colocar a hipótese de não haver «crise das democracias», antes «renovação» ou «revitalização» justamente porque as populações exigem que quem mandou durante meio século, a esquerda, deva ser substituída pela direita. No limite, não é descartável a hipótese académica de o mundo ter entrado no «fim do ciclo histórico de ditaduras com rosto de democracias».

Quem assistia, minutos depois viu confirmada a ausência da ciência na universidade (porque o uso da razão estava ausente), também não era a honestidade da catequese (aí assume-se que é a fé em Deus que tudo determina), antes participava numa fraude mental do tamanho do mundo chamada doutrinação, pois a mais grosseira ideologia política estava escondida no rótulo de «ciência», e assim vive na intimidade quotidiana de salas de aula e auditórios de universidades. Três jovens alunos da associação académica que organizou o evento «científico» intervieram no início dos trabalhos.

Das palavras resultantes da sua formação e preocupações iniciais do seu percurso académico, garantiam ao mundo que esse mesmo mundo (passo a redundância) estava a ficar «incerto», «sombrio», a «intolerância reinava», «não podemos permitir que a nossa liberdade seja limitada», era preciso travar a ascensão do «extremismo», do «discurso de ódio», do «autoritarismo». A sempre subentendida «extrema-direita» voltava a ser martirizada. Para explicarem onde reside a salvação da espécie humana, os jovens estudantes foram apresentando citações das suas apuradas evidências «científicas»: de Barack Obama a Nelson Mandela. Na prática, cabeças jovens depositárias abúlicas da irracionalidade dos catedráticos da instituição.

3. O pináculo da douta fraude eleitoral anti-Chega

O ambiente académico dos painéis da sessão foi andando até um reputado professor doutor catedrático tocar no ponto «científico» nevrálgico latente desde o primeiro minuto: Donald Trump é «palerma», «lunático», «perigoso». Claro que não poderia dizer «André Ventura» com um representante do CHEGA presente. Perto do final desse painel, fiz uma breve intervenção sem quebrar o dever da cordialidade institucional. Estávamos no final das sessões da manhã e retirei-me sem estômago para assistir às sessões da tarde onde se iria falar «cientificamente» da China e da «crise» das democracias na América Latina. Imagine-se.

No balanço, nem com uma lupa se encontrariam diferenças entre uma universidade portuguesa e um comício eleitoral do PS, BE, PCP, Livre, PAN e até do PSD por estes dias. Só haverá futuro para os portugueses quando houver uma limpeza profunda das universidades. Elas têm de existir para a ciência e para o conhecimento, não para a doutrinação rasca do marxismo-leninismo-esquerdismo-progressismo-woke! 

Título, Imagem e Texto: Gabriel Mithá Ribeiro, Deputado da Nação CHEGA – Leiria, Facebook, 5-4-2025 

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