quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

"A desigualdade e o egoísmo estimulam o desenvolvimento"

Rivadávia Rosa
Nos tempos novilínguísticos (deturpação da linguagem pelo socialismo) faz-se necessário algumas notas de ajuste semântico sobre individualismo v. estatismo, sendo de advertir inicialmente:

“Quanto mais se submeteu o homem a normas coletivas, tanto mais aumentou sua imoralidade individual.” Carl Jung (Carl Gustav Jung – 1875-1961, psiquiatra suíco, fundador da psicologia analítica, conhecida como “psicologia jungiana”).

Nos períodos de ‘crise capitalista (cíclica) a economia de mercado, essência do capitalismo liberal – volta a ser atacada impiedosamente, com clichês anti (liberal, mercado e capitalista).
O fato é que a economia de mercado é baseada simplesmente na liberdade - liberdade contratual e efetivamente não há outro ‘modelo’ mais eficiente para ordenar otimamente os fatores de produção (capital, trabalho, terra e tecnologia) para produzir mercadorias, bens e serviços necessários para o bem estar social, o crescimento e o desenvolvimento, inclusive sustentável.
O (s) mercado (s) como instituição humana, não é e nem poderia ser perfeito, logo não é capaz de encontrar resposta infalível para as questões econômicas (a ‘infalibilidade’ não é mais papal, mas continua sendo preconizada pelo pseudo socialismo ‘científico’, cujos devotos acreditam que é ‘infalível’).
A economia de mercado (que os socialistas tentam revogar) quando sofre a interferência indevida de autoridades do Estado [Lei de Goodhart (Charles Goodhart: certas regularidades econômicas desaparecem quando a autoridade tenta explorá-las para efeito de política econômica.)], não pode funcionar a favor da sociedade, sobretudo dos indivíduos, concretamente. O que é razoável e possível é que o mercado pode beneficiar os agentes, empresas e investidores bem informados, assim como a sociedade como um todo, quando livre de interferências indevidas, sem descurar que todos os indivíduos devem estar submetidos à lei (Estado de Direito).
Para simplificar: ADAM SMITH introduziu a parábola da mão invisível que são todas as pessoas (físicas e/ou jurídicas) que operam espontaneamente no mercado – porém o que distorce a atividade econômico-financeira, além da interferência indevido do governo, é a ausência de marcos regulatórios (LEIS) e sua efetiva aplicação. Para simplificar ainda mais, é recomendável visitar um “mercado público”, onde pode se verificar concretamente a diversidade de mercadorias, de vendedores e compradores ...
Porém, o que os estatistas de plantão querem é depois de realizado o desejo piedoso da queda do capitalismo decorrente da atual crise financeira – é que o Estado como protagonista econômico substitua o mercado. Note-se que isso já foi tentado, cujo resultado foi a maior tragédia (des) humanitária do Planeta, seguido da falência múltipla de seus órgãos e instituições. E, pior não reconhecem o fracasso e ainda querem que com o planejamento estatal restringir o livre mercado, ou seja, controlar a “mão invisível”.
Assim, diante do Estado inepto (improper stateADAM SMITH) – corrupto, ineficiente, injusto, contrário as regras da livre economia (só funciona livre - o mercado do crime) e aos bons costumes e sem uma economia racional temos preços distorcidos, transporte e infra estrutura deficientes, elevada carga de impostos (extorsão tributária), dólar depreciado – sendo extremamente difícil a competição e o sucesso de empreendimentos honestos.
É de se lembrar que o papel do Estado - se define fundamentalmente por sua capacidade institucional de garantir o respeito aos direitos e garantias individuais, sobretudo a vida, a liberdade e a dignidade das pessoas e aí deve prevalecer o Estado de Direito; democracia; autonomia/independência/separação dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); respeito à Constituição, às leis e aos contratos, garantias, segurança jurídica; regras claras e estáveis para investimentos, sobretudo, liberdade econômica para investimentos privados...
Na ‘reencarnação’ da velha questão entre o indivíduo (individuum) e o Estado, é conveniente lembrar algumas expressões, sem esquecer que o socialismo é uma palavra cunhada expressamente como oposição ao individualismo:
Todo estatista é intervencionista. Porém, nem todo intervencionista é estatista; o estatista não se conforma em controlar o setor privado, quer dirigi-lo.
"Enquanto a democracia busca a igualdade na liberdade, o socialismo a procura na limitação e servidão.” Friedrich Hayek (1899-1992) apud alexis de Tocqueville (Alexis Henri Charles Clérel, visconde de Tocqueville – 1805-1859)
"... O verdadeiro individualismo acredita em mudança, se os homens são deixados livres, conseguem mais do que a razão humana jamais poderia conceber ou prever."
"O que nos ensina o individualismo é que a sociedade é maior do que o indivíduo somente na medida em que é livre." Friedrich Hayek (1899-1992)
"Tudo o que é social deve de algum modo ser reconhecido na ação do indivíduo." Ludwig von Mises (1881-1973)
“... Você deve ser livre para seguir os seus próprios conhecimentos e capacidades’, no sentido de que ‘dever-se-ia permitir ser guiado por seu interesse pelas coisas particulares que conhece e com que se preocupa, para fornecer a sua maior contribuição possível para os fins comuns da sociedade.” Dario Antiseri
RESUMINDO: para superar a pobreza não há outro remédio senão seguir as leis econômicas, ao invés de intervenções dirigistas. Políticos e burocratas quando dizem que lutam contra a pobreza, mas intervindo indevidamente nos mercados irremediavelmente só fazem aumentá-la. 
Título e Texto (formatação original): Rivadávia Rosa, 28-02-2103

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