quinta-feira, 4 de abril de 2013

O milagre do escudo


Alberto de Freitas
Hoje, no Forum da TSF, discutiu-se a saída do euro. Começou por um economista da "casa", a teorizar sobre o facto dos juros aplicados às empresas alemãs serem inferiores aos nossos. Razão para entender haver um euro dos pobres e outro dos ricos. Como se os juros nada tivessem a ver com a credibilidade e capacidade de pagamento, mas com a moeda. E, num desenrascanço bem português, coloca os eurobonds como solução. O que nos permitiria continuar sem juízo, porque alguém com juízo seria fiador.
Seguindo-se o grande guru da economia, Ferreira do Amaral, autor de obra onde se comprova o milagre do escudo.
Há só aspectos positivos. E declara que estar no euro é uma humilhação. E é. Porque não sabemos estar à "mesa". Mas na perspectiva patrioteira, maior humilhação seria, a voluntária ida para a "divisão" inferior. Seria como um atleta olímpico, pela fraca prestação, optar pelos paraolímpicos.
Claro que Ferreira do Amaral faz parte do grupo que entende que a baixa de salários não é solução. E propõe uma, em que a baixa do poder aquisitivo do salário, seria superior a 40%.
O escudo seria a maneira de se ultrapassar os condicionamentos constitucionais. Se existe impedimentos em baixar salários, nada consta em contrário, sobre a possibilidade do dinheiro servir de papel higiénico.
Seria a confissão de não sermos capazes. O "cavalo" errado em que a Europa tinha apostado.
E que diabo: o Norte de África é aqui tão perto...
Título e Texto: Alberto de Freitas, 04-04-2013

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