Essa foi a primeira vez em cinco meses que
houve criação de empregos
Wellton Máximo
Depois de vários meses
extinguindo postos de trabalho por causa da pandemia do novo coronavírus, o
país voltou a criar empregos formais em julho. Segundo dados divulgados pelo
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho
do Ministério da Economia, 131.010 postos de trabalho com carteira assinada
foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e
demissões.



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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil |
Setores
Na divisão por ramos de
atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em
julho. A estatística foi liderada pela indústria, com a abertura de 53.590
postos. O indicador inclui a indústria de transformação, de extração e de
outros tipos.
Com 41.986 novos postos, a
construção vem em segundo lugar, seguida pelo grupo comércio, reparação de
serviços automotores e de motocicletas, com 28.383 novas vagas. Em quarto
lugar, vem o grupo que abrange agricultura, pecuária, produção florestal, pesca
e aquicultura, com 23.027 postos.
O único setor a registrar
fechamento de postos de trabalho foi o de serviços, com a extinção de 15.948
postos.
Destaques
Na indústria, o destaque positivo
ficou com a indústria de transformação, que contratou 53.068 trabalhadores a
mais do que demitiu. Em segundo lugar, ficou a indústria extrativa, que abriu
888 vagas.
Os serviços tiveram
desempenhos opostos conforme o ramo de atividade. O segmento de informação,
comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e
administrativas criou 22.208 postos. O setor de saúde humana e serviços sociais
abriu 13.649 vagas.
Em contrapartida, o setor de
alojamento e alimentação continua a sentir os efeitos do isolamento social e
fechou 24.949 vagas. O segmento de educação demitiu 19.010 trabalhadores a mais
do que contratou.
Desde abril, as estatísticas
do Caged não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A
série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.
Regiões
Todas as regiões brasileiras
criaram empregos com carteira assinada em julho. O Sudeste liderou a abertura
de vagas, com 34.157 postos a mais, seguido pelo Nordeste com 22.664 postos
criados e pelo Sul com mais 20.128 postos. O Centro-Oeste abriu 14.084 postos
de trabalho e o Norte criou 13.297 postos formais no mês passado.
Na divisão por unidades da
Federação, 24 unidades criaram e três extinguiram empregos com carteira
assinada. As maiores variações positivas ocorreram em São Paulo, com a abertura
de 22.967 postos; Minas Gerais, 15.843 postos, e Santa Catarina, 10.044 postos.
Os três estados que fecharam
postos de trabalho foram Rio de Janeiro, -6.658 postos; Sergipe, -808
postos, e Amapá, -142 postos.
Título e Texto: Wellton
Máximo; Edição: Lílian Beraldo – Agência Brasil, 21-8-2020, 15h59
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