segunda-feira, 5 de março de 2018

Um Bom Líder Não Procura Consensos Com Costa

Cristina Miranda

É um erro gigante procurar consensos com gente que não tem feito outra coisa senão demonstrar todos os dias falhas de carácter. Pessoas que mentem, escondem, manipulam e ainda fingem estar do lado do cidadão. Pessoas que nitidamente demonstram que vêm só para satisfazer seu ego (e o dos familiares e amigos). Mas apesar de todas as evidências, há quem pense que pode haver consensos junto de pessoas que traíram adversários. Que pisam tudo o que aparece pela frente sem escrúpulos.  Não se trata de ideologias, mas de carácter. Desculpem, mas isso não faz sentido.  A menos que… bem, adiante.

Qualquer indivíduo correto e determinado a corrigir o que vai mal em Portugal nunca pode aceitar misturar-se com este tipo de pessoas. Gente com ética, no mínimo, sente náuseas do que andam a fazer a esta Nação não aceitando outro caminho senão fazer uma forte oposição para erradicar esta classe política do compadrio e embuste como quem extermina ratazanas. Mas onde está essa oposição? Tirando o CDS, para já, ninguém. O que é preocupante.

De repente temos a união política maior de sempre em sintonia com esta (des)governação. Ou seja, pouco importa que os três metralhas em quase 3 anos tenham feito crescer a dívida pública, que as instituições do Estado estejam em falência técnica, que os números do défice sejam martelados, que haja um falso excedente de contas derivado à suspensão total de pagamentos a fornecedores, que o crescimento da economia seja apenas fruto do surf em cima da onda positiva da UE sem qualquer mérito do Estado português, os números do desemprego serem um embuste fabricado. Não. Não interessa mesmo nada. O importante parece ser o consenso. Neste caso, consenso com quem nos encaminha para a ruína, de novo.  Mas o que é isto?

Gente séria na oposição estaria a gritar alto seu nojo por um governo assente em esquerdas que pouco se está lixando para os contribuintes. Governo esse que ama tanto seu povo que aumentou barbaramente todos os impostos possíveis e inimagináveis e ainda criou outros chamando-lhe “fim de AUSTERIDADE” gozando com a cara dos cidadãos!! Que algema a economia quando taxa e condiciona ainda mais o Alojamento Local, o arrendamento, a poupança, o imobiliário, os combustíveis, as portagens, as empresas!! Que falhou criminosamente na sua obrigação de proteger as populações e as deixou a morrer sozinhas carbonizadas. Que depois falha no seu dever de indemnizar deixando-as outra vez sozinhas (as que sobreviveram) a aguardar por um dinheiro que nunca mais chega, enquanto agonizam. Que agora põe a população inteira sob ultimato para limpezas de terrenos fragilizando-as ainda mais. Que desvia fundos da UE destinados ao interior, levando-os para os “amigos do litoral”. Mas que, no entanto, souberam auto-aumentar-se, auto-empregar-se, auto-reformar-se de forma milionária, autofinanciar-se partidariamente às custas das dolorosas medidas impostas ao povo. Como pode haver consensos com este nojo de gente que põe os portugueses a passar sacrifícios já DEPOIS da recuperação económica pós-troika, para eles viveram desafogadamente fingindo governar? 

Pois eu tenho uma teoria: quando se procura consensos com gente “desta categoria” quer-se uma fatia de bolo em vez de corajosamente ir à luta pela higienização do Parlamento. É o medo de liderar sozinho um caminho que se sabe ser difícil, mas correto. É a falta de coragem de pegar o touro pelos cornos e por isso preferir “poucochinho garantido” à hipótese de perder. É a cobardia a falar mais alto.

Porque um bom líder daria um valente murro na mesa. Não teria medo de pronunciar um estrondoso “chega pra lá que aqui vou eu” carregado de convicção nas alternativas a uma governação que promove bancarrotas e ilude só para ter votos.

Assim, jamais vão acordar os abstencionistas e ainda vão ganhar muitos mais. Enquanto isso, a estratégia de Costa soma e segue com ele a esfregar as mãos por ter enganado mais um sem coluna dorsal a juntar aos outros dois idiotas úteis que ele mantém bem “amordaçados”.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 5-3-2018

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