Nos tempos novilínguísticos
(deturpação da linguagem pelo socialismo) faz-se
necessário algumas notas de ajuste semântico sobre individualismo v.
estatismo, sendo de advertir inicialmente:
“Quanto mais se submeteu o homem a normas coletivas, tanto mais aumentou
sua imoralidade individual.” Carl Jung (Carl Gustav Jung – 1875-1961, psiquiatra suíco,
fundador da psicologia analítica, conhecida como “psicologia jungiana”).
Nos períodos
de ‘crise capitalista (cíclica) a economia de mercado,
essência do capitalismo liberal – volta a ser atacada impiedosamente, com clichês
anti (liberal, mercado e capitalista).
O fato é que
a economia de mercado é baseada
simplesmente na liberdade - liberdade contratual e efetivamente não há outro ‘modelo’
mais eficiente para ordenar otimamente os fatores de produção (capital,
trabalho, terra e tecnologia) para produzir mercadorias, bens e serviços
necessários para o bem estar social, o crescimento e o desenvolvimento,
inclusive sustentável.
O (s)
mercado (s) como instituição humana, não é e
nem poderia ser perfeito, logo não é capaz de encontrar resposta infalível
para as questões econômicas (a ‘infalibilidade’ não é mais papal, mas continua
sendo preconizada pelo pseudo socialismo ‘científico’, cujos devotos acreditam
que é ‘infalível’).
A economia de mercado (que os socialistas tentam revogar)
quando sofre a interferência indevida de autoridades do Estado [Lei
de Goodhart (Charles Goodhart: certas regularidades econômicas
desaparecem quando a autoridade tenta explorá-las para efeito de política
econômica.)], não pode funcionar a favor da sociedade, sobretudo dos indivíduos,
concretamente. O que é razoável e possível é que o mercado pode
beneficiar os agentes, empresas e investidores bem informados, assim como a
sociedade como um todo, quando livre de interferências indevidas, sem descurar
que todos os indivíduos devem estar submetidos à lei (Estado de
Direito).
Para simplificar:
ADAM SMITH introduziu a parábola da mão invisível que são todas as pessoas (físicas e/ou jurídicas) que operam espontaneamente
no mercado – porém o que distorce a atividade
econômico-financeira, além da interferência indevido do governo, é a ausência
de marcos regulatórios (LEIS) e sua efetiva aplicação. Para
simplificar ainda mais, é recomendável visitar um “mercado público”, onde pode
se verificar concretamente a diversidade de mercadorias, de vendedores e
compradores ...
Porém, o que
os estatistas de plantão querem é depois de realizado o
desejo piedoso da queda do capitalismo decorrente da atual crise
financeira – é que o Estado como protagonista econômico substitua
o mercado. Note-se que isso já foi tentado, cujo resultado foi a maior
tragédia (des) humanitária do Planeta, seguido da falência múltipla de seus
órgãos e instituições. E, pior não
reconhecem o fracasso e ainda querem que com o planejamento estatal
restringir o livre mercado, ou seja, controlar a “mão invisível”.
Assim, diante do Estado inepto (improper
state – ADAM SMITH) – corrupto, ineficiente, injusto, contrário as
regras da livre economia (só funciona livre - o mercado do crime) e aos bons
costumes e sem uma economia racional temos preços distorcidos, transporte e
infra estrutura deficientes, elevada carga de impostos (extorsão tributária),
dólar depreciado – sendo extremamente difícil a competição e o sucesso de
empreendimentos honestos.
É de se lembrar que o papel do Estado - se define fundamentalmente por sua capacidade institucional de garantir o respeito aos direitos e garantias individuais, sobretudo a vida, a liberdade e a dignidade das pessoas e aí deve prevalecer o Estado de Direito; democracia; autonomia/independência/separação dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); respeito à Constituição, às leis e aos contratos, garantias, segurança jurídica; regras claras e estáveis para investimentos, sobretudo, liberdade econômica para investimentos privados...
Na ‘reencarnação’ da velha questão entre o indivíduo (individuum) e o Estado, é conveniente lembrar algumas expressões, sem esquecer que o socialismo é uma palavra cunhada expressamente como oposição ao individualismo:
É de se lembrar que o papel do Estado - se define fundamentalmente por sua capacidade institucional de garantir o respeito aos direitos e garantias individuais, sobretudo a vida, a liberdade e a dignidade das pessoas e aí deve prevalecer o Estado de Direito; democracia; autonomia/independência/separação dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); respeito à Constituição, às leis e aos contratos, garantias, segurança jurídica; regras claras e estáveis para investimentos, sobretudo, liberdade econômica para investimentos privados...
Na ‘reencarnação’ da velha questão entre o indivíduo (individuum) e o Estado, é conveniente lembrar algumas expressões, sem esquecer que o socialismo é uma palavra cunhada expressamente como oposição ao individualismo:
Todo estatista é intervencionista. Porém, nem todo intervencionista é
estatista; o estatista não se conforma em controlar o setor privado, quer
dirigi-lo.
"Enquanto a democracia busca a igualdade na liberdade, o socialismo
a procura na limitação e servidão.” Friedrich Hayek (1899-1992) apud alexis de Tocqueville (Alexis Henri Charles Clérel, visconde
de Tocqueville – 1805-1859)
"...
O verdadeiro individualismo acredita em mudança, se os homens são deixados
livres, conseguem mais do que a razão humana jamais poderia conceber ou
prever."
"O
que nos ensina o individualismo é que a sociedade é maior do que o indivíduo
somente na medida em que é livre." Friedrich Hayek (1899-1992)
"Tudo
o que é social deve de algum modo ser reconhecido na ação do indivíduo." Ludwig von Mises (1881-1973)
“... Você deve ser livre para seguir os seus próprios conhecimentos e
capacidades’, no sentido de que ‘dever-se-ia permitir ser guiado por seu
interesse pelas coisas particulares que conhece e com que se preocupa, para fornecer
a sua maior contribuição possível para os fins comuns da sociedade.” Dario Antiseri
RESUMINDO:
para superar a pobreza não há outro remédio senão seguir
as leis econômicas, ao invés de intervenções dirigistas. Políticos e
burocratas quando dizem que lutam contra a pobreza, mas intervindo
indevidamente nos mercados irremediavelmente só fazem aumentá-la.
Título e Texto (formatação original): Rivadávia Rosa, 28-02-2103
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