É um dos seis astronautas ainda vivos
que caminharam na Lua. Aos 81 anos, anda pelo mundo a dar conferências,
confessa que teve dúvidas quando John F. Kennedy lançou o programa espacial e
conta porque deixou a fotografia da família na Lua

Retirei três respostas.
Por que deixou a fotografia da
sua família na Lua?
A nossa família vivia em
Houston, no Texas, perto da NASA. Mas o treino era na Flórida, onde estava a
nave, os simuladores, a paisagem lunar…
Saíamos no domingo à noite ou
na segunda de manhã e só voltávamos na sexta à noite.
Os meus filhos eram pequenos
quando comecei a treinar – e treinamos durante dois anos. Um deles tinha cinco
anos e o outro três. Para os entusiasmar disse-lhes: “Vamos à lua juntos? Vocês
gostavam?” Claro que eles ficaram entusiasmados. Disse que não podiam ir comigo
mas que levava uma fotografia deles e que a ia deixar na lua. Um amigo
fotógrafo da NASA tirou-a no nosso quintal.
Tive autorização para a levar
e assinamos na parte de trás: “A família do astronauta Charlie Dike, do planeta
Terra, que aterrou na Lua.” Quando a deixei cair, numa área que não tinha
pegadas, tirei uma fotografia da fotografia. E ainda lá está.
Ainda?
Sim, mas com quarenta e cinco
anos de radiação cósmica está toda branqueada, a temperatura é tal que destrói
tudo. Não queima, mas o plástico não dura muito àquela temperatura.
Não acredita nas alterações
climáticas?
Acredito em alterações
climáticas, mas não acredito que vão destruir a humanidade, nem que somos a
causa principal. Os oceanos estão sempre a emitir CO2. Um vulcão
como o Pinatubo, nas Filipinas, emite mais CO2 do que a humanidade alguma vez fez. As árvores
vivem de CO2 e libertam
oxigénio. (…)
Após o regresso tornou-se
cristão praticante. Isso teve alguma coisa a ver com a viagem ao espaço?
Não. O espaço não foi uma
experiência espiritual. Foi uma aventura. O foco estava na operação e apreciei
a beleza.
Acreditava em Deus na altura.
Ia à igreja todos os domingos, mas não era real para mim. Tinha ambição, mas
não tinha paz. E nem andar na Lua me deu isso. A minha família estava a
desmoronar-se, a minha mulher e eu falámos de divórcio, ela esteve à beira do
suicídio. Fomos à igreja e estas pessoas tinham uma relação com Jesus, Deus era
real para eles. A minha mulher disse “é disso que eu preciso”. Ela tornou-se
cristã em outubro de 1975.
Dois anos e meio mais tarde,
depois de ser bem-sucedido nos negócios, de ser promovido a general na Força
Aérea, vi a mudança nela. Um amigo convidou-me para um estudo da Bíblia e Deus
desafiou-me: “Esta é a verdade ou é uma mentira? Vives numa mentira.” Acabei
sentado no carro a dizer: “Eu acredito. Deus, entrego-te a minha vida.”
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