Anunciados oficialmente pelo
poder público nos últimos 50 anos, projetos acabaram barrados por obstáculos
econômicos e políticos.
O carioca já poderia estar
cortando a cidade, da Barra ao Centro, passando pela Zona Sul, num moderno trem
magnético levitando sobre trilhos. Se morasse na Baixada de Jacarepaguá ou no
subúrbio, e quisesse ir aos aeroportos, embarcaria no metrô. Saindo de carro
pela orla, poderia passar por uma Avenida Niemeyer ou uma Autoestrada
Lagoa-Barra duplicadas. Um bom programa seria visitar o Museu Guggenheim, na Zona
Portuária. Cansado do Pão de Açúcar? O passeio no bondinho poderia ser à
estação do Morro da Babilônia. Atravessar a Baía de Guanabara seria por um
túnel metroviário submerso. Projetos urbanísticos, culturais, turísticos e de
transporte de massa como o trem japonês, as linhas 3 e 6 do metrô, o Transpan,
a expansão do bondinho do Pão de Açúcar e a construção de um equipamento
cultural de nível internacional no Píer Mauá, entre outros, bem poderiam ter
saído de uma crônica de primeiro de abril. Mas, anunciados oficialmente pelo
poder público nos últimos 50 anos, esses e outros projetos acabaram barrados
por obstáculos econômicos, políticos, urbanísticos, sociais e judiciais. Hoje
habitam as pranchetas dos engenheiros e arquitetos, um campo de ideias de um Rio
de mentirinha, nunca implantado.
(…)
Título e Texto: Isabela Bastos, O Globo, 01-04-2013
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