
Mas, por razões meramente estéticas, costumo ficar
só com o Vitor Grando, hehe...
Tenho 27 anos. Após passar pelas faculdades de
Ciências Aeronáuticas e Psicologia, acabei por me graduar em Teologia, mas
tenho um profundo interesse pelas mais diversas disciplinas – de Astronomia a
Teologia.
Sou Servidor Público da Fundação Oswaldo Cruz.
Onde nasceu?
Nasci em Vila Nova de Gaia, Portugal.
Graduado em Teologia…
pretende fazer Mestrado, Doutorado?
Sim, mas não será por agora. Pretendo seguir com
os estudos em algumas das áreas da Filosofia. A dúvida é qual área escolher, já
que, como eu disse, meus interesses são muitos: lógica, metafísica, filosofia
da religião, filosofia política, epistemologia, filosofia da ciência, não sei!
Por que escolheu essa área,
a da Teologia?
Escolhi essa área porque me interesso pelas
relações da religião com as demais disciplinas "seculares". A princípio,
meu interesse era mais na questão das relações entre fé e razão, ou seja, como
a fé religiosa deve dialogar com um mundo cada vez mais secular. Dada a atual
conjuntura, esse interesse se expandiu para o papel da religião na esfera
pública. Como a fé religiosa deve se expressar politicamente num Estado laico,
por exemplo? É lícito fazê-lo? Ou a religião deve ser posta de lado quando se
trata de questões políticas?
Por que acredita em Deus?
A principal razão da crença em Deus é sempre uma
experiência pessoal, o sentimento do mysterium
tremendum et fascinans, cuja melhor explicação, para o religioso, é a
existência de Deus. Ou seja, há algo de profundamente pessoal na minha crença
em Deus e na da maioria dos religiosos. Isso, penso eu, já é justificativa
racional suficiente para se crer em Deus. Afinal, por que o religioso deveria
abrir mão de sua experiência pessoal pelo fato de um ou outro acusá-lo de
irracionalidade? Se Deus existe e se ele é pessoal, como as grandes tradições
monoteístas afirmam, então, então é perfeitamente plausível que ele se
manifeste a um indivíduo em particular. É justamente isso que defende tão
habilmente o filósofo Alvin Plantinga, talvez o maior filósofo cristão do
século XX, que tornou a Universidade de Notre Dame o maior centro de Filosofia
da Religião do mundo.
Além disso, acredito que há diversos outros bons
argumentos para a existência de Deus que independem desse sentimento pessoal e,
por isso, sustentam-no. A Teologia Natural, que é justamente a disciplina que
trata dos argumentos para a existência de Deus a partir da natureza e da razão,
é uma disciplina que tem voltado à tona nas discussões filosóficas desde a
década de 1960. O marco disso é a obra “The
Existence of God”, de Richard Swinburne, filósofo de Oxford, publicada em
1979. Na Filosofia Analítica da Religião, hoje há filósofos que defendem
versões de todos os clássicos argumentos para a existência de Deus: o
ontológico, cosmológico, moral, teleológico e outros. Além de Swinburne,
William L. Craig é um dos mais proeminentes filósofos cristãos da atualidade.
Eu recomendo as suas obras e debates tanto pelo seu exímio domínio dos temas
tratados como a sua habilidade de tratar esses assuntos em linguagem popular.
![]() |
Gabriel Igarashi, William Lane Craig e Vitor Grando, Praia de Ipanema, março de 2012 |
Quanto a Richard Dawkins, ele sem dúvida é (foi?)
um importante biólogo, cujas obras prestaram um grande serviço à divulgação do
conhecimento científico. Todavia, de alguns anos pra cá, desde a publicação de
sua obra “Deus, um Delírio”, ele decidiu se engajar nas trincheiras do ateísmo
militante, o neoateísmo. A principal estratégia desse neoateísmo é o chamado self-selling, a arte de convencer o
público de suas habilidades, ainda que, na boa parte das vezes, essas supostas
qualidades não correspondam à realidade. Um exemplo disso é um termo cunhado
por eles como equivalente a "ateu": o termo "brights" (brilhantes).
Eles vendem-se como representantes da ciência, da razão, do esclarecimento,
etc., contra o "obscurantismo" religioso. Mas a verdadeira questão é:
por que considerar Richard Dawkins "brighter" do que Wolfhart
Pannenberg? Por que considerar Sam Harris "brighter" do que Alvin
Plantinga? Por que considerar todos esses neoateístas "brighter" do
que Sto. Agostinho, Tomás de Aquino, Anselmo de Cantuária, Descartes, George
Lemaitre, Francis Collins?! Não há qualquer razão para isso.

Eu costumo dizer que o maior de todos os
princípios epistemológicos já formulados é o de Nelson Rodrigues: "A
unanimidade é burra". Por isso desconfio de todo consenso, e um dos
consensos em voga nos círculos "esclarecidos" é justamente o consenso
de que o "ateísmo" é par
excellence a representação da razão contra o obscurantismo religioso. O que
há são indivíduos racionais e irracionais, sejam eles religiosos ou ateístas. O
resto é puro marketing!
“Mysterium tremendum et fascinans” o que isso quer dizer?
É um termo cunhado pelo teólogo alemão Rudolf
Otto, que designa a experiência religiosa que subjaz a toda religião. Mysterium por ser uma experiência que
difere de tudo que experimentamos em nosso cotidiano, tremendum devido à sua dimensão majestosa e fascinans pela atratividade e fascínio gerados por ela.
Ainda sobre a existência de
Deus, há uns anos, assistindo a um dos (excelentes) programas da National Geographic, um programa sobre a
vida animal, vi um leão pegar uma gazelinha e começar a comê-la viva… aquilo
foi um murro no estômago! Lembro bem de postar a minha indignação no tópico
“Religião” numa saudosa comunidade orkutiana… que Deus (natureza) era esse que
“deixava” uma gazelinha sofrer horrores…?
O Problema do Mal é uma das maiores pedras de
tropeço à crença no Deus cristão. Foi Epicuro quem o formulou nos seguintes
termos:
1) Deus é bom e onipotente. Ora, se ele é bom, ele quer acabar com o mal; se ele é onipotente, ele pode acabar com o mal. Mas, ainda assim, o mal existe, logo ou
(1) Deus não é bom ou
(2) Deus não é onipotente.
1) Deus é bom e onipotente. Ora, se ele é bom, ele quer acabar com o mal; se ele é onipotente, ele pode acabar com o mal. Mas, ainda assim, o mal existe, logo ou
(1) Deus não é bom ou
(2) Deus não é onipotente.
Mas o problema desse argumento é que ele pressupõe
uma concepção do que seria a Justiça para, daí, apontar o mal no mundo e sua
suposta incoerência com a existência de um Deus bom e onipotente. Mas a
pergunta a ser feita é: o que é a Justiça?! De onde tiramos essa concepção de
Justiça pela qual acusamos acusamos Deus de infringi-la?
Mas o que a cosmologia moderna afirma é que todo
nosso universo tem início num ponto de densidade infinita, ou seja, o nada. Nós
somos mero fruto do acaso, tempo e matéria. Assim sendo, o Nada não produz
valor moral, o Nada não tem implicações éticas. A dura verdade é que a
impessoalidade deste universo não dá a mínima para o sofrimento de uma criança
vítima de estupro, tortura e assassinato – muito menos para uma pobre gazelinha.
Nosso senso de justiça seria, no máximo, um mecanismo evolutivo destinado a
favorecer nossa sobrevivência. Mas a verdade é que imperativos morais, nesse
contexto de ciência secular, não faz o menor sentido. Como o Nada poderia
produzir concepções de justiça absolutas e universais? Não pode!
Isso quer dizer que num universo ateísta, não há
Justiça pela qual poderíamos condenar Deus. Portanto, o Problema do Mal nem
sequer se coloca. O Problema do Mal, na verdade, pressupõe a existência de Deus
sendo prova de sua existência. Nesse sentido, estou com Dostoiévsky: "Se
Deus não existe, tudo é permitido". Poderíamos definir o argumento da
seguinte forma:
1) Se Deus não existe, então valores morais
absolutos não existem;
2) Valores morais absolutos existem;
3) Logo, Deus existe.
Perceba que o argumento é dedutivo e a conclusão é
inferência lógica de (1) e (2).
Portanto, tal problema só faz sentido num universo
em que Deus exista, sendo, portanto, um problema exclusivo do teísta. Só o
crente pode fazer a pergunta: "Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?"
A proliferação de “igrejas”
não descredibiliza o cristianismo?
Isso é realmente um triste problema e transmite
uma imagem negativa do cristianismo. No entanto, não há muito o que se fazer.
Qualquer um é livre para pegar uma Bíblia, intitular-se pastor, bispo (ou até
apóstolo!) e usar isso em benefício próprio. Na verdade, penso que isso é uma
consequência indesejável de um dos aspectos mais bonitos do protestantismo: a
liberdade individual. Qualquer indivíduo é livre para ler a sua Bíblia e tirar
suas conclusões. Não há quem intermedeie entre Deus e os homens. Ninguém tem
essa prerrogativa. A consequência negativa disso é essa proliferação de
igrejas.
E o que é pior: dificilmente uma igreja honesta
terá condições de montar um verdadeiro império midiático. Como pagar pelo
horário nobre numa rede de televisão sem apelar a métodos
"controversos" para pedir dinheiro dos fiéis? É impossível. Por isso,
as igrejas que mais aparecem (a IURD, por exemplo) e acabam por formar o
estereótipo do "evangélico" são justamente as mais controversas.
Junte-se a isso a má vontade para com os religiosos que os setores mais
"esclarecidos" têm e surge esse estereótipo de evangélico tão
corrente hoje.
Como analisa a algazarra em
torno do pastor Marco Feliciano? Aliás, ele é de que igreja mesmo?
O Pr. Marco Feliciano é do
Ministério Tempo de Avivamento, que é da Assembleia de Deus, maior denominação
evangélica do Brasil. Eu o conheço há uns 8 anos, quando era apenas pastor e já
era bem famoso no meio pentecostal. Já assisti uma pregação sua em uma
conferência evangélica, mas não aguentei 10 minutos. Como pastor e
"teólogo", acho-o sofrível. Tenho zilhões de divergências com sua
forma de atuar na Igreja.
No entanto, uma coisa é o Pr. Marco Feliciano, outra é o Dep. Marco Feliciano. A depender de mim, Feliciano não estaria em Brasília e, por conseguinte, não estaria na presidência da CDHM. Mas está lá e o resto já sabemos. Não acredito que ele seja o mais preparado para ocupar a presidência da referida comissão, mas sou um defensor de sua permanência lá e explico por quê.
No entanto, uma coisa é o Pr. Marco Feliciano, outra é o Dep. Marco Feliciano. A depender de mim, Feliciano não estaria em Brasília e, por conseguinte, não estaria na presidência da CDHM. Mas está lá e o resto já sabemos. Não acredito que ele seja o mais preparado para ocupar a presidência da referida comissão, mas sou um defensor de sua permanência lá e explico por quê.
As acusações que pesam contra
Feliciano são de racismo e homofobia. No entanto, sua mãe e padrasto são
negros. Isso já seria motivo suficiente para desconfiarmos da falsidade da
acusação de racismo. Quanto à acusação de de homofobia, ora, até o Clodovil já foi acusado de ser homofóbico pelo Dep. Jean Wyllys, o que mostra o
verdadeiro caráter dessas acusações de "homofobia", que hoje é mero
artifício da retórica política para calar quem quer que "ouse" se
opor à militância LGBTXYZ. Jean Wyllys tem salvo conduto para andar por aí a
proferir a quantidade de bobagens que for. Luiz Mott, líder do Grupo Gay da
Bahia, é um apologista da pedofilia e gaba-se de já ter transado com 500 (!) homens. Tatiana
Lionço, outra militante, já defendeu a liberdade de crianças "brincarem sexualmente em paz".
Há muito que se falar contra os líderes desse movimento. Cabe a pergunta, você gostaria de entregar a educação dos seus filhos a esse tipo de gente? É claro que não. No entanto, eles contam com uma completa condescendência da grande mídia e da intelligentsia. O problema não é com a homossexualidade, é com os militantes. E, como já disseram,
a militância LGBT está para os homossexuais, assim como a CUT está para os
trabalhadores.
Há muito que se falar contra os líderes desse movimento. Cabe a pergunta, você gostaria de entregar a educação dos seus filhos a esse tipo de gente? É claro que não. No entanto, eles contam com uma completa condescendência da grande mídia e da intelligentsia. O problema não é com a homossexualidade, é com os militantes. E, como já
Os únicos que se opõem a esses
vigaristas são gente como Jair Bolsonaro, Silas Malafaia e Marco Feliciano e,
por isso, todos eles têm o meu apoio nesse particular. Não podemos entregar a
nossa política a Jean Wyllys, Luiz Mott et caterva. Os protestos contra
o Marco Feliciano são, portanto, protesto de gente da pior espécie. Além disso,
trata-se de uma estratégia petista para tirar a nossa atenção daquilo que realmente
importa: a permanência de José Genoíno e João Paulo Cunha na importantíssima
Comissão de Constituição e Justiça. Ora, se esses manifestantes estão tão
preocupados com a defesa da democracia, o que explica o silêncio deles na CCJ?!
É um completo absurdo essa disparidade de tratamento recebida por um
pastor-deputado que profere algumas bobagens e a que é recebida por políticos condenados
pela nossa mais alta corte!
Agora, portanto, Marco
Feliciano tem meu apoio como deputado (eventualmente terá também o meu voto!),
por estar ele na linha de frente no combate a esses vigaristas que querem
transformar este país numa verdadeira ditadura. Compare agora a baderna que é
feita na CDHM pelos ativistas gays com o protesto feito por evangélicos na CCJ. Diga-me, quem está do lado do Estado
Democrático de Direito? Jean Wyllys e seu séquito ou os evangélicos?
A defesa da liberdade de
expressão e do Estado Democrático de Direito encontra, hoje, na comunidade
evangélica os seus maiores defensores. A renúncia de Feliciano será uma derrota
da democracia e a entrega da política a grupelhos barulhentos e violentos.
Chegamos ao conceito e prática
da democracia que, para essa turma, têm uma só definição: faz o que eu digo.
Sempre foi assim. Quando os “esquerdeiros” estão na oposição não têm pruridos
em atropelar a democracia e/ou até negá-la. Ontem, em algum lugar, opinei que
por muito menos do que atualmente acontece no Brasil de petistas e companhia
limitada, o ex-presidente Collor (que não é flor que se cheire, comprovou-o ao
vivo e em cores nestes últimos anos) foi defenestrado por “estudantes”
capitaneados por… Lindbergh Farias. Onde ele anda atualmente? A atual
constituição brasileira teve o voto contrário de, adivinhemos!
O plano real foi alcunhado de
eleitoreiro! O atual ministro da Fazenda desancou o plano real em 12 de julho de 1994… Agora,
está no poder. A mim, nunca me representaram! Pelo contrário, sempre me
envergonharam: um pela boçalidade que sempre exalou, outra pelo tatibitate.
Ops! Me estendi. Qual é a sua avaliação?
A democracia tem seus muitos
perigos. A democracia é facilmente manipulável, pois a razão, na retórica
política, é a coisa que menos importa. Para se ganhar o jogo, basta mexer com as
emoções das massas. Isso que fizeram os perniciosos regimes políticos dos quais
os partidos políticos que estão no poder são herdeiros. A única diferença é a
ausência da retórica da luta armada e uma maior presença da chamada estratégia
gramsciana, que faz uso das regras da democracia para subvertê-la. Há uma meia
dúzia de vigaristas a projetar imagens no fundo da caverna para manipular os
"idiotas úteis" que lá estão acorrentados. Deixar as sombras da
caverna, enfrentar a luz do sol e ainda voltar para resgatar os que permanecem
acorrentados é um procedimento doloroso, que poucos aguentam enfrentar. Afinal,
quem tem a coragem de enfrentar a grita das massas? Platão, crítico da
democracia, já nos advertira que não há educação capaz de resistir às profundas
forças psicológicas que são as vaias e os aplausos das massas. Esse é o maior
perigo.
Ainda sobre religião. Qual a diferença fundamental (ou as diferenças)
entre o Cristianismo e o Islamismo?
Cristianismo, Judaísmo e
Islamismo possuem o mesmo tronco. Os três têm uma origem similar que remonta a
Moisés. Apesar de os três terem uma concepção de Deus bastante similar, o
Cristianismo introduz o conceito da Trindade, onde o mesmo Deus manifesta-se
através de três pessoas: Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo. O
Cristianismo é, ao menos na concepção cristã, a consumação do Judaísmo. Jesus
Cristo é a pessoa para quem o Antigo Testamento aponta como aquele que viria
satisfazer as exigências da Lei e nos livrar do fardo do pecado. Há diversas
passagens que apontam para isso, como Gênesis 3.15 e Isaías 53.
A concepção isâmica de Deus é,
ao meu ver, moralmente inadequada, visto que por todo Corão nos é dito que Deus
odeia - " Deus é inimigo dos descrentes” (II. 99) - aquelas mesmas pessoas
por quem a Bíblia cristã diz que Deus enviou seu filho amado para salvá-las (Rm
5.8). À luz disso, vemos que a Jihad muçulmana não constitui o que se poderia
chamar de uma interpretação equivocada do Corão. Pelo contrário, a Jihad é a
implicação lógica da crença num Deus que não ama "descrentes, malfeitores,
ímpios e pecadores, orgulhosos, transgressores, pródigos e traidores".
Contraste isso com a Parábola do Filho Pródigo (Lc 15. 11-32), onde o Pai
aguarda ansiosamente pela oportunidade de estender a mão ao seu filho pródigo.
Além dessa concepção peculiar
de Deus, o Islamismo não admite Jesus Cristo como o Filho de Deus, que
"veio tirar os pecados do mundo", mas apenas como um mero profeta.
Tendo em vista a boa quantidade de evidências históricas que nos levam a confiar no retrato que os evangelhos fazem de
Jesus Cristo, isso, ao meu ver, torna o Cristianismo singular entre as demais
religiões que dele diferem.
Ao falar sobre o Cristianismo,
eu gosto de citar C.S.Lewis: "O Cristianismo, se falso, não tem valor
nenhum; se verdadeiro, tem valor infinito. A única coisa que ele não pode ser é
'mais ou menos' importante". Portanto, analisar a verdade do Cristianismo
torna-se uma questão urgente para cada um de nós. Você pode analisar as
evidências e concluir que o Cristianismo é falso, todavia não acho sensato
prescindir dessa análise. O modo com que vivemos a nossa vida e o nosso destino
eterno dependem dessa questão. Por isso, essa reflexão é indispensável. Um bom
começo é a obra Cristianismo Puro e Simples, de Lewis; e Apologética Contemporânea, de William L. Craig.
Indo à atualidade… se aos 16 anos você já pode votar – um ato de
extrema responsabilidade – por que não pode ser imputado criminalmente?
Eu nunca conheci um
adolescente de 16 anos suficientemente apto para votar. Nisto me incluo, eu que
votei em Eurico Miranda e Roberto Dinamite aos 16 anos. Nessa idade ninguém tem
as competências necessárias para participar de decisões sobre o futuro da
Nação. O adolescente é facilmente manipulado. Por ser crédulo e idealista
demais, torna-se presa fácil para ideologias revolucionárias e discursos
ufanistas. Só a experiência de vida é capaz de curar nossa inocência e nos dar
suficiente juízo crítico para não cair em discursos políticos manipuladores. Os
adolescentes nem sequer sabem o que é Imposto de Renda, não sabem o que é
sustentar uma casa, não sabem o que é trabalhar e ver o governo usurpar 1/3 da
sua remuneração. Ora, como uma pessoa dessas acha que pode decidir o próximo
governante do país? É um completo disparate. Não pode!
Quanto à maioridade penal, lembro-me do assassinato de James Bulger, um bebê britânico de dois anos, que em 1993 foi sequestrado, torturado, morto e amarrado à
linha do trem só porque os seus assassinos queriam ver como é um corpo sendo
despedaçado. A idade dos criminosos? Dois rapazes de 10 anos de idade. O que
fazer nesse caso? Dar-lhes umas palmadas e deixá-los à solta para que procedam
a satisfazer sua fome de crueldade? Isso seria um completo disparate. A justiça
britânica os condenou a 15 anos de prisão. Não descarto que há inúmeros fatores
que influenciam nosso comportamento, sejam eles socioeconômicos, familiares,
psicológicos, genéticos, etc., todavia, isso jamais pode servir de
justificativa para comportamentos criminosos, pois a dignidade do ser humano
está também em tratá-lo como um ser livre e capaz de controlar a sua própria
vida e lidar com as pressões sobre ele exercidas. Diga-se de passagem, os
maiores prejudicados com esse discurso contra a redução da maioridade penal são
os pobres, que são as maiores vítimas da criminalidade e do discurso
esquerdista, que só conhece pobreza na teoria. Ser contra a redução é coisa de
burguês. De responsabilidade o pobre entende muito bem.
Você acha que o Brasil conseguirá desvencilhar-se, mais cedo ou mais
tarde, da esquerda e dos esquerdeiros que dele se apoderaram?
Nisso sou pessimista. As
universidades, de onde saem as influências intelectuais da sociedade, estão
profundamente aparelhadas por ideologias de esquerdas. Veja, por exemplo, o decapitamento do Papa em
pleno pátio da PUC-SP. Como um espetáculo tão grotesco pode ser realizado no
pátio de uma universidade católica sem que uma voz influente levante-se
para ressaltar o absurdo de tal coisa? Isso só se explica pelo aparelhamento
dos meios de informação por ideologias políticas. É a estratégia gramsciana sendo implantada passo a passo como meio de implantação da
revolução tão sonhada por eles. O prognóstico é, ao meu ver, muito ruim.
Todavia, também é verdade que
tem se levantado, principalmente na internet, algumas vozes insatisfeitas com o
presente estado das coisas. Blogs conservadores e de viés crítico às esquerdas têm se
levantado. Há vozes como as de Luiz Felipe Pondé e Reinaldo Azevedo, que têm se
tornado muito populares. Há o site do Instituto Ludwig von Mises, de viés
econômico liberal, que tem crescido em influência. Há lideranças religiosas que
têm despertado para a batalha política. Então, talvez a longo prazo a
insatisfação geral provocada por esse esquerdismo grosseiro possa ser revertida
através da união desses milhões de vozes discordantes.
A propósito de esquerdismo, quais as suas impressões sobre a América
Latina e também sobre os EUA de Barack Obama?
À época da primeira eleição de
Barack Obama, embora ainda não nutrisse grandes interesses pela política, eu já
via toda aquela encenação com profunda desconfiança. Afinal, a unanimidade é
burra, como sabiamente disse Nelson Rodrigues. Quando se vê uma massa de gente
"esclarecida" - artistas, intelectuais, jornalistas, políticos -
abraçando de modo ufanista o discurso de algum político, é hora de se preocupar,
haja vista o fato de que ao longo do século XX não houve um regime ditatorial
que não recebesse vasto apoio da intelligentsia. Costumo dizer que, ao
contrário do que imaginamos, os intelectuais - aqueles que lidam com ideias -
são as pessoas mais desonestas da nossa sociedade. Ora, ninguém gosta de
reconhecer publicamente os seus erros, isso se torna muito mais verdadeiro no
que tange àqueles que vivem de suas ideias. Alia-se a isso o fato de
muitos deles viverem em verdadeiras torres de marfim, completamente alheios ao
mundo "real", tem-se uma receita perigosíssima para a instauração de
perniciosos regimes - sempre, é claro, em nome dos mais elevados ideais!
Quanto à situação na América
Latina, creio ser importante aprofundar um dos conceitos já citados aqui, que é
o da Estratégia Gramsciana. Antonio Gramsci foi um pensador italiano, fundador do Partido
Comunista. Gramsci não defendia a tomada do poder através da luta armada, mas
defendia o uso da própria democracia para subvertê-la. Isso se dá através do
aparelhamento dos órgãos responsáveis pela super-estrutura da sociedade, essa
super-estrutura é composta pelo conjunto de valores da sociedade que dão cara
ao direito, à moral, à religião, à própria noção de verdade e de lógica (que Marcuse acusava de ser
instrumento de dominação!), etc.
Com a queda do Muro de Berlim, a retórica da luta armada torna-se um fracasso e a esquerda passa a apelar ao gramscianismo como estratégia de tomada de poder. A coisa se dá, portanto, de modo velado. Aparelha-se o judiciário (vide as invectivas do PT contra o STF), aparelha-se a moral da sociedade (vide a subversão dos tradicionais valores da família, coisa que já era ensinada por Marx no seu Manifesto), a Igreja (não há uma faculdade de Teologia, protestante ou católica, que não esteja impregnada pela Teologia da Libertação), aparelham-se as universidades (isso é evidente nas universidades públicas e está presente também nas privadas, como já vimos na "decapitação" do Papa na PUC-SP), aparelha-se a mídia (Ley de Medios e Controle Social da Mídia) aparelham-se os órgãos federais (CFP, OAB, órgãos da saúde).. Uma vez realizada essa estratégia, já não restará nenhuma resistência para a implantação da utopia por eles pretendida. É esse o caminho que trilha a América Latina, com raras exceções. Tudo, mais uma vez, em nome da justiça social, da igualdade, da liberdade ou dessa entidade abstrata chamada "povo". Já nos advertira Platão, no livro XVIII de A República quanto aos perigos da retórica de políticos (chamados por ele de "zangões”) que opõe pobres aos ricos: "O tirano sempre nasce como um protetor do povo".
Com a queda do Muro de Berlim, a retórica da luta armada torna-se um fracasso e a esquerda passa a apelar ao gramscianismo como estratégia de tomada de poder. A coisa se dá, portanto, de modo velado. Aparelha-se o judiciário (vide as invectivas do PT contra o STF), aparelha-se a moral da sociedade (vide a subversão dos tradicionais valores da família, coisa que já era ensinada por Marx no seu Manifesto), a Igreja (não há uma faculdade de Teologia, protestante ou católica, que não esteja impregnada pela Teologia da Libertação), aparelham-se as universidades (isso é evidente nas universidades públicas e está presente também nas privadas, como já vimos na "decapitação" do Papa na PUC-SP), aparelha-se a mídia (Ley de Medios e Controle Social da Mídia) aparelham-se os órgãos federais (CFP, OAB, órgãos da saúde).. Uma vez realizada essa estratégia, já não restará nenhuma resistência para a implantação da utopia por eles pretendida. É esse o caminho que trilha a América Latina, com raras exceções. Tudo, mais uma vez, em nome da justiça social, da igualdade, da liberdade ou dessa entidade abstrata chamada "povo". Já nos advertira Platão, no livro XVIII de A República quanto aos perigos da retórica de políticos (chamados por ele de "zangões”) que opõe pobres aos ricos: "O tirano sempre nasce como um protetor do povo".
Você tem um blogue “Despertai, Bereanos!”. O que significa esse título?
O blog, que está um tanto
abandonado, deve seu nome ao povo de Bereia, que é retratado numa passagem do
livro de Atos, cap. 17, vs. 11, que diz:
"Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim." Atos 17.11
"Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim." Atos 17.11
Eram, portanto, um povo de
aguçado senso crítico por colocarem à prova até mesmo as palavras dos próprios
apóstolos e, justamente por isso, Lucas, o autor de Atos, chama-lhes de
"nobres". A sociedade e, em especial, a Igreja - talvez hoje a
principal força de resistência à estratégia de que tratamos acima - precisa ter
o povo de Bereia como referência, daí o nome "Despertai, Bereanos!"
Das cidades que você conhece qual a que mais lhe agradou e por quê?
Não há cidade mais mágica do
que Londres, na Inglaterra que é berço do liberalismo, dos puritanos, de C.S.
Lewis, de Chesterton, de Oxford e Cambridge, da filosofia analítica e o seu
rigor argumentativo e lógico. É uma cidade incomparável.
Sobre Jesus
Cristo, ele existiu mesmo?
![]() |
O mais antigo painel iconográfico do Cristo Pantocrator,
datado do século VI, no Monastério de Santa Catarina
|
Essa é uma pergunta que nem
sequer se coloca entre os estudiosos de História Antiga - dos mais religiosos
aos mais céticos. A existência dessa personagem é inconteste. A teoria de que
Jesus Cristo seria um mito inventado pelas comunidades cristãs primitivas,
embora em voga no século XIX, hoje já está mais do que desacreditada, a despeito
do fato de alguns saudosistas do passado quererem trazê-la à tona novamente,
como é o caso de Richard Dawkins. Há diversas fontes históricas que mencionam
Jesus Cristo, dentre elas estão os evangelhos e epístolas do Novo Testamento,
além de Flávio Josefo, Tácito, Mara Bar-Serapion, Suetônio, Talo, etc.
Discutíveis, porém, são
aspectos da cristologia desse Jesus e da historicidade de sua ressurreição. Há,
entre os estudiosos, aqueles que acreditam que a divindade de Jesus não
corresponderia ao Jesus que existiu de fato. Esse Jesus sequer teria afirmado a
sua própria divindade, os primeiros cristãos, porém, teriam mitologizado em
cima do Jesus que existiu realmente, fazendo o mesmo com a sua ressurreição. O
mais importante representante dessa corrente provavelmente foi Rudolf Bultmann,
teólogo protestante do início do século XX. Bultmann dizia que o mundo
sobrenatural do Novo Testamento não era compatível com um mundo onde se usa a
energia elétrica e o rádio. John Dominic Crossan, estudioso cético, afirma que
o destino do corpo de Jesus provavelmente foi o mesmo de qualquer outro
crucificado à época: abandonado em alguma vala e devorado por cães.
O que importa destacar é que,
ao contrário do que possa parecer ao leigo, o problema desses estudiosos
céticos não é histórico, mas filosófico, pois eles partem de uma pressuposição
filosófica naturalista que, portanto, não admite a possibilidade de uma
intervenção sobrenatural na ordem natural. Isso, consequentemente, macula as
suas opiniões históricas. Ora, se eu de início já não admito a
possibilidade de uma ressurreição ou da encarnação de Deus, é evidente que
nenhuma evidência histórica poderá me convencer do contrário! Isso é evidente
na afirmação de Bultmann citada acima e nas pressuposições declaradas do Seminário
Jesus, grupo de estudiosos liderados por Crossan e que estudam o tema do Jesus
histórico. Você pode ser um naturalista, mas que deixe claro que filosofia é
filosofia e história é história e que nossas predileções filosóficas não podem
macular a imparcialidade do nosso trabalho histórico.
Tratando estritamente de
história, portanto, gosto de citar o famoso filósofo britânico Antony Flew, que
foi ateu por mais de 50 anos até tornar-se deísta, quanto à ressurreição ele
afirmou: “A evidência a favor da ressurreição é melhor do que qualquer outro
milagre alegado por qualquer outra religião. É muito diferente tanto em
qualidade quanto em quantidade". De fato, ele tem razão. As evidências da
ressurreição são fortes, tornando-a, a meu ver, mas provável que qualquer
alternativa naturalista. Wolfhart Pannenberg,
N.T.Wright e William L. Craig são proeminentes defensores da historicidade da
ressurreição. Como não há muito espaço para apresentar tais evidências aqui,
remeto ao debate entre William L. Craig e John Domic Crossan, lançado ano passado pela editora Vida Nova.
Lá é possível analisar as opiniões de dois expoentes de opiniões diametralmente
opostas. É analisar e tirar suas próprias conclusões.
Você acredita mesmo na ressurreição?
Sim, acredito e entendo a
ressurreição de Cristo como um fato histórico ocorrido na dimensão do espaço-tempo.
As obras já citadas nos fornecem um bom embasamento histórico para crermos
nisso. A transformação e consequente disposição para encarar a morte por parte
dos apóstolos e da primeira geração de cristãos é uma dessas evidências. Quando
Jesus Cristo foi crucificado e morto, os apóstolos ficaram completamente
desorientados, desencorajados, deprimidos. Algo, porém, aconteceu naquela manhã
de Páscoa, no terceiro dia da ressurreição que os tirou dessa depressão
fazendo-os varrer o mundo antigo com a mensagem do Evangelho, que desde o
início já teve de enfrentar a fúria de Nero, Diocleciano e demais imperadores
romanos até a conversão de Constantino no ano de 312 d.C.
O túmulo de Jesus era de
conhecimento público e fortemente guardado por soldados romanos, por isso
bastava que seus adversários apresentassem o corpo morto de Jesus para sepultar
o cristianismo desde o início. Não o fizeram. Não puderam fazê-lo. Compare a
figura do apóstolo Pedro antes e depois da crucificação de Jesus. Se no momento
da crucificação, Pedro negou Cristo três vezes, após o domingo de Páscoa
tornou-se um vigoroso pregador do Evangelho. Não vejo plausibilidade em
qualquer explicação naturalista sobre o que teria ocorrido com os apóstolos
para transformá-los da maneira que foram transformados. Ninguém morre pelo que
não acredita!
Pode-se apresentar um
contra-argumento a isso. Se a disposição dos apóstolos de encarar a morte,
prova o caráter histórico da ressurreição; os terroristas sucididas muçulmanos
provam a verdade do islamismo? Não, pois o que tal disposição pode provar é a
sinceridade da crença. Nesse ponto, a crença dos apóstolos e dos jihadistas é
muito provavelmente sincera. Mas há uma diferença qualitativa. Os apóstolos
morreram sabendo o que havia acontecido com Cristo, pois foram contemporâneos
dele. Os jihadistas, embora sinceros, na verdade não tem como saber se o que
creem é de fato verdade ou não.
Essa não é a única evidência,
é apenas uma de muitas. Suficiente para nos levar a analisar mais a fundo as
demais.
Qual é a sua opinião sobre o provérbio popular tantas vezes ouvido e
lido, que sentencia que não se deve debater política, religião e futebol?
Acho que não existe assunto
que não possa ser discutido entre duas partes honestas cujo intuito de alcançar
a verdade dos fatos seja maior do que fazer valer suas paixões. Eis aí o
problema. Geralmente, nossos interesses são maiores do que o desejo pela
verdade e assuntos como política, futebol e religião em geral nos são muito
caros, pois temos um vínculo emocional muito forte com eles. Assim, torna-se
muito difícil uma discussão sadia sobre esses assuntos. Acho que o indivíduo
deve estar sempre alerta quanto à possibilidade de estar errado até mesmo em
suas mais profundas convicções, só assim será possível discutir assuntos tão
emocionalmente carregados quanto esses.
A propósito, você torce por qual time?
"Eu levo a Cruz de Malta
no meu peito desde que eu nasci"
E em Portugal?
Obrigado, Vitor!
Conversas anteriores:
Aderval Gomes: “ninguém, em sã consciência, pode estar satisfeito com a situação dos aposentados".
Almir Papalardo: "foi o PT o partido mais insensível e pernicioso para os aposentados e pensionistas"
Cristina Cruz:"Até hoje me deprimo muito com essa história da demissão"
Lynda Schmidt: "se a empresa faliu, a culpa, com certeza, não é dos que trabalhavam, mas dos que não souberam administrar!"
Nelson Ribeiro, o Lâmpada: A minha Carteira de Trabalho tem somente uma assinatura: "Varig"
Marcio Valério: "O nosso governo de esquerda utiliza processos de tortura que fariam inveja aos bons tempos do Terceiro Reich"
Ernesto Ribeiro:"Sou a favor de esterilizar as populações das culturas subdesenvolvidas"
José Jordão: "É pesaroso ver a aflição em que nos encontramos"
Carlos Alberto Souza: "estou desiludido, cansado, quase desistindo..."
Francisco Vianna: "Não se confunda Ensino com Educação"
Almir Papalardo: "foi o PT o partido mais insensível e pernicioso para os aposentados e pensionistas"
Cristina Cruz:"Até hoje me deprimo muito com essa história da demissão"
Lynda Schmidt: "se a empresa faliu, a culpa, com certeza, não é dos que trabalhavam, mas dos que não souberam administrar!"
Nelson Ribeiro, o Lâmpada: A minha Carteira de Trabalho tem somente uma assinatura: "Varig"
Marcio Valério: "O nosso governo de esquerda utiliza processos de tortura que fariam inveja aos bons tempos do Terceiro Reich"
Ernesto Ribeiro:"Sou a favor de esterilizar as populações das culturas subdesenvolvidas"
José Jordão: "É pesaroso ver a aflição em que nos encontramos"
Carlos Alberto Souza: "estou desiludido, cansado, quase desistindo..."
Francisco Vianna: "Não se confunda Ensino com Educação"
Excelente reportagem
ResponderExcluirÉ tão importante para nós mais velhos verificar a existência de capital intelectual como o Vitor Grando, que dá banho de sabedoria em qualquer ministro desta república.Pessoas como o Vitor é que deveriam estar lá no poder, dirigindo a Nação.
Parabéns ao blog pela entrevista e parabéns ao Vitor pela sua visão extraordinária do mundo moderno
José Manuel
Muito boa esta entrevista com o Vitor Grando, como é bom vc ler coisas ditas por quem enteden bem de um assunto, fiquei muito feliz em conhecer a a opinião de uma pessoa tão jovem a respeito da política e dos plíticos brasileiros, o que ele fala fala sobre a estratégia framsciana é a mais pura verdade, se o Brasil não acordar esta nação vai direto para o buraco. Um pedido, não seria um conselho, estude metafísica, vc vai se dar bem, sds,
ResponderExcluirAderval.
Meu caro cão viciado, esse rapaz sabe pensar, e como pensa! Lhe dou os parabéns por esta excelente entrevista e transmita a ele minha admiração por suas palavras.
ResponderExcluirGostou especialmente de alguma resposta, de algum trecho da entrevista de Vitor Grando? Não tem nenhum problema em republicar. Mas, por favor, custa alguma coisa citar a fonte?
ResponderExcluirObrigado.
Continuo flutuando no meu desespero existencial ... não creio e muito menos descreio ... o que é pior ... a diferença lendo essa entrevista é que se percebe com facilidade que o Vitor não é um manipulador oportunista cretino como o Richard Dawkins ... se dependesse dele e de tantos outros eu nunca me tornaria ateu ... assim como os argumentos de grande inteligência retórica do Vitor também não me convencem do contrário ... ainda que esse não seja cretino e manipulador como o primeiro ... até quando? Enquanto isso, vou levando a vida por aqui ... até onde conseguir chegar, tentando pelo menos não incomodar muito ...a moral para mim não prescinde de um Deus, essa é intrínseca ao humano e à civilização ... PFdeM
ResponderExcluirPaulo Felske!
ResponderExcluirDepois de uma formatação...
por favor, se não se importar, me informe qual é o seu e-mail para... o meu e-mail, well...
Caro Jim,
ResponderExcluirFico muito feliz quando me deparo com um jovem assim, que sabe pensar e raciocinar com clareza. E como pensa e raciocina esse jovem Vítor Grando! Vai longe esse rapaz.
Seus conceitos sobre a existência de um deus estão de acordo com os meus, assim como sobre os políticos brasileiros, verdadeiros e legítimos representantes do povo brasileiro.
Você foi muito feliz nesta entrevista e atuou como um grande repórter fazendo as perguntas certas e o rapaz deu um banho de conhecimentos gerais que me deixou gratificado. Isto é coisa para se guardar e reler de vez em quando.
Peço que agradeça ao Vítor pelos ensinamentos que compartilhou comigo e lhe dê os parabéns pela pessoa que ele é pela cabeça que tem, com certeza com todos os bilhões de neurônios no lugar certo. Que conselho esse velho aqui poderia dar a esse jovem brilhante? Somente um: vá em frente, Vitor, porque você está no caminho certo e a humanidade precisa muito de pessoas como você.
Por favor, Jim, transmita a ele esse recado. Esta entrevista enriqueceu o blog do cão viciado que admiro cada vez mais.
Um grande Abraço,
Otacílio Guimarães
Caro Jim
ResponderExcluirParabéns por esta fantastica entrevista que vem de encontro a meus antigos anseios de discutitir a questão religiosa sem preconceitos, dando a liberdade da dialetica. Entendo que o Victor parte de crenças (dele) já definidas, mas permite o contraponto. Com relação a afirmação de que na natureza não existe justiça, penso que a evolução do universo como um todo, necessáriamente desenvolve o conceito de compaixão, ética e justiça.
Abraços
Metzler