Paulo Hasse Paixão
Um diplomata da administração Trump afirmou
que foi Biden quem tentou manipular as eleições na Roménia contra Călin Georgescu, o
candidato que venceu as presidenciais na primeira volta, anuladas depois pelo
tribunal constitucional do país por alegada “interferência
russa”
O representante especial do
Presidente Donald Trump para a política externa, Richard Grenell, disse ao The New York Sun que a administração Biden
tentou fazer pender a balança contra um candidato “conservador” nas recentes
eleições romenas, defendendo o ponto de vista de que não foi a Rússia que
esteve envolvida na manipulação eleitoral, como foi alegado.
Segundo Grenell, esta
informação veio a lume durante a investigação das acções diplomáticas de Biden
no estrangeiro. No entanto, Grenell não revelou muito sobre as acções
específicas de Biden ou se a administração Trump está disposta a revelá-las.
A agência noticiosa húngara
Mandiner afirmou que, no início de Fevereiro, o próprio Grenell
testemunhou sobre este assunto no X, afirmando:
“Os programas da USAID
foram usados como armas contra pessoas e políticos que não eram suficientemente
woke. A administração Biden gastou o dinheiro dos contribuintes americanos para
apoiar programas e candidatos de esquerda. O alvo eram os conservadores em todo
o mundo. A Roménia é o exemplo mais recente”.
Não é a primeira vez que Grenell denuncia a esquizofrenia imperialista-globalista da administração Biden. Em plena campanha eleitoral das últimas presidenciais americanas, o antigo Diretor dos Serviços Secretos escreveu em resposta a um tweet de condolências do Secretário de Estado Antony Blinken, emitido após o ataque do Hamas a Israel, em Outubro de 2023:
“Deu ao regime iraniano 6
mil milhões de dólares para lançar esta guerra. Demita-se!”.
Georgescu ganhou a primeira
volta das eleições presidenciais na Roménia, mas o Tribunal Constitucional
romeno cancelou o
processo eleitoral quando as sondagens mostraram que ele iria ganhar a segunda
volta. O candidato é conhecido pelas suas convicções conservadoras e pela sua
oposição à guerra na Ucrânia, o que suscitou preocupações na UE de que pudesse
afastar o país da NATO.
Até mesmo os políticos
pró-Ucrânia consideraram a decisão do tribunal de cancelar as eleições
altamente antidemocrática e com um odor de interferência externa, possivelmente
da UE ou mesmo da CIA. O supremo, com muitas poucas provas, alegou simplesmente
que a Rússia apoiou a conta no TikTok de Georgescu e que, por isso, todo o
processo eleitoral deveria ser cancelado, o que equivale a uma anulação sem
precedentes de eleições democráticas.
No início deste mês, o
Presidente polaco Andrzej Duda questionou se as eleições na Europa ainda podem
ser verdadeiramente livres se apenas os candidatos favorecidos pela UE puderem
ganhar. Manifestando claro cepticismo quanto ao envolvimento da Comissão Europeia
nos assuntos da Polónia e da Roménia, Duda afirmou:
“Será que, hoje em dia, as
eleições em cada país – aparentemente democráticas – só podem ser ganhas por
aqueles que são aceites em Bruxelas? Tenho essa impressão e não gosto muito
dela.”
Sábio e pertinente inquérito.
Título e Texto: Paulo Hasse
Paixão, ContraCultura,
20-2-2025
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