Walter Biacardine
Tomo como gancho a matéria publicada por este ContraCultura, cuja manchete é a seguinte: “Eleições na Alemanha: AfD duplica votos. Mas CDU fará coligação com a esquerda, para manter tudo na mesma.”
Baseada na mesma, exponho meu ponto de vista onde atribuo tal resultado à
omissão e medo dos próprios eleitores alemães, comportamento preocupante e que
é possível sentir nas mais diversas nações da Europa.
Penso que as eleições na
Alemanha trouxeram um recado claro das urnas: os eleitores estão fartos do
status quo. A Alternativa para a Alemanha (AfD) dobrou seus votos,
consolidando-se como uma força incontestável no cenário político. No entanto,
em vez de respeitar a vontade popular, o establishment político reage com
previsível desespero. A União Democrata-Cristã (CDU), tradicionalmente de
centro-direita, já articula uma aliança com partidos de esquerda para impedir
qualquer mudança real na governança do país.
O motivo por trás dessa
manobra é óbvio: tanto a CDU quanto a esquerda sabem que, isoladamente, não
possuem apoio suficiente para governar. Enquanto a AfD cresce impulsionada pelo
sentimento de insatisfação com políticas migratórias descontroladas, altos
impostos e a submissão da Alemanha a interesses globalistas, os partidos
tradicionais preferem ignorar os sinais do povo e insistem em manter o país no
mesmo rumo fracassado.
O grande obstáculo para a AfD não é sua falta de apoio popular, mas a causa do mesmo: o preconceito alimentado por uma grande mídia comprometida com a narrativa globalista. Eleitores são sistematicamente bombardeados com campanhas de medo, que associam a AfD a rótulos difamatórios – a eterna “extrema-direita” – impedindo que um debate legítimo ocorra. A demonização do partido funciona como uma ferramenta para dissuadir aqueles que questionam o sistema e desejam uma alternativa real à política decadente da Alemanha.
O resultado dessas eleições
confirma um fenômeno que se repete em diversas democracias ocidentais: quando a
direita nacionalista avança, o establishment político se une para sabotar a
vontade do povo. A CDU, em vez de ouvir seus eleitores conservadores, prefere
trair sua própria base para se manter no poder. Isso mostra que, na prática, a
velha divisão entre direita e esquerda é irrelevante quando o verdadeiro
confronto é – notem bem – entre a elite política e os cidadãos comuns.
Se a CDU ainda possuísse
resquícios de identidade conservadora, respeitaria o desejo popular e buscaria
uma coalizão com a AfD, ao invés de capitular às exigências da esquerda. Mas,
refém do medo de represálias midiáticas e da pressão internacional, tal qual a
quase totalidade da Europa, prefere render-se aos ditames da política
globalista.
Os alemães começam a despertar
para essa farsa. O crescimento da AfD não é um fenômeno isolado, mas parte de
um movimento maior que se espalha por toda a Europa e desafia o monopólio do
poder exercido pelos partidos tradicionais. A questão não é se essa mudança
acontecerá, mas quando se tornará inevitável. Até lá, o establishment
continuará a manipular o jogo político para manter tudo como está, mas cada
nova eleição prova que seu controle está com os dias contados.
Que a Europa acorde e livre-se
de sua cega crença na grande mídia.
Título e Texto: Walter Biancardine, ContraCultura, 25-2-2025
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