sábado, 15 de fevereiro de 2025

Desordem urbana compromete acesso ao metrô no Centro do Rio

Aglomeração de ambulantes, sujeira e falta de fiscalização dificultam circulação de pedestres na região central da cidade

Quintino Gomes Freire

A desordem urbana continua a impactar o cotidiano dos cariocas, especialmente nos acessos às estações de metrô. Entre barracas, vendedores ambulantes e um cenário de descaso, o ir e vir da população se transforma em um verdadeiro desafio.

Na estação Carioca [foto], uma das mais movimentadas do centro do Rio, a circulação é dificultada pela presença de camelôs irregulares que se misturam às barracas legalizadas. O problema se agrava nos horários de pico, quando desembarques em massa resultam em tumulto, encontrões e empurrões.

“É uma verdadeira prova com barreiras. Além de desviar das pessoas que saem da estação, temos que evitar as barracas e as mercadorias espalhadas pelo chão. Um dia, vi uma senhora tropeçar e cair. Por sorte, não se machucou”, relata o estudante universitário Marcelo Freitas, de 22 anos.

O cenário não se restringe ao metrô. Nos acessos às barcas na Praça XV, no terminal rodoviário e até mesmo sobre os trilhos do VLT, a presença de ambulantes é intensa. Mendigos também fazem parte do ambiente, evidenciando a falta de políticas eficazes de acolhimento por parte do poder público.

Além da dificuldade de locomoção, o acúmulo de lixo agrava o quadro. A limpeza urbana não consegue acompanhar o ritmo do problema, e a falta de planejamento parece contribuir para o cenário de abandono. No trajeto entre o Theatro Municipal [foto] e a Câmara Municipal, o forte cheiro de urina incomoda quem passa pelo local.

“Isso aqui tá abandonado”, resume a operadora de telemarketing Karina Seixas, de 34 anos, que trabalha em um escritório na região. A prefeitura, por sua vez, afirma que realiza ações de regularização, fiscalização e limpeza.

Título e Texto: Quintino Gomes Freire, Diário do Rio, 15-2-2025

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