quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Não são privilégios públicos, não senhor...

Luis Moreira
Os trabalhadores reformados das empresas públicas que tiverem prejuízos vão deixar de receber o "complemento da pensão". Como? É assim. O trabalhador desconta para um dos sitemas e, na reforma, a empresa dá-lhe um complemento. Estas empresas tão generosas são aquelas que têm prejuízos monstruosos.  Claro que o trabalhador nunca descontou um tostão para o tal complemento.
O que se vai descobrindo sobre o que se passa no Estado e nas empresas públicas ultrapassa tudo o que eu, nos meus piores pesadelos, adivinhava. São estes "clientes" do Estado que fazem todo o barulho quando se tenta mudar alguma coisa. É, claro, que a maioria não beneficiará deste complemento, mas é preciso imaginação para conseguir perceber o que afasta o sector público do sector privado.

Trabalhei numa empresa do antigo IPE em que os administradores (eu era só director) se "aguentassem" cinco anos tinham direito a uma reforma da própria empresa. Não fazem ideia do que a rapaziada era capaz para se aguentar os tais cinco anos. Mas não sabia que esta injusta regalia se tinha tornado viral. Uma farturinha. "Nas empresas do sector público empresarial que apresentem resultados líquidos negativos nos três últimos anos é vedado o pagamento, aos trabalhadores que passem à situação de aposentação a partir de 1 de Janeiro de 2014, de complementos às pensões atribuídas pelo Sistema Previdencial da Segurança Social, pela Caixa Geral de Aposentações ou por outro sistema de protecção social, na percentagem não financiada pelos descontos e contribuições dos trabalhadores".
Título e Texto: Luis Moreira, Banda Larga, 16-10-2013

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