Alberto José
Durante vinte e nove anos na VARIG eu voei no DC-3, Handley Page (Boko
Moko?), Avro 748, Electra II, Boeing 707, 727, 747, 757, 777, Douglas DC8,
DC-10, MD-11 e Convair 990, mas o voo memorável, inesquecível, foi a bordo de
um Douglas C-47 do CAN (Correio Aéreo Nacional) no então chamado "Voo da
Coqueluche"!
Em 1958, eu e o meu irmão estávamos com coqueluche e
não havia remédio que desse jeito. Então, meu pai soube que a FAB fazia voos
com crianças para combater a doença.
No dia marcado fomos para a área militar do aeroporto Santos Dumont onde
embarcamos no magnífico C-47, preparado e polido para a ocasião. Eu sentei no
banco longitudinal, próprio de avião militar, no lado direito.
A decolagem foi inesquecível, a paisagem da pista, da baía e do Pão de
Açúcar passando lá fora. Quando atingimos a altitude recomendada, coloquei meu
braço para fora através de buracos redondos, que havia em cada janela de
plástico, já que o avião não era pressurizado.
Sentia as partículas de gelo bombardeando o meu braço. Em dado momento,
tive a bela visão da asa direita escorregando para baixo enquanto o avião fazia
uma curva para a direita.
Nesse voo, ganhamos caixas de lanche e refrigerantes.
Foi uma experiência inesquecível e tão eficiente que ficamos curados da
coqueluche.
Demos muita sorte, pois, pouco depois, passaram a colocar as crianças em
uma câmara pressurizada dispensando o voo no magnífico C-47.
Título e Texto: Alberto
José, 17-1-2019
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