Maria Lucia Victor Barbosa
As maravilhas da corte são tão
inebriantes, as alegrias da boa vida são tão plenas, as facilidades em se
apoderar da coisa pública são tão corriqueiras, que uma vez lá a classe
dirigente inventa meios de não sair do Olimpo onde se instalou o que pode ser feito
através de eleições ou golpes de Estado.
Assim sendo, o PT não pretende
apear do poder tão cedo. Seria inadmissível para Lula e sua família retroceder
à vida mais simples sem os luxos, privilégios e confortos que a evolução da
riqueza obtida de modo acelerado lhes proporcionou. E Lula, é o poderoso chefão
do PT, o garantidor dos “mandarins” de sua grei para que estes também desfrutem
da doce vida de defensores dos oprimidos. Portanto, deve ser preservado faça o
que fizer, porque sem ele o partido não se sustenta. É bem verdade que Lula tem
tido seus revezes, mas justamente estes que a outros teriam aniquilado o mantém
incólume e á espera de voltar em 2018.
Foi, portanto, inoportuna para
Lula e o PT a ideia de impeachment de Rousseff, única mulher presidente da
República e a pior de todos os presidentes de nossa história. Se bem que foi
Lula quem governou o tempo todo como presidente de fato, recaiu sobre sua
criatura a culpa pelo descalabro da economia que penaliza e envergonha os
brasileiros de todas as classes sociais. Tivesse outro candidato ganho a
eleição já teria sido defenestrado pelo PT. Ela, não. E nem tanto por Rousseff,
mas pela preservação do projeto de poder petista, que foi acionado com força
máxima desta vez no STF.
O que se assistiu, então, foi
uma ruptura institucional. No dia 16 deste agitado dezembro o ministro Fachin,
defensor dos sem-terra, do Paraguai contra o Brasil e ardoroso eleitor de
Rousseff, deu um show inusitado: defendeu os procedimentos da Câmara com
relação ao rito do impeachment, emergindo como juiz imparcial e respeitador do
outro Poder.
Era como um milagre. Mas
milagres não existem na política. No dia seguinte tudo parecia ser sido
combinado para invalidar, de novo, os procedimentos da Câmara. O que serviu
para o impeachment do ex-presidente Collor não servia para esse. Os votos da
comissão não podiam ser secretos, como os são os do STF em seus procedimentos
internos e todo poder foi dado ao Senado, onde o colaborador, Renan Calheiros,
está a postos para salvar, primeiro a si, depois a governanta.
Desse modo, está encerrada,
pelo menos por enquanto, a possibilidade do impeachment e todas as pedaladas,
as irresponsabilidades fiscais, os gastos exorbitantes, os prejuízos dados a
Nação serão todos perdoados ao governo petista.
O STF de tal modo interferiu
no Legislativo, trazendo à lembrança vislumbres bolivarianos, que se Rousseff
sempre repetiu que impeachment é golpe, o golpe se formalizou de outra maneira
via Executivo e por intermédio do Judiciário. Se de agora em diante o STF
legisla e impõe o regulamento interno do Congresso, o Legislativo pode fechar
as portas, pois se tornou um penduricalho inútil na República das Bananas.
Falar democracia no Brasil,
portanto, é algo ilusório. Como disse Rui Barbosa: “A pior ditadura é do
Judiciário, porque contra ela não há quem possa recorrer”. E o judiciário
autorizou buscas e apreensões somente em casas e escritórios de peemedebistas,
salvando providencialmente o ajudante Renan Calheiros. Reclamar para quem?
O Judiciário ao voltar do
recesso em fevereiro poderá afastar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha,
cujos crimes principais e mais graves foram: ganhar a eleição da casa
derrotando um petista, tornar o Congresso independente do Executivo, romper com
o PT.
Também pode esperar o pior,
Michel Temer, o vice-presidente que pregou a unificação nacional sabendo que a
governanta seria incapaz disto, aliás, de qualquer coisa.
Sentindo-se seguro Calheiros
tenta debilitar Temer com a ajuda do senador Álvaro Dias do PSDB do PT,
rachando o PMDB. Grande erro. Uma vez esgotada a serventia do senador e estando
o próprio PMDB fragilizado, o PT alcançará triunfante sua meta: ser o partido
dominante, impondo-se hegemonicamente sobre os demais. Nesse momento Calheiros
poderá enfrentar seus processos adormecidos no Judiciário, pois nunca ninguém
escapou por ter ajudado o PT. PT faz mal à saúde. PT mata.
Nesta hora em que o novo
ministro da fazenda, substituto de Joaquim Levy que apenas compôs uma fachada
para dar credibilidade ao governo e acalmar o mercado, provavelmente irá
reeditar o que levou nossa economia ao caos, feliz e sorridente dirá Rousseff
em cadeia nacional de radio televisão, sentindo-se imperatriz do Brasil:
“Se é para desgraça de todos e
infelicidade geral da Nação, digam ao povo que fico”.
Título e Texto: Maria Lucia Victor Barbosa, socióloga,
19-12-2015
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Prezada Socióloga, com a constatação da Posição do STF, sua explicação, seu Texto mostra a Real situação do País. Com a troca, ou seja, com a Demissão de Levy, e seu substituto, o Governo PT, sim o PT, pois Dilma é Laranja, mostra claramente que não está preocupado com a Economia, com o País, com o Desemprego, com aqueles que podem comprar ou gastar em US$, está sim preocupado com os Votos, sim Votos , pois suas Bolsas sociais , que com 30% de seus valores, são Fraudes, já comprovadas, é o que os mantêm no Poder.
ResponderExcluirO novo Ministro, Nelson, já deixou bem claro, vai cortar despesas na Previdência, despesas Obrigatórias, e é nelas, que nós do Aerus estamos inclusos, como pode cortar o que é obrigatório a Pagar, e não cortar os Gastos Governamentais, ou seja, cortar na Carne, isto o PT NUNCA fez e não fará.
Se é para desgraça de todos, e infelicidade da Nação, Vamos Às Ruas!!!
13 de março de 2016!
Um Abraço Natalino!
Volkart