terça-feira, 18 de agosto de 2020

[Viagens & Destinos] Rio de Janeiro: duas cidades

Cariocas, parem com esse negócio de “Cidade Maravilhosa”! Agride, até mesmo, medianas inteligências.

A cidade do Rio de Janeiro tem bastantes belezas naturais. Com exceção do oceano (não as areias), TODAS conspurcadas pelo homem.

Que beleza tem o morro avistado por quem sai da Barra, apagado pelas construções da favela da Rocinha??


Só se salvam dois únicos morros: o do Pão de Açúcar e o do Corcovado. Prova cabal que o poder público pode, mas não quer.

Como eu disse, no Rio a ÚNICA beleza natural ainda intacta, é o mar. Passo batido pela poluição.

Costumo dizer que uma “cidade maravilhosa” que conheci é Paris: tem uma única beleza natural, o Rio Sena. O resto, e bota resto nisso, foi construído pelo homem. Bom, não sei agora. E tenho uma curiosidade irresistível de conferir Paris invadido.

Ao contrário do Rio de Janeiro, que tem muitas belezas ‘naturais’ (mar, montes e montanhas, rios e riachos, lagoas e lagoinhas). Com exceção do mar, não das areias, os montes e montanhas são meros loteamentos para a galera construir e desenvolver “comunidades”, os rios e os riachos meros depósitos de merda, de lixo e de entulho. Se fosse só de merda!

As lagoas e lagoinhas, só uma ainda existe: a Rodrigo de Freitas. Em cujo entorno você pode ser esfaqueado por dá cá uma bicicleta!!

O Rio de Janeiro é uma cidade dividida em duas cidades desiguais. O “maravilhoso”, desde que você olhe em direção ao Pão de Açúcar e ao Corcovado (os dois únicos morros preservados), se limita a uma faixa estreita litorânea que vai de Copacabana ao Recreio dos Bandeirantes. No mais, mermão, é a feiura, a degradação dos imóveis, a pobreza, a dificuldade diária, o fedor da Ilha do Fundão (?) à esquerda de quem segue do AIRJ pela Linha Vermelha, e à direita painéis colocados antes das Olimpíadas, para esconder a pobreza. Mas não conseguem.

A Zona Norte, que há quarenta anos era só subúrbio (eu morava em Higienópolis), hoje é um tremendo favelão.

Noutras palavras, repetindo, é mentiroso o slogan “Cidade Maravilhosa”. Pelo contrário, e para ser honesto (não eu, mas quem repete essa bobagem), o correto deveria ser “Cidade enfeada pelo homem”. Lamentável, mas real.

Barra da Tijuca, do Hotel Windsor Oceânico, 4-8-2020
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2 comentários:

  1. Impressionante a quantidade de flanelinhas legais, legalizados, usurpadores (do espaço público), não existe espaço onde o cidadão possa estacionar gratuitamente! É, literalmente, uma praga!

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  2. Em 1998, votei “SIM” pela emancipação da Barra da Tijuca e Recreio. Embora a maioria dos que se dignaram votar tivesse cravado “SIM” a votação não foi validada por falta de quórum.

    “Em 4 de julho de 1998, 5 785 pessoas votaram pelo sim, 354 pelo não e 78 corresponderam a votos nulos e brancos. A grande zebra do plebiscito deveu-se ao fato de que o quórum mínimo não fora atingido; eram necessários pelo menos 23 978 votos para que a votação fosse validada, e o total de votantes foi de apenas 6 217.”

    Leia mais em: https://vejario.abril.com.br/blog/as-ruas-do-rio/o-ano-em-que-a-barra-quase-saiu-do-mapa-do-rio/

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