segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Argentina propõe taxar grandes fortunas (Quem ficou surpreendido favor levantar a mão esquerda!)

Governo garante que vai usar o imposto de modo a realizar obras, equipar a petrolífera estatal YPF para produzir e distribuir gás natural

Cristyan Costa

O governo dos peronistas Alberto Fernández [foto] e Cristina Kirchner enviou na sexta-feira 28 um projeto de lei ao Congresso para taxar grandes fortunas. A ideia é levantar 300 bilhões de pesos (cerca de US$ 3,85 bilhões de dólares) através de um imposto extraordinário, que deve recair sobre aproximadamente 12 mil argentinos cujo patrimônio está acima de 200 milhões de pesos (US$ 2,7 milhões).


A proposta foi apresentada pelo deputado Carlos Heller e pelo líder do partido governista Frente de Todos na Câmara, Máximo Kirchner, filho da vice-presidente da Argentina.

Conforme os governistas, o valor arrecadado com o imposto será usado de modo a “comprar equipamentos de saúde para enfrentar a pandemia. Vai também apoiar as pequenas e médias empresas com subsídios e créditos e desenvolver bairros populares com obras que empregam os moradores”. Além disso, o governo também informou que pretende usar o imposto para realizar obras, equipar a petrolífera estatal YPF para produzir e distribuir gás natural.


Título: Cristyan Costa e JP; Texto: Cristyan Costarevista Oeste, 31-8-2020, 13h28

Nova cédula de R$ 200 entra em circulação na quarta-feira

A nova nota terá a imagem do lobo-guará
  
Kelly Oliveira

A nova nota de R$ 200, com a imagem do lobo-guará, começará a circular na próxima quarta-feira (2). Segundo o Banco Central (BC), será a sétima cédula da família de notas do Real. Serão produzidas neste ano 450 milhões de unidades.


A cerimônia de lançamento das novas cédulas será transmitida pelo canal do BC no YouTube. O BC divulgará a imagem da nova cédula no dia 2.

lobo-guará foi escolhido em pesquisa realizada pelo BC em 2001 para eleger quais espécies da fauna brasileira deveriam ser estampadas nas cédulas do país. No site do BC, há mais informações sobre a nova cédula.

De acordo com o BC, o lançamento da nova nota é uma forma de a instituição agir preventivamente para a possibilidade de aumento da demanda da população por papel moeda.

Título e Texto: Kelly Oliveira; Edição: Valéria AguiarAgência Brasil, 31-8-2020, 15h55

Salário mínimo para 2021 ficará em R$ 1.067

Aumento será menor que o previsto na LDO
 
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Wellton Máximo

A queda da inflação fez o governo reduzir o reajuste do salário mínimo para o próximo ano. Segundo o projeto do Orçamento de 2021, enviado hoje (31) ao Congresso, o mínimo subirá para R$ 1.067 em 2021.

projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, enviado em abril, fixava o salário mínimo em R$ 1.075 para o próximo ano. O valor, no entanto, pode ser revisto na proposta de Orçamento da União dependendo da evolução dos parâmetros econômicos.

Segundo o Ministério da Economia, a queda da inflação decorrente da retração da atividade econômica impactou o reajuste do mínimo. Em abril, a pasta estimava que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) encerraria 2020 em 3,19%. No projeto do Orçamento, a estimativa foi revisada para 2,09%.

A regra de reajuste do salário mínimo que estabelecia a correção do INPC do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) de dois anos antes perdeu a validade em 2019. O salário mínimo agora é corrigido apenas pelo INPC, considerando o princípio da Constituição de preservação do poder de compra do mínimo.

Leia se não tiver medo da verdade, tiver coragem ou souber ler

Percy Castanho Jr

Eu antipatizo com pessoas. Às vezes, gratuitamente. Falha minha? Pode ser. Por isso, reconheço o direito de qualquer um antipatizar também. Principalmente com políticos. Bolsonaro não é uma pessoa fácil. É do tipo ame-o ou deixe-o. Transparente, sincero, sem papas na língua e, às vezes, grosso (aliás, como todos nós), pode facilmente levar uma pessoa mais sensível ou avessa às suas ideias a não gostar dele. Tranquilo. É de Lei e faz parte do jogo democrático. O que não admito, de jeito algum, é, por conta dessa antipatia – seja pessoal, seja política -, deixar subir à cabeça uma desonestidade intelectual que não lhe permita ver tudo que Bolsonaro e sua equipe estão fazendo de bom pelo Brasil.


Ao final dessa pandemia você verá que Bolsonaro tinha razão, tanto em relação à medicação precoce quanto ao isolamento vertical. A própria OMS está reconhecendo isso. O elevado número de mortes se deve à estultice de governadores oposicionistas, que – apenas com o intuito de confrontar Bolsonaro - negaram tratamento precoce aos doentes, mandando-os ficar em casa até que seu pulmão estivesse comprometido. Esse sim foi o verdadeiro ato genocida.

A gestão federal da crise pandêmica – apesar de tolhido pelo STF – no que lhe coube foi simplesmente perfeita, com o governo provendo recursos a Estados e Municípios e a mais de 80 milhões de brasileiros o que, além de tratar dos mais pobres, ainda deu novo alento à economia, a primeira a se recuperar da queda brutal causada pela doença. Os recursos e planos dedicados às pequenas empresas, aos informais e aos trabalhadores formais também foram dignos de nota.

O que Bolsonaro está fazendo pelo Nordeste, nenhum governante, desde a Proclamação da República, fez. A ideia sempre foi deixar os nordestinos sem dinheiro, sem água e sem informação, para manter seu voto de cabresto a troco de esmolas, dentaduras, camisetas. Bolsonaro está abrindo os olhos do povo nordestino, levando água, melhorando a rede social de atendimento público, as escolas e o Bolsa Família, que vai mudar de nome, subir de patamar e oferecer uma porta de saída, sendo este o ponto mais importante do programa.

Defesa de Witzel entra com recurso no STF para anular afastamento do governador do RJ

Pedido dos advogados de Witzel é que o STF tenha o poder de decisão acerca de assuntos que não estão evidentes no processo que levou à retirada do governador do cargo

Raphael Fernandes

No último sábado (29/08), os advogados de Wilson Witzel [foto] entraram com recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a liminar que determinou o seu afastamento do cargo de governador do Rio de Janeiro. A decisão pelo desligamento de Witzel da função, por 180 dias, foi decretada na sexta-feira (28/8) pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
 
Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil
O pedido da defesa de Witzel é que o STF tenha o poder de decisão acerca de assuntos que não estão evidentes no processo que levou à retirada do governador do cargo. Entre eles, a necessidade ou não de haver uma denúncia recebida de maneira prévia contra o chefe do Poder Executivo Estadual antes dele ser obrigado a se afastar.

Os advogados também desejam que haja uma definição jurídica sobre o quórum preciso para que se tenha a validação da decisão do afastamento, isto é, se esse número seria de 2/3 ou composto por maioria simples. Vale ressaltar que a decisão de sexta-feira aconteceu de forma monocrática.

Afastamento de Witzel
Wilson Witzel foi afastado do cargo de governador do RJ, por 180 dias, na última sexta-feira, em decisão do STJ, devido a suspeitas de irregularidades cometidas na área da saúde durante o enfrentamento à pandemia do Coronavírus. A mesma operação prendeu o Pastor Everaldo Pereira, acusado pelo ex-secretário de Saúde Edmar Santos, em delação premiada, de ser o ”chefe” da pasta no estado.
Título e Texto: Raphael Fernandes, Diário do Rio, 31-8-2020

“Antifascista” pacífico

Gajos cobardes (em dois atos)

Se uma imagem vale mil palavras, os sete segundos da diatribe de António Costa contra os médicos descrevem-no melhor do que tudo o que possa ser escrito sobre o homem que governa Portugal.

Mário Crespo

Primeiro Ato
Um espectro assombra a democracia em Portugal – o espetro da autocensura no jornalismo.

O perigoso argumentário que está a ser propalado por zelotas de boas-práticas jornalísticas onde se fala de ‘divulgação ilegal’ de notícias e de ‘não-vale-tudo’, anuncia mais do que uma deriva para o controlo oficial da informação. Na verdade, o que se passou nos últimos dias, diz-nos que o poder político já comanda muito do que hoje vemos, ouvimos e lemos e que está a tentar orientar a opinião pública nos sentidos que acha que lhe são favoráveis.

Se uma imagem vale mil palavras, os sete segundos da diatribe de António Costa contra os médicos descrevem-no melhor do que tudo o que possa ser escrito sobre o homem que governa Portugal.


Quando o primeiro-ministro fala de ‘médicos’ como ‘gajos’ ‘cobardes’ emite uma declaração crucial para contextualizar a sua atitude para enfrentar os múltiplos problemas de saúde pública do país em pandemia. O grupo de jornalistas que o entrevistou devia ter-lhe pedido imediatamente um comentário sobre os fundamentos de tão violento destrato. Nunca por nunca poderiam ignorá-la, como o tentaram fazer os responsáveis editoriais do Expresso.

Note-se bem que não houve nenhum caso de ‘off-the-record’. De resto, compromete muito o desempenho jornalístico, a falta de percepção que a classe jornalística portuguesa (se é que existe) está a mostrar sobre o conceito. O ‘off-the-record’ é o entendimento entre repórteres e os objetos de notícia onde o único compromisso eticamente possível é salvaguardar o anonimato da fonte. Nunca pode ser invocado para obliterar conteúdos ao sabor da conveniência dos entrevistados. Divulgar matéria noticiosa é a obrigação jornalística. Sem a divulgação inconveniente de conteúdos noticiosos não teria havido conhecimento do escândalo de Watergate, das infâmias da Casa Pia, da roubalheira no BPN ou das irregularidades nas contas de Sócrates. Na verdade, sem a divulgação dos conteúdos obtidos por trabalho jornalístico, não há democracia. Não divulgar o que Costa disse sobre os médicos seria um ato de censura.

Uma situação de entrevista (tanto mais na residência oficial do primeiro-ministro) é o mais formal dos atos de colheita de informação que pode haver numa democracia. Tudo o que for dito é registo público. Os jornalistas não se podem comportar aqui como confidentes dos estados de alma de um entrevistado grosseiro, como foi o caso da equipa do Expresso a avaliar pela bondosa entrevista que conduziram que só fez notícia a sério na parte que não queriam divulgar.

domingo, 30 de agosto de 2020

Qual o mais gostoso?

Heroísmo: deu a vida para salvar uma criança

Sérgio Pinto Monteiro

A data de 30 de agosto de 1977 certamente não será lembrada na grande mídia nacional, hoje mais dedicada às “comemorações” do número crescente de vítimas da trágica pandemia que ora nos assola. Naquele dia, a nação viu partir mais um dos heróis brasileiros, cujo supremo sacrifício para salvar uma vida permanecerá nas brumas do esquecimento da imprensa e do meio acadêmico, como o de tantos outros mártires da pátria.  
       
Naquele 27 de agosto, há 43 anos, um militar brasileiro, o jovem Sargento Sílvio Delmar Hollenbach [foto], de apenas 33 anos, juntamente com a esposa Eni Teresinha e os quatro filhos do casal, na época com idades entre 1 e 7 anos, deixaram a residência em Brasília para um programa típico das famílias dos brasileiros mais simples. O Jardim Zoológico, que certamente iria encantar as crianças. A crueldade do destino submeteu-os à visão de uma cena dantesca, que três dias após uma indescritível agonia no Hospital das Forças Armadas, levaria o militar à morte. 

Deslocando-se de carro no interior do Zoológico, o Sargento Hollenbach viu quando o menino Adilson Florêncio da Costa, de 13 anos, caiu no interior do tanque das ariranhas.


Sua família, horrorizada, não pôde impedir que o bravo Sargento abandonasse o veículo e se atirasse no poço para resgatar a infeliz criança. Foram minutos de intenso pavor, onde o heroico militar teve que enfrentar as ferozes ariranhas, recebendo mais de uma centena de mordidas e arranhões por todo o corpo. 

Ao conseguir resgatar o menino e salvar-lhe a vida, o Sargento Hollenbach cumpriu a sua mais nobre missão na Terra. Os esforços das equipes médicas do Hospital das Forças Armadas não conseguiram preservar-lhe a vida. Morreu como um bravo. Lamentavelmente, o seu sacrifício pouco ou quase nada será lembrado neste 30 de agosto.  

       
Em homenagem ao militar, o zoo de Brasília passou a se chamar, oficialmente, Jardim Zoológico Sargento Sílvio Delmar Hollenbach. Além disso, o gesto de coragem foi eternizado na construção de um pequeno monumento, com o busto de bronze do herói desaparecido. 

[Versos de través] Buscando (eu) escritor

Haroldo Barboza

Não adianta acorrentar meus pés
Para que eu não viaje pelo mundo.
Não adianta atar minhas mãos
Para que eu não resuma as notícias.

Não adianta vendar meus olhos
Para não ver a linda natureza.
Não adianta tapar minhas orelhas
Para não ouvir os belos pássaros.

Não adianta travar minha língua
Para não repassar a história.
Enquanto tiver forças na alma

Para suportar uma pequena dor
Livrarei minha aguçada mente
Em busca de um novo escritor.

Título e Texto: Haroldo P. Barboza, 30-8-2020

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#UseMáscara

Depois do PDT, mais 4 partidos tentam barrar o marco do saneamento

PT, PSOL, PCdoB e PSB ingressaram com ação no STF para questionar medida que prevê a universalização do saneamento no Brasil

Foto: Agência Brasil

Paula Leal

Depois do PDT, mais quatro partidos de oposição decidiram entrar no Supremo Tribunal Federal contra o novo marco do saneamento, sancionado em julho pelo presidente Jair Bolsonaro.

Dessa vez, PT, PSOL, PCdoB e PSB ingressaram com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) na Corte. As legendas de oposição questionam o que consideram “privatização seletiva”, que privilegiaria apenas os municípios maiores e mais rentáveis, enquanto as cidades menores e deficitárias permaneceriam bancadas pelo poder público.

Conforme noticiou Oeste, 100 milhões de brasileiros não têm coleta de esgoto e outros 35 milhões não possuem acesso à água tratada.

Título e Texto: Paula Leal, revista Oeste, 30-8-2020, 10h30

Covid-19: Brasil supera a marca de 3 milhões de recuperados

Informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde na noite de ontem

Anderson Scardoelli

Uma má notícia para o jornalismo de necrotério, conforme define o colunista Augusto Nunes, mas uma boa informação para o país. Assim pode ser definido o dado divulgado na noite de sábado, 29, pelo Ministério da Saúde. Afinal, o órgão revelou que o Brasil soma mais de 3 milhões de recuperados da covid-19.
 
Foto: Agência Brasil
De acordo com o último relatório destacado pela pasta, o país registra exatos 3.006.812 casos de recuperados do vírus chinês. Números esses que mostram como a letalidade da doença provocada pelo novo coronavírus é baixa no país. Com 120.462 mortes, o ministério informa que o nível de letalidade está em 3,1%.

Recomendação
Além de destacar a marca de 3 milhões de recuperados da covid-19, o Ministério da Saúde reforçou a orientação para que o tratamento ocorra de forma precoce. Entre outros pontos, o órgão indica: é importante ir ao médico assim que sentir algum sintoma relacionado à doença. Inclusive, #NãoEspere passou a ser a hashtag promovida pela pasta nas redes sociais.

“O tratamento precoce aumenta as chances de recuperação”

“O Ministério da Saúde reforça que ao sentir qualquer sintoma da doença, procure um serviço de saúde. O tratamento precoce aumenta as chances de recuperação. Então lembre-se: sentiu algum sintoma? #NãoEspere, procure um médico”, publicou o ministério em seu perfil no Twitter.

Cota para mulheres nas eleições não traz representatividade

Partidos, inclusive, usam candidatas de “laranjas” apenas para cumprir o determinado pela lei eleitoral

Roberta Ramos

Quando foi lançada, em 1997, a lei eleitoral prometia avanços e renovação nas casas legislativas brasileiras. Entre as novidades, a obrigatoriedade para os partidos de preencher 30% das candidaturas com vagas para mulheres. A ideia era aumentar a presença feminina na política, até então amplamente dominada pelos homens.  

Vinte e três anos depois, basta uma rápida olhada nas páginas da maioria das Câmaras Municipais do país para perceber que as cotas podem até ser cumpridas pelos partidos durante os pleitos. Contudo, a representatividade não costuma chegar, de fato, ao pós-eleição.  

Seja por não terem expressividade, por não ganharem o suporte necessário de sua legenda ou até mesmo por só entrarem na disputa para preencher o que determina a lei, as mulheres, na verdade, ainda são minoria nas Câmaras Municipais e no Congresso Nacional. 

Apenas como exemplo, na capital paulista são 55 vagas para vereador. Atualmente, apenas nove delas, ou 16,36%, estão preenchidas por mulheres. Em Belo Horizonte, a situação é ainda pior: de 41 cadeiras, só quatro — 9,75% — são femininas. No entanto, segundo a última projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres representam 52% da população brasileira. 

Projeto para acabar com a cota 


A falta de representatividade real levou a deputada federal Caroline De Toni (PSL-SC)[foto] a criar um projeto de lei (PL 4213/2020) que pretende extinguir a cota por gênero. “Não podemos ter um tratamento diferente para homens e mulheres em relação a direitos políticos”, defende a deputada. “Se a maioria das mulheres não se interessa pela política, obrigá-las a concorrer não vai mudar essa realidade.”

Free Speech Is Under Attack In Brazil, And We Want Americans To Know About It

Mario Balaban

Thirteen years ago, I moved to the United States from Brazil. Part of the reason I left was that my family was fed up with the crime, corruption, and socialist policies which ran rampant in my former home. But recently, with the election of President Jair Bolsonaro, who ran on an anti-crime, anti-corruption, and anti-socialist platform, I began to have some hope for Brazil. 

Since coming into office, Bolsonaro has faced an uphill battle. Though he won the election by over 10 percentage points, his opponents are still trying to remove him from power. Their method? Using the Supreme Court to strip the free speech rights of his most vocal supporters.

The court is composed of 11 Ministers, seven of which were appointed by the far-left Workers’ Party and four others that were appointed by former Brazilian presidents still under investigation for wide-ranging corruption.

Minister Alexandre de Morais, photo: Eraldo Peres/AP
The Brazilian Supreme Court only has one item on their agenda: removing the democratically elected president, Jair Bolsonaro, from power through any means possible. The court’s judges have not accepted the October 2018 election results and detest Bolsonaro’s anti-establishment background. Given that the large majority of these judges were appointed by socialist presidents, their anti-Bolsonaro attitude isn’t surprising to most Brazilians.

What we see today is the culmination of the socialist establishment’s efforts, which resulted in the now-infamous “Fake News” investigation, launched in 2019 by the Supreme Court. They purport to investigate mass-scale “fake news” that they believe is endangering Brazilian democratic institutions. In reality, the investigation does nothing but target vocal conservative Bolsonaro supporters and force them into silence.

To further expose the investigation’s double standard, not a single radical Marxist activist or politician in Brazil has been under investigation for spreading fake news. Not even when they openly defend Venezuelan dictator Nicolas Maduro and claim that he is a great and honorable leader.

So far, the “Fake News” investigation has led to personal property seizurescensorship, and even arrests of a social media influencer and a journalist. What the investigation did not do is find “fake news.”

Even with the lack of evidence, the Supreme Court has decided to double down on the investigation.

[As danações de Carina] Na solidão da quarentena, descobri ter sérios poemas mentais

Carina Bratt

HOMEM LINDO E MARAVILHOSO, tu que te aproximas de mim, não queiras saber como me chamo. Para ti, sou a sem rosto, a sem vida, cadáver ambulante de um cemitério inexistente: meu nome? Não posso dizê-lo, nem poderias pronunciá-lo.

Nessa angústia de ser coisa nenhuma,
Onde o silêncio é canto e luz na alma,
vivo de rememorar o ocaso dos meus ontens.

Sabia que um dia tu virias de longe. Estava escrito que uma cidade grande e enorme te enviaria e eu te esperava. Com a ansiedade louca da terra (que em meu pensamento de trevas aguarda a claridade salvadora do sol), assim te esperei. E agora que estás aqui, creia-me, não te conheço. Procuro me aproximar de ti, estendo a mão para te tocar e apenas um vazio imensurável, quase abissal se perde ao redor de mim.


Tua pele, percebo, é limpa e me queima. Não sei resistir à dor intensíssima do contato. Não me fales, não me olhes. Tuas palavras me aturdem e teu olhar se crava, intolerável, em meus olhos. Tu me despes de todos os andrajos e me envergonhas de loucuras jamais vistas e sentidas. 

Ontem respirei uma eternidade congelada num instante
e fui abduzida
sorvida
para dentro de um mundo de vidro
que reflete
até lá – no infinito –
o que sempre quis:
voltar pra dentro do corpo onde nasci.

Espere. Calma. Não te afastes. Minha proximidade me asfixia, ao tempo em que muita distância me mata. Vejo teu cabelo ondular do outro lado do cristal, num emaranhado que flutua, e ao fazê-lo, ocupa seu lado do espaço. Teu corpo incompreensível me apavora, fujo de tuas mãos que querem me agarrar, me tocar, me comer em pequenos toques suaves, entretanto a névoa adocicada  do teu corpo me chama, bondosa, me convida a  sair do frio e a me fundir na música de festa  que vem do teu cheiro, do teu gosto.

Teu cabelo ao sopro da brisa que passa, não me assusta porque é excrescência, já saiu de ti e não te pertence, me acompanha, mas não me aprisiona, me roça, mas não me queima. Toco teu cabelo e não sinto dor.

Quando ficamos lado a lado em mansuetude – e de repente
correm teus olhos aflitos a distinguir a cor do vento
ou de toda natureza o próximo gemido
percebo que ao escolher fui escolhida – e ao te mirar
vejo a mim mesma em teu sorriso – mas rediviva.

sábado, 29 de agosto de 2020

[Viagens, Produtos e Serviços] Voando do Rio a Lisboa a bordo da caríssima TAP e sua tripulação Schutzstaffel (SS)

O voo 2551, RIO/LIS, decolagem às 18h50, hora local. Equipamento: Airbus A 330 NEO.

Fila enorme no check-in (cinco atendentes). Somente este engraçado escriba guardava distância da pessoa à sua frente. Sim, é engraçado, pois no avião, lotado, viajamos encostados uns aos outros.

O jantar servido com a costumeira demora, foi bom: um simplificado picadinho, prato que muito aprecio.

Outra coisa que tenho observado e me apresso em dividir com você, generoso leitor: as telinhas individuais de entretenimento são perfeitas. Acessíveis por controle remoto e/ou toque tátil respondem perfeitamente, sem travamentos, congelamentos e outros “entos”.

Foto daqui
Nas viagens que fiz nunca percebi alguém chamando o comissário porque a sua tela travou, apagou, deu tilt… bem diferente do que acontecia nos B-777 que tripulei no último ano do século XX e primeiros do século XXI!

Assisti a um filme com Tom Cruise (Edge of Tomorrow/No Limite do Amanhã). Confesso que algum tipo de vírus se apoderou de mim, congelou o meu livre arbítrio e me obrigou a assistir a essa comédia até ao… The End! What the shit!!


Aproximando Lisboa eis que tênue iluminação é alumiada indicando o próximo serviço de bordo: café da manhã/pequeno almoço/breakfast/desayuno/petit déjeuner. Que na TAP é resumido à entrega na sua mão de um bolinho e um guardanapinho!!

Foto daqui
Porra! estão gozando com o passageiro de econômica, desprezando-o até! Me poupem de desculpas transferidoras de responsabilidade! Custaria muito colocar num pratinho (podia até ser de papelão) duas fatias de presunto e duas de queijo prato e cobrir com vitafilm, exatamente como é feito com o pãozinho, a saladinha e a sobremesa do jantar?!?!

Sobre bundões

Alguns elementos factuais sobre a relação entre Bolsonaro e a imprensa


Guilherme Fiuza

Não é desejável uma relação hostil entre presidente da República e imprensa numa democracia. Bolsonaro formatou seu mandato para favorecer a proximidade com os jornalistas recebendo-os semanalmente — sem restrições — para cafés da manhã no palácio. Nem Lula nem FHC fizeram algo assim. Ao contrário, Lula não dava coletivas. Mas a estratégia foi desandando, com direito a provocações de parte a parte (Bolsonaro e imprensa) no cercadinho do Alvorada.

Após mais um episódio colocando em choque presidente e imprensa, Bolsonaro se referiu a parte dos jornalistas como “bundões”. Há algo errado aí, naturalmente, e não dá para topar essa descida ladeira abaixo no idioma em terreno que precisa de civilidade. E também é preciso verificar o contexto do qual provém o disparate presidencial.

Vamos à verificação de alguns elementos factuais desse contexto:

· Produção de reportagens insinuando que a eleição de Bolsonaro resultou de uma manipulação da votação por meio de um golpe no WhatsApp;

· Notícias associando o presidente da República com o assassinato de Marielle Franco a partir de falsos testemunhos;

· Reportagens no Brasil e no exterior insinuando em contrariedade com os fatos que o governo iniciado em 2019 bateu recordes de destruição da Amazônia seguindo diretrizes de crime ambiental;

· Especulações e pensatas na grande imprensa sobre um suposto golpe militar em articulação pelo presidente da República para o fechamento do regime, ignorando a reiteração pelo próprio presidente do seu compromisso incondicional com a democracia e a Constituição;

O mais jovem (e o pior) presidente da história do STF

Leia o texto de Dias Toffoli e dê uma nota de zero a dez


Augusto Nunes

Em 30 de setembro de 2009, a sabatina que duraria sete horas ainda não chegara à metade quando Gilmar Mendes, então presidente do Supremo Tribunal Federal, repetiu a frase declamada dias antes daquela arguição ao fim da qual o Senado decidiria se José Antonio Dias Toffoli, indicado pelo presidente Lula, merecia ou não tornar-se titular do Timão da Toga: “Seguramente, é uma pessoa qualificada”. O sempre douto parecer foi emitido por Gilmar Mendes caprichando na imitação de Gilmar Mendes: o lábio inferior estufado e o queixo pronunciado desenham em parceria uma segunda boca, o olhar enviesado de quem desconfia de alguma coisa que está logo ali mas ninguém mais vê, as orelhas de longo alcance sitiando os óculos, a sisudez dos que se acham predestinados a virar estátua. Ele nunca explicou o que o convencera de que merecia ser promovido a ministro do Supremo o bacharel em Direito que, aos 41 anos, tivera como único cliente o PT.

Toffoli queria ser juiz desde os tempos de estudante na escola do Largo de São Francisco. Com um diploma na mão e pouca munição na cabeça, foi reprovado duas vezes no concurso para ingresso na magistratura paulista. Conformado com o status de bacharel, seria nos anos seguintes advogado do PT, assessor jurídico de campanhas eleitorais do PT, advogado de Lula, assessor jurídico da Casa Civil comandada por José Dirceu e chefe da Advocacia-Geral da União. A fidelidade ao partido e a devoção ao deus da seita o transformaram em candidato natural a superjuiz quando Lula entendeu que o escândalo do Mensalão não escaparia do julgamento no Supremo. Era hora de ampliar a bancada formada por ministros incapazes de resistir à tentação de mostrar que são capazes de tudo para defender o indefensável.

Essas sabatinas no Senado se assemelham a um chá de senhoras em que a longa sequência de rapapés e louvações é interrompida por algumas perguntas só aparentemente incômodas. Todas começam com um respeitoso Vossa Excelência e terminam com recomendações à família. O que parece provocação é só o passe que deixa o sabatinado na boca do gol. Sejam quais forem as respostas, soam satisfatórias aos ouvidos de inquisidores encarregados de averiguar se o candidato ao STF, conforme exige a Constituição, tem reputação ilibada e é provido de notável saber jurídico. Sua Excelência poderia explicar aquele punhado de complicações judiciais no Amapá?, quis saber um senador. Outro perguntou se não lhe causavam constrangimento as duas bombas que explodiram o sonho de ser juiz no interior paulista. Um terceiro ficou intrigado com a inexistência de livros ou artigos de jornal assinados por Toffoli. Essas e outras dúvidas foram dirimidas por palavrórios tão rasos que, na imagem de Nelson Rodrigues, uma formiguinha poderia atravessá-los com a água pelas canelas.

Foi assim que Toffoli contornou a desconfiança provocada por seu tórrido caso de amor com o PT. Essa paixão não influenciaria as decisões do futuro ministro quando o banco dos réus fosse ocupado por velhos companheiros? Confira trechos da discurseira do candidato a ministro, pinçados da transcrição da sabatina arquivada no Senado e publicados em negrito, com observações do colunista entre parênteses:

Aquilo que eu fazia na Advocacia-Geral da União, que era uma imparcialidade, vai ser uma imparcialidade absoluta.” (Como assim?, poderia ter replicado algum senador. Um juiz é parcial ou imparcial. Não existe juiz meio parcial ou meio imparcial. E nenhum juiz é parcialmente imparcial. Nem imparcialmente parcial.)

A América em chamas

O objetivo da turba violenta é claro: eliminar o que não pode criar, mudar a realidade escolhida nas urnas. A história mostra que rupturas bruscas não funcionam


Ana Paula Henkel

Após os violentos protestos por algumas grandes cidades de todo o país motivados pela morte de George Floyd, os Estados Unidos agora encaram uma segunda onda de muita quebradeira e violência depois que um vídeo viralizou no domingo mostrando um policial atirando em Jacob Blake, um homem negro morador de Kenosha, no Estado de Wisconsin. No vídeo, Blake se afasta dos policiais com armas em punho enquanto outras pessoas gritam ao fundo.

Na quarta-feira, o Departamento de Justiça de Wisconsin disse que a polícia de Kenosha foi chamada à casa de Blake depois que uma mulher ligou e disse que o namorado dela estava no local, onde ele não poderia estar devido a uma ordem de restrição. Blake fora acusado de agressão sexual de terceiro grau e conduta desordeira. Seus crimes tiveram agravamento de pena porque estavam ligados a violência doméstica.

Os policiais foram alertados sobre a existência de um mandado de prisão contra o rapaz e, assim que chegaram ao local, tentaram usar uma arma de choque para imobilizar Blake, que resistiu à prisão. Mas a arma não funcionou. Ele então ignorou todos os comandos dos policiais, deu a volta em seu carro, abriu a porta do motorista e se abaixou para pegar algo. Foi quando um policial atirou em suas costas. Blake permanece internado num hospital.

É difícil dizer do que se trata a atual violência revolucionária nas grandes cidades

Imediatamente protestos violentos tomaram conta da cidade. Em pouco tempo, pequenas lojas e grandes estabelecimentos comerciais estavam em chamas. Rapidamente, membros do movimento negro marxista Black Lives Matter apareceram em vários bairros. Espalharam terror e medo, queimando prédios e destruindo carros. A polícia não enfrentou, mais uma vez, apenas manifestantes raivosos, mas coquetéis molotov, armas, tacos de beisebol, tijolos e pedaços de concreto.

Um homem sem qualidade

Não seria demasiado grave que ao dr. Costa faltasse lisura, decência e, vá lá, coragem. Acima de tudo, falta ao dr. Costa humanidade.

Alberto Gonçalves

Horas depois da reunião com o dr. Costa, da qual saiu todo contentinho, o bastonário da Ordem dos Médicos, já um pouco abatido, queixou-se de o dr. Costa de não ter dito em público o que, em privado, se tinha comprometido a dizer. Aparentemente, o senhor bastonário é um dos muitos portugueses que, em agosto de 2020 e a julgar pelas sondagens, continuam a tomar o dr. Costa por um indivíduo confiável. Há fenômenos extraordinários. Submetidos a doses adequadas de propaganda, os mesmos portugueses acreditariam que Khomeini era um baluarte da luta feminista.

Noto, dado que a propaganda não deixou que se notasse devidamente, que a reunião citada surgiu na sequência de um vídeo em que o dr. Costa, em “off” e perante jornalistas do “Expresso”, chamava “cobardes” aos médicos que não andaram a reboque das “autoridades” socialistas locais, no caso do lar de Reguengos onde morreram 18 infelizes por desidratação, incúria e outras inevitabilidades. Durante a reunião, pelos vistos, o dr. Costa explicou ao senhor bastonário que as suas declarações haviam sido descontextualizadas, e que, no contexto, o “cobardes” apenas pretendia expressar a admiração e o respeito que sente pela classe. Após a reunião, declarou que o Estado, leia-se meia dúzia de figurinhas do partido, estivera impecável em todo o processo. Em todo o processo, em “off” e em “on”, o dr. Costa nunca pediu desculpa aos médicos. Muito pior, nunca pediu desculpa aos familiares das vítimas.

O episódio resume a personagem. Aqui, como em dezenas de ocasiões anteriores, temos o sujeito que mantém uma relação complicada com a verdade, o sujeito que tem uma relação nula com a responsabilidade, o sujeito que perde a (débil) compostura ao primeiro entrave, o sujeito que não tolera divergências, o sujeito habituado a debater assuntos sérios com a sofisticação de comentadores da bola, e o sujeito que tem os pobres – e bem agradecidos – jornalistas por capachos da sua vontade. E isto, aliado ao domínio precário da língua portuguesa e à tendência, fatal no PS, para se rodear de trapaceiros e nulidades, é o lado menos nocivo do dr. Costa. Não seria demasiado grave que ao dr. Costa faltasse lisura, decência e, vá lá, coragem. Acima de tudo, falta ao dr. Costa humanidade.

FC Porto: Saída de Soares pode ser confirmada em breve

A Bola

Se a venda de Marega está longe de ser um dado adquirido para a SAD - também porque Conceição não quer perder o maliano -, sobram sinais de que a transferência de Soares [foto], além de ser encarada favoravelmente pela administração portista, poderá concretizar-se em breve. O Spartak Moscovo acenou com 10 milhões de euros para contratar o atacante brasileiro e insiste num desfecho favorável das negociações.


Seja Rússia, China, Arábia ou Catar, Tiquinho, ao contrário por exemplo de Zé Luís (que recentemente terá recusado oferta das arábias), não coloca resistência à saída antecipada do FC Porto.

Pelo contrário, o que ele mais quer é rubricar um acordo que lhe proporcione a independência económica, pois além de ser dos jogadores portistas com menor salário, as perspectivas de renovar um contrato que expira em menos de um ano são manifestamente reduzidas. Por alguma razão os dragões deram luz verde a Deco, agente de Soares, para encontrar um negócio que satisfaça clube e jogador.  

Título, Imagem e Texto: Redação, A Bola, 29-8-2020, 9h44

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Atenção! Reclamações sobre empréstimo consignado é no Portal do Consumidor


Já dúvida e outros assuntos referentes a empréstimo consignado devem ser tratados diretamente com o banco

O empréstimo consignado e o cartão de crédito consignado representam um contrato estabelecido exclusivamente entre o beneficiário e a instituição financeira contratada. Portanto, o INSS não tem participação nesse tipo de transação. Reclamações ou denúncias sobre empréstimo consignado devem ser registrados diretamente no Portal do Consumidor (consumidor.gov.br ).

Outros canais também possíveis são o Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor); e o SAC (Serviço de Atendimento do Consumidor) e Ouvidoria da própria instituição financeira.

No banco
Já dúvidas sobre o empréstimo consignado ou necessidade de renegociação dos valores do contrato são tratados sempre diretamente com a instituição financeira contratada.
Título e Texto: INSS, 28-8-2020

Sergio Moro, o STF e um golpe duro no combate à corrupção

Gazeta do Povo

A demolição do bom combate à corrupção segue a todo vapor no Supremo Tribunal Federal, cuja Segunda Turma tomou uma decisão relativa ao caso Banestado que permite prever com muita certeza o que virá quando a mesma turma analisar vários julgamentos da Lava Jato. Graças a um empate em 2 a 2, a condenação do doleiro Paulo Roberto Krug pelo então juiz Sergio Moro [foto] foi anulada. Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, para a surpresa de absolutamente ninguém, deram os votos que consagraram a impunidade, beneficiando o réu com o empate – do outro lado ficaram Edson Fachin, relator do caso, e Cármen Lúcia; o decano, Celso de Mello, está em licença médica.

Foto: Rodrigo Sierpinnski/Gazeta do Povo
Mendes e Lewandowski consideraram que Moro extrapolou suas funções de julgador e atuou como “assistente da acusação”, ajudando na produção de provas e anexando documentos aos autos por iniciativa própria. Durante a celebração de acordos de delação premiada, Moro tomou o depoimento dos colaboradores, incluindo o também doleiro Alberto Youssef, o que os ministros consideraram como participação na “produção de provas”, já que Moro havia feito perguntas sobre a participação de Krug no esquema. De nada adiantou a argumentação de Edson Fachin, ao explicar que ouvir colaboradores faz parte do trabalho do juiz durante a homologação de um acordo e que isso não se encaixava de forma alguma nos motivos citados no artigo 252 do Código de Processo Penal para o impedimento de um magistrado.

A imparcialidade não se confunde com passividade completa. A legislação dá ao juiz uma série de possibilidades de atuação por iniciativa própria para chegar à verdade dos fatos

Conhecimento do CPP (ou ao menos o entendimento de sua correta aplicação), aliás, não parece ser bem o forte de Mendes e Lewandowski, e isso já se via desde a anulação do julgamento de Aldemir Bendine, no ano passado. Naquela ocasião, ambos ajudaram a derrubar uma condenação em um julgamento no qual Moro havia seguido à risca os artigos do CPP que tratam da entrega das alegações finais; agora, eles ignoram que Moro nada mais fez que também aplicar a lei. Em seu artigo 156, II, o CPP afirma que o juiz de ofício pode “determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante”, enquanto o artigo 234 afirma que “se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da acusação ou da defesa, providenciará, independentemente de requerimento de qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se possível”. Ao reconhecer que Moro agiu dentro da lei, Cármen Lúcia afirmou: “Não vislumbro qualquer eiva ou mácula na conduta, pelo menos nos termos aqui expressos, demonstrados, e especialmente para a configuração de caso de impedimento”.

‘Foi decretada a morte política do Wilson Witzel’

Augusto Nunes analisa a situação do afastado governador do Rio de Janeiro

Anderson Scardoelli

Wilson Witzel [foto] não deverá ter sequência em cargos públicos daqui para a frente. Afastado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) do cargo de governador do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 28, ele tende a encerrar a carreira política. Ao menos é o que avalia o jornalista Augusto Nunes.


“Foi decretada a morte política do Wilson Witzel”, avalia Nunes. A afirmação do jornalista, que é colunista da Revista Oeste, foi feita na edição de hoje de Os Pingos nos Is, programa da rádio Jovem Pan. “É mais um governador que viu que a lei é para todos”, prosseguiu o jornalista.

Além disso, Nunes lembrou que Witzel, um ex-juiz federal que não tinha disputado nenhuma eleição até 2018, chegou afoito ao Poder Executivo fluminense. Nesse sentido, lembrou que o agora governador afastado já se pusera à disposição para disputar a Presidência da República em 2022. “Ele se lançou candidato a presidente com dois meses de governo”, observou o colunista da Revista Oeste.

Título e Texto: Anderson Scardoelli, revista Oeste, 28-8-2020, 19h

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Lacombe estreia na RedeTV! com Sikêra e garante: “Agora é sem mimimi”

Marcos Rocha

Contratado pela RedeTV! na última quarta-feira (26), o jornalista Luís Ernesto Lacombe fez sua primeira participação na emissora no programa Alerta Nacional, apresentado por Sikêra Júnior.


Lacombe participou do link ao vivo ao lado do repórter Edie Polo e comentou sobre sua nova atração no canal de TV. De acordo com ele, seu novo programa será ‘sem mimimi’ e ‘sem politicamente correto’.

“Agora vamos com tudo, sem mimimi, sem politicamente correto, sem hipersensibilidade, com sinceridade, com autenticidade e com verdade sempre no coração. Sou um grande fã seu”, disse Lacombe a Sikêra.

Em resposta, o apresentador do Alerta Nacional rasgou elogios ao novo colega de emissora.

“Lacombe, bem-vindo, que Deus te abençoe nessa missão que não é fácil. Você já viu o peso da censura brasileira, você já viu o peso da política negra, do mimimi e, enfim, você já sentiu o peso, mas não esmoreceu um só segundo. A gente ora pra que Deus te proteja, livre de todo o mal e você siga essa carreira brilhante”, desejou Sikêra.

ASSISTA:


Título e Texto: Marcos Rocha, ConexãoPolítica, 28.8-2020