Aeronave pousou em segurança depois do incidente. CEO da empresa publicou texto nas redes e foi criticado
O Dia
Um avião da Latam, que decolou às 10h35 desta quinta-feira (20) com destino a São Paulo (voo LA3367), teve que retornar ao Galeão após colidir com uma ave. A aeronave pousou em segurança às 11h04 e o voo foi cancelado. O forte impacto abriu um rombo no bico da fuselagem, mas não houve feridos no incidente.
Por meio de nota, a empresa
lamentou os transtornos causados e informou que está acomodando os passageiros
impactados em outros voos da companhia previstos para o mesmo dia ou o seguinte
(21). "Por fim, a Latam reitera que adota todas as medidas de segurança
técnicas e operacionais para garantir uma viagem segura para todos",
informou a companhia.
Nas redes sociais, o CEO da
Latam, Jerome Cadier, publicou um "desabafo" e foi criticado por
internautas. Na publicação, Cadier disse que a colisão atrapalhou a vida dos
passageiros e da empresa e apostou que "logo receberiam pedidos de indenização
por danos morais, criticando uma suposta cultura litigiosa". "E assim
segue a aviação brasileira… a pergunta é: quem paga a conta?", escreveu.
O executivo foi prontamente rebatido. Um usuário qualificou-o como "mimadinho" e outro respondeu a pergunta dizendo que o prejuízo "acaba recaindo sempre sobre o consumidor". "Ora ora… se EU tenho um imprevisto, e preciso trocar o voo ou solicitar reembolso, a multa vem certa", respondeu um internauta. Muitos aproveitaram o espaço para enfileirar reclamações diversas contra os serviços da companhia.
Procurada, a Latam não
respondeu sobre a publicação de Cadier. O espaço está aberto para eventuais
manifestações.
Renato Mattos, piloto que trabalha na aviação comercial de grande porte desde 1992, explicou ao DIA que esse tipo de incidente, categorizado como “risco de fauna”, não é incomum. Na verdade, é cada vez mais frequente. O Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), registrou, só neste ano, 19 ocorrências do tipo. Segundo o comandante, o aumento é resultado de uma conjunção de fatores, como o crescimento do número de voos e a expansão da malha urbana, que invade áreas naturais, deslocando os animais para as cidades. No caso do aeroporto fluminense, há também os lixões no entorno que tendem a atrair urubus.
Sobre o tamanho do estrago provocado, Mattos explica que a alta velocidade da
aeronave intensifica os danos no caso de uma colisão frontal, como essa,
principalmente quando acontece com uma ave de grande porte. Outras áreas de
muito impacto são os para-brisas e as entradas dos motores.
Por meio de nota, a RioGaleão
informou que realiza ações de manejo todos os dias para reduzir os riscos de
colisões dentro do sítio aeroportuário. Isso se refere ao monitoramento e
dispersão de aves, incluindo atividades de falcoaria.
*Colaboração da estagiária
Gabriela Wolynec sob a supervisão de Flávio Almeida
Título e Texto: Redação,
O
Dia, 20-2-2025, 18h56
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