Vasco da Gama venceu o Botafogo pelo placar mínimo e conquistou a última vaga nas semifinais do Campeonato Carioca
Altair Alves
O Vasco respondeu positivamente ao cenário turbulento da tabela e cumpriu seus dois objetivos no clássico contra o Botafogo neste domingo, em São Januário, pela última rodada da Taça Guanabara: vencer e se classificar às semifinais do Campeonato Carioca. A vitória por 1 a 0, a primeira em clássicos em 2025, foi o suficiente para garantir a vaga, por conta da derrota do Madureira para o Nova Iguaçu, também neste domingo.
Agora, a equipe de Fábio
Carille terá pela frente um grande desafio para chegar à decisão do torneio,
com dois jogos contra o Flamengo. Será a chance de mostrar que o Vasco caminha
no processo de evolução para o restante da temporada, após atuação coletiva bem
ruim contra o rival rubro-negro e derrota por 2 a 0 na 10ª rodada da Taça
Guanabara.
Vitória com assinatura de
Carille
Carille venceu seu primeiro
clássico sob o comando do Vasco. Além da derrota para o Flamengo, o treinador
também havia perdido para o Fluminense por 2 a 1. Em São Januário, porém, o
time mostrou evolução e trouxe uma das principais assinaturas dos trabalhos de
Fábio Carille: a solidez defensiva. O time não foi brilhante, mas foi eficiente
para garantir o resultado que importava e saiu sem sofrer muitos sustos contra
o rival.
O treinador iniciou com o esquema que lhe agrada e dois jogadores atuando pelas pontas. Os escolhidos foram Rayan, pelo lado direito, e Zuccarello, pela esquerda. Os dois responderam bem e foram disciplinados na parte tática – como o técnico bem valoriza. As linhas de defesa e do meio-campo também mostraram uma boa compactação e dificultaram as ações do Botafogo.
Desse modo, o caminho para a
vitória foi aberto após toque de mão de Cuiabano dentro da área em cruzamento
de Paulo Henrique. O lateral vascaíno, por sinal, fez mais uma grande partida,
principalmente na parte defensiva, e terminou como um dos melhores jogadores em
campo. Na cobrança de pênalti, Vegetti – sempre ele – assumiu a
responsabilidade e marcou o gol para abrir o placar e se isolar como artilheiro
da Taça Guanabara, com seis gols.
Mesmo com mais posse de bola,
o Botafogo teve poucas oportunidades e pouco agrediu o Vasco. A única mais
clara esteve nos pés de Igor Jesus, que parou em boa defesa de Léo Jardim, cara
a cara, aos 21 minutos.
Ritmo mais fraco no segundo
tempo, mas com chances
O ritmo das duas equipes e o
desempenho técnico caíram na segunda etapa, mas as chances apareceram. O Vasco
poderia ter ampliado o placar logo aos sete minutos em cabeçada de uma das boas
surpresas deste início de ano: Lucas Freitas. Ao lado de João Victor, o
zagueiro correspondeu mais uma vez, teve atuação segura e não sentiu a pressão
de mais um clássico como titular com a camisa do Vasco.
A dupla de volantes também
merece citação. Hugo Moura e Tchê Tchê fizeram boa proteção na frente da área e
participaram com qualidade na construção do jogo. A cada bola recuperada pelos
dois, a torcida acompanhava a vibração e aplaudia bastante. Contra seu
ex-clube, Tchê Tchê fez sua melhor exibição até aqui pelo Vasco.
O Botafogo melhorou no
decorrer da etapa final com as substituições e teve boa chance com Cuiabano,
aos 33 minutos. Fábio Carille demorou para executar algumas mudanças em campo,
como, por exemplo, fazer a troca de Coutinho, que já demonstrava cansaço físico
nítido durante o segundo tempo.
O Vasco ainda teve caminho
aberto para ampliar em contra-ataques no fim da partida, mas pecava na execução
do último passe ou na tomada de decisão. A falta de mais um gol custou uma
posição na tabela, já que a equipe terminou na quarta posição, empatada em
todos os critérios com o Fluminense e ficou atrás por conta do confronto
direto. Se vencesse por 2 a 0, ficaria com a terceira posição pelo saldo de
gols.
A “sede de revanche” para
mudar o retrospecto
Agora, o Vasco encara na
semifinal o rival carioca com o qual vem sofrendo mais nos últimos anos. O
retrospecto recente contra o Flamengo é cruel: duas vitórias nos últimos 30
jogos. No período, são 17 vitórias do Flamengo, além de 11 empates.
A derrota por 2 a 0, pela 10ª
rodada, ampliou um jejum incômodo do Vasco no “Clássico dos Milhões”. A equipe
de São Januário chegou a oito jogos sem vencer, com seis derrotas e dois
empates no período. A última vitória foi por 1 a 0, na fase de grupos do
Carioca de 2023, com gol de Puma Rodríguez.
Na saída de campo, Vegetti
definiu que há uma “sede de revanche” presente no elenco vascaíno após a má
atuação no último encontro entre as equipes.
– Temos muita sede de
revanche. Vai ser um jogo difícil, mas nós acreditamos que estamos melhorando.
Hoje ganhamos de uma grande equipe e com todos juntos, a torcida e nós, acho
que estamos preparados para tudo o que está por vir – disse o argentino.
Será a chance de uma redenção
em dois jogos para o Vasco contra o rival e mais uma oportunidade para Fábio
Carille comprovar as evoluções presentes no clássico deste domingo contra o
Botafogo.
Fonte: Globo Esporte
Título e Texto: Altair
Alves, Vasco
Notícias, 24-2-2025
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