sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Envio maciço de força naval para o Golfo Pérsico enquanto Israel se aproxima mais da guerra

Francisco Vianna
Apenas alguns dias depois de o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ter sugerido de novo que seu país poderia em breve desfechar um ataque aéreo preventivo contra instalações nucleares iranianas, o que se viu foi o envio de uma enorme frota naval pelas potências ocidentais e de seus aliados do Oriente Médio para o Golfo Pérsico.
O jornal londrino “Daily Telegraph”, citando fontes militares da OTAN, afirmou que a frota naval é composta de belonaves de 25 países, inclusive três porta-aviões completos dos EUA – cada um deles com mais aeronaves do que toda a força aérea do Irã – lá estão para participar de um novo exercício anual conjunto, mas que não era segredo para ninguém que o “inimigo”, nas manobras, é apelidado de ‘Irã’.  

Apenas um desses porta-aviões americano tem mais aviões do que toda a força aérea do Irã...
Há um grande receio das potências ocidentais que Israel, de fato, passe das palavras à ação e ataque o desafiante programa nuclear iraniano e que a república islamofascista retalie tentando fechar o Estreito de Hormuz, uma passagem marítima relativamente estreita por onde flui no Golfo Pérsico o trânsito de 18 milhões de barris de petróleo, ou algo em torno de 35 % do comércio mundial da mercadoria, fazendo com que tal estrangulamento se torne potencialmente catastrófico para as economias dos EUA, da Grã-Bretanha, da Zona do Euro, do Japão, entre outras.
Existe também uma considerável preocupação de que Israel esteja planejando atacar o Irã antes das eleições presidenciais americanas em novembro próximo com a finalidade de forçar o Presidente Barack Obama a dar apoio militar à iniciativa de Tel Aviv. Obama provavelmente perderia una enorme quantidade de votos dos americanos pró-Israel caso não ajudasse militarmente a iniciativa bélica israelense. O governo israelense está preocupado com o fato de que esperar a eleição nos EUA – e caso Obama seja reeleito – tornaria a Casa Branca menos propensa a prover a ajuda militar que Tel Aviv eventualmente necessitaria.    
No mês passado, houve uma série de reuniões entre autoridades americanas e o Primeiro Ministro Netanyahu, juntamente com o Ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, ostensivamente, para pressionar Israel a não usar a força militar por enquanto. Obama e outros líderes ocidentais continuam a insistir em que há esperança para uma solução diplomática, apesar de recentes relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sugerir que, nos últimos 10 anos, os esforços diplomáticos serviram apenas para acelerar o programa nuclear iraniano.
Netanyahu disse, na semana passada, que "o mundo diz a Israel que 'espere’, e que ‘ainda há tempo’. E eu digo, 'tempo para o que? Esperar até quando’? Na verdade, aqueles que, na comunidade internacional, se recusam a estabelecer linhas vermelhas limites para o Irã não têm o direito moral de estabelecer uma linha vermelha limite para Israel".
O Primeiro-Ministro judeu reiterou a urgência da situação numa série de entrevistas à imprensa americana neste último fim de semana. Quando lhe foi perguntado na Reunião de Imprensa da NBC sobre a possibilidade de se levar a efeito uma estratégia de contenção semelhante à que foi executada com relação à União Soviética, quando esta se tornou nuclear, Netanyahu disse que o Ocidente está subestimando o fanatismo do regime iraniano. "Acho o Irã totalmente diferente da ex-USSS, pois o país persa situa seu fanatismo acima de sua própria sobrevivência... Gostaria de confiar na racionalidade", disse o líder israelense, "mas trata-se aqui do mesmo fanatismo religioso e político que vemos manifesto nos selvagens ataques às suas embaixadas recentemente. O que vocês querem? Que esses fanáticos irracionais tenham armas nucleares”?
Título e Texto: Francisco Vianna (com base na mídia internacional), 12-10-2012
Fonte: Israel Today

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