Marlos Ápyus
Uma das agências contratadas pelo Facebook
chamou de "deboche" a notícia falsa espalhada até por perfis
verificados
No 17 de abril de 2018, Gleisi
Hoffmann deu publicidade a um pronunciamento feito à TV Al Jazeera. No texto
lido, uma longa sequência de mentiras sacadas pelo PT para tentar se safar da
Justiça brasileira. Preocupada com a imagem do país lá fora, Ana Amélia usou a
tribuna da casa que a acolhe para repudiar a postura da petista. No dia
seguinte, contudo, a senadora do PP tornou-se o alvo dos militantes virtuais,
que a acusavam de ter confundido “Al Jazeera” com “Al-Qaeda”, o grupo
terrorista. Uma postagem de Manuela D’Ávilla, presidenciável pelo PCdoB, teve
mais de 11 mil compartilhamentos e segue no ar mais de um mês após a publicação.
Mas teria sido isso mesmo?
Sem qualquer preocupação com a
veracidade, o Congresso em Foco, e toda uma sorte de blogs sujos que nem
merecem citação, ajudaram a espalhar a versão da comunista. Mas uma visita
ao vídeo do discurso, ou às notas taquigráficas daquela sessão, confirmaria que, nas
cinco vezes que Ana Amélia citou o referido canal, usou a expressão “TV Al
Jazeera”, deixando claro compreender que se trata de um veículo de comunicação,
e não um grupo terrorista. Mais: que havia apenas duas citações à
Al-Qaeda, ambas da senadora Regina Sousa, do PT:
“Estão confundindo Al
Jazeera com Al-Qaeda.”
“Al-Qaeda, sim, é um
movimento cuja história vimos.”
No 19 de abril, um dos perfis oficiais do PT ajudou a reverberar a
notícia falsa, também sem qualquer prejuízo à conta, ou mesmo retratação pela
mentira espalhada.
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