sábado, 4 de setembro de 2010

Sakineh Ashtiani condenada a mais 99 chicotadas

Sakineh Mohammadi Ashtiani, ameaçada de execução no Irão por adultério e cumplicidade no assassínio do marido, foi condenada a mais 99 chicotadas por uma foto publicada num diário britânico, segundo informações do seu filho publicadas hoje em França.

O jornalista franco-iraniano Armin Arefi escreve, no 'site' da revista "La règle du jeu" e no blog "Dentelles et Tchador", ter falado telefonicamente com o filho da iraniana, Sajjad Mohammadi Ashtiani.
Segundo Sajjad, a mãe, de 43 anos, foi condenada a mais 99 chicotadas por ter propagado "a corrupção e a indecência" com a publicação de uma foto num diário britânico.
"Foi o advogado da minha mãe, Houtan Kian, que soube isto ontem (sexta-feira) por prisioneiras que foram libertadas", disse Sajjad. "Ele entrou depois em contacto com o juiz independente da prisão, que confirmou a pena", acrescentou.
O diário britânico The Times publicou a 28 de agosto uma foto de uma mulher sem lenço que afirmou ser de Sakineh Ashtiani, segundo explica Armin Arefi.
A fotografia, prossegue o jornalista, era afinal de uma ativista política iraniana residente na Suécia."A fotografia não é de certeza da minha mãe", disse Sajjad.
A condenação de Sakineh à morte por lapidação suscitou uma ampla campanha internacional contra este castigo que foi entretanto provisoriamente suspenso.
Mas "suspenso não quer dizer anulado", afirmou o filho numa entrevista dada ao filósofo Bernard-Henri Lévy publicada sexta-feira pelo diário francês Liberation. 

Um comentário:

  1. Filho de iraniana condenada à morte teme execução após Ramadã
    Execuções podem ser retomadas no país com o fim do mês sagrado muçulmano
    O filho da iraniana Sakineh Mohamadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, teme que a sentença seja executada depois do fim do Ramadã, o mês sagrado de jejum dos muçulmanos, que terminará em 10 de setembro, segundo afirmou durante uma conversa telefônica com o escritor francês Bernard Henri Levy na presença da imprensa.
    "O mês do Ramadã está por terminar e, segundo a lei islâmica, as execuções podem ser retomadas", afirmou Sajjad Mohammadi Ashtiani, de 22 anos, que disse estar sem notícias da mãe desde a suposta confissão exibida pela televisão iraniana em 11 de agosto. "As visitas semanais estão proibidas", afirmou o filho mais velho de Sakineh, que tem uma irmã mais nova.
    Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, condenada à morte por apedrejamento por adultério e assassinato, foi condenada há alguns dias a 99 chicotadas. A condenação desatou uma ampla campanha nacional para evitar sua execução, suspensa no momento.
    Bernard Henri Levy lançou um abaixo-assinado que arrecadou mais de 50.000 assinaturas, segundo o site laregledujeu.org. O filho da iraniana indicou que na prisão ela recebeu uma pena de 99 chicotadas.
    Na semana passada, Sajjad pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que ofereceu publicamente asilo a Sakineh Ashtiani - que continue insistindo ante o governo do Irã para salvar sua mãe.
    Último Segundo, AFP | 06/09/2010 14h06

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