Os trabalhadores reformados
das empresas públicas que tiverem prejuízos vão deixar de receber o "complemento da
pensão". Como? É assim. O trabalhador desconta para um dos sitemas e, na
reforma, a empresa dá-lhe um complemento. Estas empresas tão generosas são
aquelas que têm prejuízos monstruosos. Claro que o trabalhador nunca
descontou um tostão para o tal complemento.
O que se vai descobrindo sobre
o que se passa no Estado e nas empresas públicas ultrapassa tudo o que eu, nos
meus piores pesadelos, adivinhava. São estes "clientes" do Estado que
fazem todo o barulho quando se tenta mudar alguma coisa. É, claro, que a
maioria não beneficiará deste complemento, mas é preciso imaginação para
conseguir perceber o que afasta o sector público do sector privado.
Trabalhei numa empresa do
antigo IPE em que os administradores (eu era só director) se
"aguentassem" cinco anos tinham direito a uma reforma da própria
empresa. Não fazem ideia do que a rapaziada era capaz para se aguentar os tais
cinco anos. Mas não sabia que esta injusta regalia se tinha tornado viral. Uma
farturinha. "Nas empresas do sector
público empresarial que apresentem resultados líquidos negativos nos três
últimos anos é vedado o pagamento, aos trabalhadores que passem à situação de
aposentação a partir de 1 de Janeiro de 2014, de complementos às pensões
atribuídas pelo Sistema Previdencial da Segurança Social, pela Caixa Geral de
Aposentações ou por outro sistema de protecção social, na percentagem não
financiada pelos descontos e contribuições dos trabalhadores".
Título e Texto: Luis Moreira, Banda Larga,
16-10-2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-