Bandido é baleado depois de fazer mulher refém dentro de banco, no Leblon

Avenida Ataulfo de Paiva chegou a ser interditada na altura da Rua Almirante Guilhem

Lucas Cardoso e Fred Vidal

Uma mulher passou por momentos de terror ao ser feita refém por um homem em situação de rua no interior de uma agência bancária na manhã deste sábado (22), no Leblon, Zona Sul do Rio. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) cercaram a área e negociaram a liberação da vítima com o bandido entre 7h e 9h.

Foto: Lucas Cardoso

Relatos de testemunhas apontam que, após duas horas de negociações, o homem fez um sinal de que mataria a mulher com um caco de vidro. Nesse momento, os militares invadiram o banco e atiraram contra ele, que foi atingido por três disparos. Baleado na cabeça, o bandido foi encaminhado em estado grave ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Já a mulher não ficou ferida e prestou depoimento na 14ª DP (Leblon), que investiga o caso.

Um vídeo obtido pelo DIA mostra o momento em que os PMs entram na agência. É possível ouvir o negociador gritando "não", enquanto outros agentes correm em direção ao bandido. São disparados cinco tiros e, cerca de dez segundos depois, a vítima sai do estabelecimento amparada por militares.

Vídeo mostra momento em que agentes do Bope resgatam mulher feita refém por homem em situação de rua em banco no Leblon, na Zona Sul.

Arquivo pessoal pic.twitter.com/8aKhSMfqxZ

— Jornal O Dia (@jornalodia) February 22, 2025

Por conta da ocorrência, a Avenida Ataulfo de Paiva ficou interditada na altura da Rua Almirante Guilhem. PMs e bombeiros do quartel da Gávea foram acionados para a ocorrência por volta das 7h10. Imagens divulgadas pela Polícia Militar mostram que diversas pessoas se aglomeraram em volta da área interditada pela corporação. Por volta das 10h30, agentes 14ª DP (Leblon) chegaram no local para realizar perícia.

A Avenida Ataulfo de Paiva é uma das mais movimentadas do Leblon e conta com diversos estabelecimentos, principalmente lojas e restaurantes. O banco onde a mulher foi feita de refém fica na parte externa de um shopping que estava fechado no momento da ocorrência. A aposentada Marlene Aguiar, de 70 anos, mora em cima da agência e contou que se assustou com os tiros.

"Essa rua tem muitos usuários de droga. Tenho medo, passo até longe. Gosto muito de caminhar, vou até o Posto 4, mas tenho medo de caminhar por aqui, porque não tem ninguém andando. Todo mundo está de carro. Então como a rua está vazia, eu morro de medo. Tomei susto com os tiros, um barulho alto", explicou.

Agentes da CET-Rio auxiliaram o trânsito no trecho e o desvio foi realizado pelas ruas: Rua General San Martin x Rua Almirante Guilhem; Rua General San Martin x Avenida Bartolomeu Mitre; Avenida Bartolomeu Mitre x Rua Humberto de Campos.

Em nota, o Itaú lamentou o ocorrido e informou que a área de caixas eletrônicos ficará fechada neste sábado. "O banco está prestando todo o apoio necessário para a cliente e colaborando com as autoridades policiais para a investigação do caso", comunicou.

Título e Texto: Lucas Cardoso e Fred Vidal, O Dia, 22-2-2025, 11h28