O advogado Emerson Grigollette, um dos
coordenadores do movimento, fala a Oeste
Afonso Marangoni
Um grupo de advogados lançou
na última segunda-feira, 29, o movimento chamado de “A Maior Ação do Mundo”, que
busca recorrer a organismos internacionais contra medidas tomadas no âmbito do
inquérito das fake news.
O inquérito foi aberto em 2019
pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, para apurar ofensas
aos ministros da Corte.
![]() |
Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF
|
A ação consiste no envio de
denúncias, relatos e notas a organismos internacionais como a Corte
Interamericana de Direitos Humanos e o Tribunal Internacional de Haia “contra
as violações de direitos fundamentais humanos e ofensas aos direitos dos
advogados”.
Proposta
O advogado Emerson
Grigollette [foto], um dos coordenadores nacionais da ação, conversou com Oeste.
Ele explica que “A Maior Ação
do Mundo” é um conjunto de iniciativas que busca levar ao conhecimento de
instituições de defesa de direitos humanos e que protegem as prerrogativas dos
advogados contra as “várias arbitrariedades, ilegalidades e
inconstitucionalidades” do inquérito.
“Estamos vivendo um
período muito crítico em que vários direitos fundamentais estão sendo violados.
É uma verdadeira balbúrdia jurídica”, destaca Grigollette.
Ele afirma que, desde 27 de maio, os
advogados que defendem pessoas indiciadas no inquérito tentam acessar os autos.
“Ao Supremo cabe a
proteção da Constituição, mas não é, infelizmente, o que a gente tem visto”,
constata o advogado.
Ele afirma que o ministro Alexandre de
Moraes disponibilizou apenas trechos, o que inviabiliza uma defesa mais
consistente dos clientes. “Até hoje, efetivamente, não tivemos vista integral
desse processo.”
“Precisamos ter
acesso ao inquérito na íntegra justamente para que a gente possa exercer nossa
profissão, preservando a ampla defesa, o contraditório e o devido processo
legal”, disse Grigollette.
Ele também afirma que a Ordem dos
Advogados do Brasil “não fez absolutamente nada” em defesa dos advogados que
defendem clientes no inquérito.
“Com certeza isso
vai ter um efeito reflexo que é a responsabilização de quem violou esses
direitos”, alerta o advogado.
Ele destaca que “A Maior Ação do
Mundo” não é restrita só a advogados, e é desejável também o apoio da
população.
“Quem quiser participar pode assinar uma nota de apoio que será encaminhada
juntamente com todas as situações porque eu peço isso para as pessoas”, destaca
Grigollette.
Acompanhe o vídeo feito pelo advogado
Emerson Grigollette para Oeste
Título e Texto: Afonso
Marangoni, revista Oeste, 4-7-2020, 13h10
91.861 assinaturas. Falta muito!
ResponderExcluir94 444.
ResponderExcluir102 344
ResponderExcluir103.774
ResponderExcluir