O ministro participou da inauguração de
unidade de saúde no Ceará
Akemi Nitahara
O ministro interino da Saúde,
Eduardo Pazuello, afirmou hoje (24) que muitas mortes por covid-19 poderiam ter
sido evitadas com o protocolo adotado agora pelo sistema de saúde, de fazer o
diagnóstico e tratamento precoce da doença.



![]() |
Foto: Peter Illiciev/Fiocruz |
“Nós mudamos a orientação para
tratamento, com base no que aconteceu no Norte e no Nordeste do país. Nosso
tratamento precisa ser precoce e imediato. Aos primeiros sintomas, tem que
procurar o médico, a unidade de saúde. Tem que ser diagnosticado pelo médico e
tem que receber a prescrição dos medicamentos pelo médico. O paciente tem que
tomar os medicamentos e ser acompanhado pelo médico, para ver se não precisa de
outras intervenções. Se isso acontecer, o risco de morte cai drasticamente. Se
nós tivéssemos feito isso desde o início, teríamos tido menos mortes no nosso
país, eu não tenho a menor dúvida.”
Pazuello falou durante a
inauguração da Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 no campus da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Ceará, que fica no Distrito de Inovação do
Eusébio. Segundo o ministro, a mudança na orientação foi baseada em conversas
com os secretários de Saúde sobre o que havia de mais efetivo na resposta à
pandemia.
Segundo Pazuello, o
diagnóstico de covid-19 é clínico, feito pelo médico, mas a testagem em massa
contribui para as estratégias a serem adotadas pelos gestores.
“A testagem visa uma
estratégia, ela visa dar ao gestor, o governador, o prefeito, ter condições de
tomar decisão de gestão para a cidade ou o estado, com os dados. A testagem
ampara o diagnóstico, quando necessário. Mas a testagem é muito mais importante
para avaliação das estratégias de governo, por isso que os números [de testes]
precisam ser altíssimos.”
A unidade inaugurada faz parte
da estratégia de apoio aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) e
ampliação da capacidade nacional de processamento de amostras. A nova unidade
terá capacidade de processar diariamente até 10 mil testes moleculares, do tipo
PCR, em tempo real. A Fiocruz inaugurou no dia 10 outra unidade de apoio, na
sede da Fiocruz no Rio de Janeiro, com capacidade para 15 mil resultados de
testes moleculares por dia.
Impacto
A presidente da Fiocruz, Nísia
Trindade, destacou que a unidade inaugurada no Ceará terá impacto em toda a
Região Nordeste na resposta à pandemia de covid-19.
“É um dia de realização. A
Fiocruz completou 120 anos em maio e, desde aquele momento, tínhamos avançado
em uma agenda de realizações, em conjunto com o Ministério da Saúde. É
importante reforçar a dimensão local e regional desse trabalho. A Fiocruz é uma
instituição nacional que valoriza essa base nos territórios. Fazer essa base de
apoio no Ceará tem impacto para toda a Região Nordeste. A unidade e outras
iniciativas ficarão como legado para o sistema de vigilância em saúde, mas o
Brasil precisará avançar no campo da vigilância e da preparação para
emergências sanitárias.”
Os equipamentos para a unidade
no Ceará, com plataformas automatizadas, foram doados pela iniciativa Todos
Pela Saúde, liderada pelo Itaú Unibanco, e financiada pela ElopPar, controlada por
Bradesco e Banco do Brasil, e pela UnitedHealth Group Brasil (UHG Brasil).
Vacina
O ministro da Saúde afirmou
ainda que o país está investindo em várias frentes para conseguir a vacina
contra o novo coronavírus.
“O Brasil, capitaneado pelo
Ministério da Saúde, pela Fiocruz, está fazendo o que há de mais promissor em
termos de vacina. Já fizemos um protocolo inicial, uma carta de intenções,
fizemos um memorando de entendimentos completo, que originou uma medida
provisória de quase R$ 2 bilhões. Os recursos já estão na Fiocruz, para a
assinatura efetiva do contrato de transferência dos recursos e de recebimento
da tecnologia, equipamentos e insumos para a fabricação da vacina, baseada nas
pesquisas da Universidade de Oxford e da empresa AstraZeneca”, disse.
Segundo Pazuello, esta vacina
é a melhor opção no momento, pela capacidade de imunização e pelo quantitativo
possível de aquisição de insumos para a fabricação de 100 milhões de doses
iniciais. Ele destacou também que há iniciativas nos estados, como no Instituto
Butantã de São Paulo e Tecpar em Curitiba, para a fabricação da vacina, mas em
quantidades menores.
Título e Texto: Akemi
Nitahara; Edição: Maria Claudia – Agência Brasil, 24-8-2020, 13h20
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-