J.R. Guzzo
Moraes, Barroso e Gilmar defenderam a "missão civilizatória" do STF no Brasil. Imagem: Montagem com fotos de Fellipe Sampaio/Antonio Augusto/Gustavo Moreno/STF)
O verdadeiro problema, para Lula e o STF, é esse:
Bolsonaro. No entender do consórcio Lula-STF, só ele ameaça realmente o seu
projeto de ficar no governo para sempre. Bolsonaro, certo ou errado, é quem a
maior parte dos eleitores de direita acha que tem as melhores condições de
deter Lula – e os eleitores de direita são a maioria no Brasil de hoje. O STF
teve de fazer os piores tipos de barbaridade para impedir sua reeleição em
2022, tirando Lula da cadeia, fazendo uma guerra feroz contra o seu governo e,
ao fim, dirigindo com parcialidade sem precedentes a campanha eleitoral. Sua
prioridade, agora, é dar uma “solução final” para o problema, e o Golpe dos
Estilingues lhes parece o melhor instrumento para chegar lá.
O último capítulo da comédia (que para as vítimas é tragédia) foi o número
de picadeiro de circo que montaram para decidir, sim ou não, se seis dos
acusados do “golpe” deveriam ir a julgamento, como réus. O que você acha que
aconteceu?
O regime em vigor não admitia, de jeito nenhum, que Bolsonaro ganhasse em 2022; não admite, obviamente, que ele possa ganhar em 2026. Mas ele já não está proibido de disputar eleição até 2030? O TSE (“missão cumprida”) não poderia resolver a parada na hora de contar os votos? Sim e sim, mas o STF, Lula e o seu sistema de apoio acham que isso aí não é suficiente, e querem se garantir fechando a coisa pelos sete lados: “inelegibilidade”, TSE garantido, Bolsonaro na cadeia. A condenação pelo “golpe” resolveria este último quesito – a cadeia.
Naturalmente, para prender Bolsonaro é preciso
haver uma condenação, para haver uma condenação tem de haver um processo
judicial e para haver um processo judicial é necessário, ou aconselhável, que
haja provas de que houve mesmo a tentativa de golpe. A dificuldade disso tudo,
que não irá embora nunca, é que não houve golpe nenhum, e como não houve golpe
nenhum é impossível que haja provas. Fazer o que, então? Uma possibilidade
seria esquecer e arquivar a coisa toda. Isso o consórcio acha que não pode aceitar,
da mesma forma que não pode aceitar a anistia. Optaram, como se vê, por criar
uma ilha da fantasia na qual inventam tudo, como no cinema: o processo, as
provas e o julgamento.
É essa a encenação que você vê, lê e ouve no
noticiário político do dia a dia. O último capítulo da comédia (que para as
vítimas é tragédia) foi o número de picadeiro de circo que montaram para
decidir, sim ou não, se seis dos acusados do “golpe” deveriam ir a julgamento,
como réus. O que você acha que aconteceu? Os seis, por unanimidade absoluta,
sem nenhum tipo de divergência por parte dos juízes do STF foram transformados
em réus. Na verdade, estão é condenados antes do julgamento; pela conduta pública
dos julgadores, que falam agressivamente contra eles, já são culpados e podem,
até, ter as suas penas de prisão fixadas.
É um spoiler do que vai acontecer no ato final
desta trapaça, a maior da história judicial do Brasil. Não foi apresentada pela
PGR nenhum átomo de prova das acusações feitas contra os seis indiciados. Não
foi admitida nenhuma alegação que os advogados de defesa fizeram – como se
fosse possível eles estarem errados em tudo o que disseram. É isso, o processo
do STF contra o “golpe”: fingem o delito, estão fingindo o processo e vão
fingir o julgamento.
Título e Texto: J. R. Guzzo, Gazeta do Povo, 26-4-2025, 8h
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Faça-me o favor! 😡
Ele não está indignado com o ato desumano...
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SINTO NOJO, ME DÁ ASCO DE VER ESSAS CARAS (ACIMA). E QUANDO ME FALAM EM STF, LEMBRO QUE OS QUE ALI ESTÃO, POR CONTA DESSES FALSOS JUIZES, REALMENTE, BEM SABEMOS, ESSAS POBRES VÍTIMAS INOCENTES 'S' ERÃO 'T' ODAS 'F' UTRICADAS' (OU PIOR, 'F' ODIDAS).
ResponderExcluirCarina Bratt
da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.