Em entrevista ao El Mundo, Cristiano Ronaldo fala do
final da sua carreira, altura em que quer "viver como um rei". Fala
da sua infância a passar roupa na academia do Sporting e diz que não vai mudar.
Foto: Getty Images |
João de Almeida Dias
A pouco mais de uma semana da
cerimónia da Bola de Ouro de 2015 (agendada para 11 de janeiro), o El Mundo
publica uma entrevista com Cristiano Ronaldo onde este se concentra na sua
carreira, sim, mas também no seu pós-carreira.
É assim que começa a
entrevista, onde o jogador assume que quer “viver como um rei” quando pendurar
as botas. Para quem já tem quase tudo, só lhe falta mesmo o tempo, garante. “Podes
dizer: tens um trabalho do caraças, dinheiro, carros, casas…Mas isso não é
tudo. Um exemplo: este sábado há um combate de boxe em Las Vegas e eu
gostava de pegar na minha família e nos meus amigos e ir lá vê-lo. E não posso
porque não tenho tempo”, queixa-se. “Não me posso lamentar agora porque
me estou a sacrificar, entre aspas. Mas depois quero viver como um rei.”
Durante a entrevista,
realizada numa apartamento em Madrid, o número 7 do Real Madrid voltou ao tema
da sua infância, recorrente no seu discurso. “Sair de casa aos 11 anos
para ir para um mundo diferente, primeiro para Lisboa e depois Manchester, foi
muito difícil”, diz. “A pessoa que sou deve-se ao tempo que passei sem a
minha família e aos tempos difíceis. Era um adolescente, mas tive de
fazer coisas de homem ao ponto de até ter de passar a ferro a minha própria
roupa. Nunca pensei que aos 11 anos teria de fazê-lo. A minha força
mental começou nesses momentos.”
Quanto à sua ocasional
impulsividade dentro de campo, o jornalista do El Mundo pergunta-lhe se acha se
os seus gestos contribuem para a imagem que se criou dele. “Obviamente que sim,
mas saem-me com naturalidade, não os planeio, faço-os porque não gosto de
perder”, responde. “E às vezes arrependo-me. Muita gente diz-me que nunca
se arrepende do que faz. É mentira. Eu, pelo menos, arrependo-me muitas vezes.” Apesar
disso, Cristiano Ronaldo garante que é difícil mudar: “Se sou assim, se tudo o
que consegui no futebol foi por ser assim, não me podem pedir para mudar. Se me
pedirem para melhorar, aceito. Mas mudar é muito complicado”.
Sobre a Bola de Ouro, que é
quase sinónimo de falar da sua rivalidade com Messi (novamente, o outro
favorito a par do madeirense), Ronaldo não deixa uma única palavra — talvez
guardando-se para a cerimónia de 11 de janeiro, em Zurique, na Suíça.
Leia aqui a entrevista completa ao El Mundo.
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