quinta-feira, 26 de maio de 2011

Deslocamento de órgão



Encontram-se dois amigos. Um diz pro outro:
- Você está com aspecto horrível! Você está doente?
- Sim, estive no médico e ele diagnosticou deslocamento de órgão.
- Deslocamento de órgão? Nunca escutei falar. O que é isso?
- Meu fígado foi pro caralho!



Enviado por Lolita Massignani

quarta-feira, 25 de maio de 2011

TAP: voo de Lisboa, Porto e Faro/Porto Alegre

São dois tipos de "suporte" publicitários, as fotos foram tiradas hoje, 25 de maio de 2011.
Massamá, Queluz.


Flagelo da classe média


Luiz Felipe Pondé
Não sou bem resolvido, tenho muitos preconceitos. Um deles é contra a classe média.
Além disso, sou cheio de maus hábitos: charutos, cachimbos, álcool, comida com sangue e não ando de bike. Para mim, o vício e a culpa são o centro da vida moral.
Enfim, não sou uma pessoa muito saudável. Por isso, não sou de confiança. Mas não pense que sofro do fígado; sou apenas um fraco.
Tenho uma amiga, muito inteligente, que costuma me chamar de "flagelo da classe média".
Quando falo "classe média", não olhe para seu saldo bancário, olhe para dentro de si mesmo. Classe média é um estado de espírito, e não apenas uma "alíquota" do imposto de renda ou o tipo de cartão de crédito que você tem.
Uma das marcas da classe média é pensar que, quando se fala de classe média, pensa-se essencialmente em saldo bancário.
Você pode ter muita grana e pensar como classe média, quer ver? Vou dar um exemplo de um surto de classe média em alguém que não era da classe média.
O sociólogo húngaro radicado na Inglaterra Frank Furedi, em seu livro "Therapy Culture", comenta como a Lady Di (morta tragicamente em 1997), a "princesa da classe média inglesa" ou a "princesa do povo", lamentou para a mídia o fato de seu então marido, príncipe Charles (herdeiro do trono da Inglaterra), ter uma amante.

Nação perdida

Peter Wilm Rosenfeld
Parece estranha a afirmativa acima. Qual nação? Perdida como? Por quê?
Analisemos os acontecimentos dos últimos meses, desde a posse da Sra. Rousseff na Presidência, e vejamos se algo faz sentido.
Começando pela própria cerimônia de posse, para a qual é convidada uma contraventora sabida, destituída da chefia da Casa Civil pelas ações ilícitas de sua família, as quais conhecia e até devia coordenar. Na já referida cerimônia, trocou carinhosos beijinhos com a recém-empossada Presidente da República quando, na realidade, deveria estar atrás das grades.
Continuando, a Presidente mantém no Ministério pessoas que notoriamente se houveram muito mal no governo anterior, causando enormes prejuízos ao País, já que as suas ações prejudicaram milhares de pessoas.
Refiro-me, como todos já devem saber ao Sr. Fernando Haddad, da pasta da Educação (?). Os episódios havidos com o ENEM, em dois anos seguidos, causaram prejuízos vários: prejudicaram milhares de jovens, custaram caríssimo aos cofres públicos e nenhuma medida corretiva foi tomada.
Como se isso não bastasse, apóia e aprova a distribuição de um livro (“Por uma vida melhor”), escrito a peso de ouro por uma Senhora Helena Ramos (R$700.000,00 foram-lhe pagos), que ensina, afirma, prega, que o certo é falar errado; que concordâncias e a grafia correta são coisas que já não mais têm qualquer importância (nóis pega os peixe é o carro-chefe desse novo idioma), e o livro é distribuído para 475 mil estudantes (creio que esse foi o número mencionado).

Os 'livro' do MEC

“Nós pega o peixe”, ensina o livro didático de língua portuguesa “Por uma vida melhor”,* de Heloísa Ramos.

Mas desse jeito a vida não vai melhorar tão cedo. O governo popular precisa ser mais ousado. Por que não “nós pega o dinheiro”?

Ou “nós faz caixa dois”, ou ainda “nós é companheiro, por isso nós ganha umas boquinha nos governo”.

Aí o português estaria errado. Como se sabe, a partir da norma culta do nosso Delúbio, não existe “caixa dois”, e sim “dinheiro não contabilizado”.

Da mesma forma, os intelectuais do MEC explicam que “nós pega o peixe” não é erro de português, mas “variação lingüística”.

Se o dinheiro pode não ser contabilizado, por que o plural tem que ser?

O Brasil finalmente caminha para a felicidade plena, com essa formidável evolução cultural “progressista”. As variações lingüísticas e as variações éticas vão formando esse novo país igualitário, que nutre orgulhosa simpatia pela ignorância.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, faltou à audiência pública no Senado sobre os livros didáticos. Está coberto de razão.

Se ele se recusa a recolher um texto que ensina os estudantes brasileiros a falarem “os livro”, tem mais é que se recusar a cumprir “os compromisso”.

Greves de mentirinha num país de invejável prosperidade

Em 24 de novembro do ano passado houve uma greve geral. Pensei que fosse contra o Governo em exercício... (Just for the record: Os pilotos da TAP aderiram);
Também teve manifestação geral no dia 12 de março deste ano... também no dia 19 de março;
Os trabalhadores do Metro de Lisboa, os maquinistas da CP, quem mais?, fizeram greves(s)...
Representantes do FMI, do Banco Central Europeu e da UE estiveram aqui para redigir um tal de Memorando que nada mais é do que uma lista de deveres para casa. Pensei que a vinda do FMI que, além da lista de deveres, vai emprestar dinheiro ao país, significasse que este pequenino país estivesse em crise...
Outras notícias, relacionadas a pobreza e miséria,  tenho visto e lido... pensei que algumas delas fossem decorrência de ineficiência, ou ineficácia, ou omissão do Governo...
Me enganei, redondamente! E não tenho vergonha de confessar! Neste pequeno país à beira-mar plantado, o primeiro-ministro (sim, o chefe do governo!) nos últimos seis anos, começou fazendo cara de paisagem e agora, pasmem!, é... líder da "oposição". (!?) E reivindica um prêmio por tão memorável governação. O que acontece em Portugal é culpa dos outros, especialmente de um forasteiro que se atreve a querer governar o país, coisa ou osso que o senhor engenheiro não quer soltar. (Não abordarei as rosnadas). E muitos, (muitos mesmo), portugueses estão ávidos por oferecer a Taça ao senhor engenheiro! Inté!

Ilustração: Diário de Notícias

PS e PSD empatam de novo nas sondagens
Um dia depois da sondagem da Intercampus (Público/TVI) ter dado uma subida de votação para PSD (39,6%), distanciando os sociais-democratas do PS (33,2%), a Universidade Católica mostra um empate técnico entre os dois partidos, com 36% das intenções de voto para cada um.
Na sondagem, feita para a RTP, “Diário de Notícias” e Antena 1, o CDS consegue 10%, enquanto a CDU sobe para 9% e o Bloco de Esquerda se mantém nos 6%.
Semelhantes são também os resultados do inquérito feito pela Eurosondagem para a SIC e para o jornal Expresso, que dá também um empate entre o PSD e o PS. Se as eleições fossem hoje os sociais-democratas ganhariam com 33,1% dos votos, mas com os socialistas logo atrás, somando 32,6%. 
Nesta sondagem o CDS sobe nas intenções de voto, obtendo 13,7%. Já a CDU consegue 7,6% e o Bloco de Esquerda 6,6%.
Ana Tomás, jornal “i”, 24-05-2011

24 Nov 2010
Quem a bagunçou foi o Governo, não o país, não os portugueses. Então, imagine, prezado leitor, o desespero (e o pavor) do atual primeiro-ministro ao ver (ou saber) desembarcar na Portela, Teresa Ter-Minassian. (...)

24 Nov 2010
E ponto! Claro, também decidiu subtrair mensalmente de outros cidadãos. O (des)governo decidiu empobrecer os cidadãos daquele país. O que você faria? (...)

14 Mar 2011
Esse cara é muito cínico!! Ele não quer uma "crise política", quer dizer, ele não quer eleições! Porque tem medo de perdê-las. Simples assim! O papo de defender Portugal, amor por Portugal é papo para... boi dormir! ...

PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza: campanha eleitoral

Do Facebook do PAN: Viram ontem o tempo de antena do PAN? Feito sem grande orçamento mas com grande coração. É ou não o mais bonito de todos? Dêem a vossa opinião. O nosso muito obrigado à Raquel Santos pela edição ;)


Senador Paim: "Não há prova completa contra o Palocci"

“A única coisa que senti na reunião é o entendimento de que não há nenhuma prova completa contra o Palocci, até este momento. A quem está acusando, cabe apresentar as provas”.
Paulo Paim, senador do PT gaúcho, depois do almoço que juntou o ex-presidente Lula e a bancada do PT, admitindo que existem provas contra Antonio Palocci, mas ainda incompletas.

terça-feira, 24 de maio de 2011

[Da série "A vida que levei.."] 21º capítulo: As minhas turmas

Anterior:

Na Escola Comercial Oliveira Martins, nos dois anos que lá andei, a turma foi a mesma. Éramos cinco: Guilherme, que morava na Rua do Almada, e que tinha uma letra bonita como nunca vi, e Xico, que morava na Foz (do Douro) e que um dia bolou um jornalzinho, acho que o nome era “Foz”, mesmo. Um jornal mimeografado, claro. Eu “contribuí” com um texto “O meu alferes”. Os outros dois, um moreno e um louro, não me lembro dos nomes, nem onde moravam. A não ser o Guilherme que, devido à proximidade, às vezes eu ia estudar na casa dele, não via os demais depois das aulas.

Rua do Almada, Porto, janeiro de 2007. Foto: Manuel de Sousa
Tinha uma outra turma, a do Café “Garça Real”. Com esses, mais velhos do que eu, a gente se juntava lá no café, à tarde, fingindo que estudávamos, falando de política…
Naquela época existiam umas figuras chamadas de “bufas” que eram, nada mais, nada menos que delatores. Havia de todos os gêneros: garçons, engraxates, estudantes, carpinteiros, motoristas, etc… Um deles, suspeitamos de um engraxate, entregou um de nós à PIDE. Relatou um debate que tivemos sobre negros, uns diziam que eram burros, outros diziam que eram ignorantes, e essa ignorância era responsabilidade dos “portugueses” colonizadores…

O que nos ensina a polêmica do MEC

José Godoy
A polêmica sobre “Por uma vida melhor” – livro adotado pelo MEC, com exemplos que fogem à norma culta –, monopolizou o noticiário da última semana. Depois de extensa cobertura da imprensa, as explicações do ministério, e as distintas versões de gramáticos e linguistas, pode-se entender, com um pouco mais de clareza, o quebra-cabeça que dá forma ao complexo debate cultural no país.
Em pauta o desejo legítimo de reduzir a considerável carga de preconceitos que associam língua e posição social. A sociolinguística vem se dedicando com afinco a essa tarefa, estabelecendo um novo vocabulário para tratar dessas questões. Substituem-se assim conceitos como certo ou errado, por termos matizados como adequado/inadequado.
Essa operação que, num primeiro momento se concentrou no campo acadêmico, vem nos últimos tempos vazando para a sociedade, como discurso didático, chancelado pelo Ministério da Educação. Assim, os exemplos seguidamente explorados na semana passada, sem grande esforço são e continuaram sendo encontrados em obras chanceladas pelo MEC. Basicamente por atender requisitos que fazem parte de seus editais.
É o que acaba escapando a polêmicas como essa. O objeto que movimenta o debate (o livro em questão) é efeito, não causa. Para chegar às questões centrais será preciso ampliar a percepção para o espectro político e ideológico dessas decisões. Parece óbvio que a consideração de elementos da fala com construções gramaticais equivocadas, numa obra distribuída pelo governo, é uma sinalização de uma ação afirmativa no sentido de atrair para o ambiente acadêmico, gente normalmente excluída desse espaço. E um modo de atenuar o choque entre seu repertório linguístico e aquele utilizado como norma.
Não será surpresa o aumento de embates como os da última semana, ao longo dos próximos anos. A educação é o maior desafio do país para as próximas décadas. Há dívidas contraídas pelo Estado e pela elite nacional que por décadas deixaram de cumprir sua missão. Há gargalos imensos, e um exército que foi ejetado do sistema educacional, que precisa pelas imensas demandas que o país apresenta, de qualificação. O modelo que irá orientar nossos próximos passos é o que se debate, disfarçado de assunto gramatical.

José Godoy é escritor e editor. Mestre em teoria literária pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), colabora com diversos veículos, como a revista "Legado", da qual é colunista, e os jornais "Valor Econômico" e "O Globo". Desde 2006, apresenta o programa "Fim de Expediente", junto com Dan Stulbach e Luiz Gustavo Medina. O blog do programa está no portal G1.

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Mensagem de Thomaz Raposo, presidente da APRUS

Caros participantes deste nosso AERUS,
Quando mencionei que a APRUS é uma Associação apolítica, disse exatamente cumprindo com o nosso estatuto que é bastante claro a respeito.
Acabo de receber e-mail de associados ou, prefiro dizer, participantes ou ativos do AERUS, que estabelecem dúvidas que me fazem pensar o porquê da situação hoje existente entre Associações, Sindicatos e outros.
Observem que o documento enviado a vocês, ocorre exatamente um dia antes da viagem da APRUS a Brasilia, onde teremos reunião marcada com a PREVIC, com o objetivo de esclarecer pontos que nos preocupam quanto aos procedimentos existentes no AERUS.
É interessante recebermos comentários tais como "entendimentos jurídicos" sobre a representatividade somente quanto a Associados, pois vejam que a Associação (APRUS) tem objetivos muito claros definidos informando que é a Associação de Participantes e Beneficiários do AERUS e atendemos a todas as solicitações (associados, não associados, ativos e dependentes, pois muitos não tem as condições financeiras e talvez por isto não se associem, acreditando ainda que tivessem outros motivos que não nos cabe julgar, sendo assim entendimentos jurídicos fora deste contexto são considerados estranhos bem como os comentários colocados.
As conclusões em seguida perdem imediatamente seu efeito, pois se baseiam em premissa inexistente, continuo no entanto informando que respeito o Dr. Castagna Maia e Sra. Graziella Baggio e confio nas suas atuações, nem por isto posso deixar de cumprir com a minha missão já comentada em mensagem anterior.
Até o dia de hoje os 17000 sofredores como eu, em momento algum se posicionaram contra minhas colocações, muito pelo contrário, pois estou fazendo a APRUS ser respeitada pelo AERUS e PREVIC e isto é o novo fato.

A presidenta pouco pacienta anda muito contenta


Miriam Rita Moro Mine
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.

Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".
Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repasse essa informação...
Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná
Colaboração: Peter Wilm Rosenfeld

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Um abuso é um abuso é um abuso. Em Évora ou em qualquer outra cidade

Uma campanha eleitoral tem muito de faz-de-conta. Desde as promessas (os "farei" que nunca se farão) às juras (de alianças repudiadas que talvez venham a fazer-se), passando pelo circo dos comícios. Nestes, o faz-de-conta tem a intenção de mostrar força. Um comício cheio leva a outros comícios cheios, e alguns comícios cheios criam aquilo que os especialistas chamam dinâmica de vitória - enfim, trazem mais votos, que é para isso que se fazem as campanhas eleitorais. Daí que juntar camionetas para encher comícios - mesmo com falsos apoiantes - seja prática antiga e comum aos partidos. Enquanto se trata de um negócio entre iguais - entre o partido que precisa de encher o seu comício e gente que não se importa de gramar discursos a troco de um passeio - essa prática é quase desculpável. É certo que é uma mentira - mas se nos vamos zangar com tudo o que não é sincero nas campanhas... O problema (como acontece sempre que se generaliza um comportamento incorrecto) é quando se ultrapassam certos limites. O que o PS fez em Évora, levando imigrantes indocumentados ao seu comício, já não é só aquela mentirinha eleitoral comum a todos os partidos. É uma indecência. Porque o que ali conta não é o truque generalizado, e que já nos engana pouco. O que ali houve foi abusar dos mais desapossados, os que nem têm a prova de que são cidadãos.
Ferreira Fernandes, Diário de Notícias, 24-05-2011



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Galliano e von Trier: "para o costureiro atiraram pedras sem compaixão. Para o intelectual sobraram perdões compungidos."

Lars von Trier. Foto: jornal "i"
Pedro Tadeu

Não consigo evitar sentir incómodo profissional ao ler na imprensa nacional e europeia o tom de indulgência com que é tratado Lars von Trier.

O realizador, concorrente ao Festival de Cannes, disse uma frase que incluiu "eu sou um nazi". Um disparate, posso até admitir, que não reflecte o seu verdadeiro pensamento. Vou igualmente aceitar que o "politicamente correcto" não tem sentido de humor para estas coisas, mas, contraponho, ainda bem que resta o "politicamente correcto" nesta vida para nos lembrar que há coisas com que não se brinca e que uma delas envolve o tema do genocídio de milhões de pessoas.

Não quero discutir méritos e deméritos da frase de Lars von Trier nem méritos e deméritos da obra do realizador. Para mim ele está arrumado, depois deste episódio, na categoria dos imbecis e, até uma hipotética e autêntica redenção, esquecê-lo-ei.

Aqui há uns meses, um tipo com aspecto de pirata das Caraíbas, no meio de uma bebedeira monumental registada em vídeo, resolveu também tecer loas ao nazismo e a Hitler. Acompanhou a insanidade com disparos verbais anti-semitas e racistas. Para o estilista John Galliano, nesse mês de Março, não houve indulgência. A dimensão dos artigos que se escreveram sobre ele, em tom indignado e condenatório, percorreu tudo o que era jornal diário ou publicação hebdomadária, cultural ou cor-de-rosa. Nas notícias ou na opinião, Galliano foi feito num oito. Acabou despedido, humilhado, silenciado e ignorado no seu pedido de desculpas. Achei bem.

Obama and the Arab Spring

U.S. President Barack Obama gave a speech last week on the Middle East. Presidents make many speeches. Some are meant to be taken casually, others are made to address an immediate crisis, and still others are intended to be a statement of broad American policy. As in any country, U.S. presidents follow rituals indicating which category their speeches fall into. Obama clearly intended his recent Middle East speech to fall into the last category, as reflecting a shift in strategy if not the declaration of a new doctrine.
While events in the region drove Obama’s speech, politics also played a strong part, as with any presidential speech. Devising and implementing policy are the president’s job. To do so, presidents must be able to lead — and leading requires having public support. After the 2010 election, I said that presidents who lose control of one house of Congress in midterm elections turn to foreign policy because it is a place in which they retain the power to act. The U.S. presidential campaign season has begun, and the United States is engaged in wars that are not going well. Within this framework, Obama thus sought to make both a strategic and a political speech.
Barack Obama
Obama’s War Dilemma
The United States is engaged in a  broad struggle against jihadists. Specifically, it is engaged in a war in Afghanistan and is in the terminal phase of the Iraq war.
The Afghan war is stalemated. Following the death of Osama bin Laden, Obama said that the Taliban’s forward momentum has been stopped. He did not, however, say that the Taliban is being defeated. Given the state of affairs between the United States and Pakistan following bin Laden’s death, whether the United States can defeat the Taliban remains unclear. It might be able to, but the president must remain open to the possibility that the war will become an extended stalemate.

Algarve, Praia da Rocha, 1976

Este cartão-postal tem 35 anos! 
Foi colocado no correio, em Faro, às 22h do dia 13 de setembro de 1976.

A fotografia é de Teófilo Rego.

O campeão brasileiro de trotes contra a Polícia

Archimedes Marques
A Polícia Militar que trabalha de forma ostensiva e busca a preservação da ordem pública, atua com rondas pelas cidades, abordagens, blitz e ainda com atendimentos de ocorrências via 190. Em média, 70% das ocorrências são via denúncias, mas nem sempre elas são verdadeiras, são os chamados trotes, que além de prover perda de tempo aos policiais e prejuízo ao erário público, pode deixar de salvar vidas ou de se prender perigosos bandidos.
Um trote pode ocupar de 1 a 3 minutos do atendente e se uma viatura for encaminhada a essa ocorrência inexistente, serão perdidos entre 10 e 20 minutos. Esse tempo é precioso para quem realmente está precisando da ajuda policial.
O problema do trote contra a Polícia que também foi tratado no programa televisivo FANTÁSTICO da Rede Globo, em 22//04/2011, mostrou essa situação criminosa em vários estados do nosso país com índices superiores a 30% das ligações ao 190 e destacou o maior passador de trotes do Brasil, o campeão em trotes contra a Polícia, um sergipano.
Tal caso inusitado refere-se ao cidadão Jose Uilson dos Santos, cujo Inquérito Policial estava sob a minha responsabilidade, mas já fora encaminhado à Justiça. Consta da documentação acostada aos autos que o suspeito teria efetuado 206.449 ligações para o 190 da PM, no período aproximado de um ano. É bem verdade que tal número exorbitante, apesar de ser oficial e fornecido pelo CIOSP não é de todo composto de trote, vez que, em boa percentagem, os atendentes ao reconhecerem a voz do criminoso, desligavam o telefone sem lhe dar atenção, mas, contudo tais ligações eram contabilizadas como sendo trotes. Assim, com certeza, esse número pode ser abatido em mais de 60% para ser mais exato, o que não deixa de ser um recorde de trotes efetuado por uma só pessoa em citado tempo.

A CDU espalha "Basta de Roubo". Fui ver onde começou...



Bom, comecemos por CDU:
Coligação Democrática Unitária
PCP – Partido Comunista Português
PEV – Partido Ecologista “Os Verdes”
Continuando... fui pesquisar quem começou a afundar há 35 anos...

O I Governo Constitucional de Portugal teve o seu início a 23 de Setembro de 1976, sob a chefia de Mário Soares. (do Partido Socialista)
As primeiras eleições democráticas para a presidência da República são realizadas por sufrágio directo. Vence Ramalho Eanes, um dos oficiais do Grupo dos Nove.
A 12 de Novembro do mesmo ano realizam-se as primeiras eleições autárquicas. Passam a funcionar todas as instituições democráticas. Portugal entra para o Conselho da Europa e simultaneamente inicia o processo de adesão à CEE.
Cessou funções na sequência da rejeição, pela Assembleia da República, de uma moção de confiança apresentada pelo Governo.
Foi aqui, CDU, que o país começou a ser afundado?

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sociais-democratas venceriam se as eleições se realizassem hoje. Coligação com CDS-PP daria maioria absoluta

Sondagem: PSD dispara na liderança
TVI
Acabaram-se os empates técnicos e a maioria absoluta com coligação entre PSD e CDS-PP começa a surgir como uma solução possível nas eleições de 5 de Junho. Segundo a projecção da sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a TVI e jornal «Público», os sociais-democratas são mesmo os únicos a subir, distanciando-se do PS.


No primeiro estudo deste género a abordar datas posteriores ao debate entre José Sócrates e Pedro Passos Coelho (a sondagem foi realizada entre as passadas quarta-feira e domingo), assiste-se a uma subida em flecha do PSD.É, aliás, o único partido a subir.
Com efeito, a intenção de voto aponta para um PSD com 39,6% (mais 3,9% do que na passada sexta-feira). É o melhor registo até agora e significa que ganharia as eleições se se realizassem hoje, pois a vantagem para os socialistas já está fora da margem de erro. O PS fica-se pelos 33,2% (menos 0,9%) e o CDS-PP com 12,1% (menos 0,7%). Isto significa que se PSD e CDS-PP se juntarem atingem os 51,7%.
Mais atrás surge a CDU, com 6,6% (menos 0,9% do que na última sexta-feira) e o Bloco de Esquerda é o partido com maior queda, passando de 6,8% para 5,6%. A votação noutros partidos é de 3%.
Há, no entanto, um outro dado a registar, uma vez que das 1021 entrevistas 259 pessoas disseram que não sabia ou não respondiam e 186 afirmaram que não vão votar em nenhum partido. Isto faz com que haja uma subida neste tipo de respostas, estando a percentagem ao nível de 13 de Maio (43,6%).
Na próxima sexta-feira a TVI revela nova sondagem, continuando a medir o pulso eleitoral do país. Este observatório vai continuar até à véspera das eleições.

Assim se vê a máquina do PS: seguem Sócrates sem saberem português

PS paga apoio com refeições
Seguem José Sócrates para todo o lado, de norte a sul do País, em autocarros pagos pelo PS. Depois são usados para compor os comícios, agitar bandeiras, e puxar pelo partido, apesar de muitos deles não perceberem uma palavra de português e não poderem votar. Em troca têm refeições grátis.
Foto: Correio da Manhã
Trata-se de imigrantes provenientes da Índia e Paquistão, trabalhadores nas lojas do Martim Moniz, Lisboa, e na construção civil. Estiveram com José Sócrates em Beja, Coimbra e no comício de ontem em Évora, onde deram nas vistas ao exibir os seus turbantes. Até à porta da RTP, no dia do debate com Passos Coelho, realizado na sexta-feira, estiveram de bandeiras em punho.
Além do transporte, conforme o CM verificou, o PS disponibiliza refeições e lanches. Deixaram os seus trabalhos para apoiar Sócrates, mas disseram ao CM que não são pagos por isso. "Não são pagos" garantiu também ontem fonte do PS, justificando que a presença dos imigrantes está inserida "na estrutura voluntária da campanha".
Singh Gurmukh, indiano e trabalhador na construção civil, é acompanhado por quatro dezenas de imigrantes asiáticos em Évora. Diz que segue Sócrates de "graça" como reconhecimento pelo apoio à sua comunidade. "Só pagam o autocarro e a comida", disse num português pouco perceptível. A par desta comunidade, o comício contou ainda com mais de uma centena de africanos, que viajaram em dois autocarros da zona do Cacém, Sintra. "Chegámos esta tarde. Apoio Sócrates", disse Sandim Cassama, da Guiné-Bissau, e residente em Portugal há 20 anos.
Alexandre M. Silva com J.R., Correio da Manhã, 22-05-2011

Assim se vê a máquina do PS
A máquina do PS tem feito quase tudo para não faltar ambiente nas terras por onde José Sócrates passa. A campanha chegou mesmo a contar com autocarros com imigrantes para encher os comícios, almoços grátis para quem chega no autocarro da junta de freguesia, palcos, bancadas: em suma, uma produção de luxo.
Veja a reportagem do jornalista Filipe Mendonça no vídeo associado»

O debate (Pedro Passos Coelhos X José Sócrates): análise de Marques Mendes

Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD

Luís Marques Mendes
Procurando ser objectivo, tenho para mim que Passos Coelho ganhou o debate da passada sexta-feira e que José Sócrates o perdeu. Sim, em boa verdade são as duas coisas e não apenas por causa das expectativas que existiam em torno de um e de outro.

Sócrates perdeu o debate sobretudo por uma razão essencial: porque abdicou de se apresentar como primeiro-ministro e se limitou a fazer o papel de oposição à oposição. Ora isto é um sinal de fraqueza e uma confissão de incapacidade. Quem governa e tem obra a apresentar defende-a com orgulho, sem precisar de desviar as atenções e sem recear a confrontação do adversário. Com Sócrates sucede o oposto.

Ele não se foca na governação porque não tem resultados a exibir. Ele atira-se às ideias do adversário com o mero intuito de tentar esconder os telhados de vidro do seu mandato. Exemplo maior é o do desemprego. Numa hora de debate, Sócrates não teve uma palavra, uma solução, uma expressão sequer de solidariedade para com 700 mil portugueses no desemprego. Tudo isto define um derrotado e mostra um enorme peso na consciência. Especialmente para um primeiro-ministro dito socialista e de esquerda.

Passos Coelho venceu por duas razões principais: primeiro, porque fez o que um líder da oposição deve fazer – ser certeiro a confrontar o primeiro-ministro com as suas responsabilidades de governo; depois, porque se afirmou com coragem como candidato a primeiro-ministro, esgrimindo propostas para o futuro e soluções para o País. Quem, desconhecendo a política nacional, aterrasse de repente em Portugal e assistisse a este debate seguramente diria que Passos Coelho era o primeiro-ministro e Sócrates o líder da oposição, tal o volume de propostas que o primeiro exibia e o vazio de ideias que o segundo demonstrava. É isso mesmo: pelos programas que apresentam, o líder do PSD já veste o fato de primeiro-ministro, enquanto o líder do PS já enverga o estatuto de oposição. De forma consciente ou inconsciente, ambos já interiorizaram o resultado da eleição.

Ao contrário do que vaticina o primeiro-ministro, a escolha de 5 de Junho não é entre quem está a favor ou contra o estado social. É, sim, entre o desastre do passado e a nova esperança reformista do futuro. Um conduziu-nos à ajuda externa. Outro, daqui a três anos, pode libertar-nos dela. Eis a fronteira que separa a responsabilidade da irresponsabilidade.
Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD, Correio da Manhã, 22-05-2011

A justiça pode ser justa

Pela imprensa tenho acompanhado o desenrolar do processo movido contra o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional - FMI, Dominique Strauss-Kahn, que tramita na Suprema Corte do Estado de Nova Iorque, onde foi indiciado sob sete acusações de violência sexual contra uma camareira do hotel onde se hospedava.
A importância do cargo ocupado por DSK agitou a economia do mundo todo, com as desvalorizações de moedas e movimentos agitados nas maiores bolsas de valores do mundo, além de apostas variadas nas suas consequências.
Mesmo enquanto sua renúncia formal não ocorria, as especulações em torno do nome de seu sucessor já agitavam vários governos, principalmente europeus, preocupados com o possível atraso nas decisões do FMI em relação ao socorro financeiro que seria dado aos países em dificuldades naquele continente.
Outros, como o Brasil através do Ministro Guido Mantega, se manifestaram pleiteando o cargo para um membro de um país dentre os chamados emergentes, principalmente do grupo que ficou conhecido como BRIC.
Toda essa movimentação me levou a fazer alguns questionamentos e suposições, sobre se o fato realmente teria ocorrido, ou se por trás de tudo poderia estar ocorrendo alguma grande armação política promovida por interesses contrariados.

Uma canalhice chamada de Petismo

Geraldo Almendra
A luta pela igualdade superior entre os novos-ricos da burguesia público-privada petista prevalece de forma escancarada sobre a meritocracia nas relações público-privadas, caracterizando o socialismo de resultados ilícitos preconizados pelo PT.
O Brasil está sem perspectiva real de se tornar uma potência econômica nos próximos 50 anos.
Nosso triste destino parece ser o de ficar sempre na rabeira da exploração de nossas riquezas e potencialidades por outras nações em um regime de crescente desigualdade de relações internacionais em todos os campos, sejam econômicos, sociais, educacionais, tecnológicos e culturais.
Os dois últimos desgovernos petistas, assim como o atual, estão empurrando o país de forma quase que definitiva para a ladeira do subdesenvolvimento cultural e educacional e, por consequência, do desenvolvimento científico.
A identificação desse cenário é facilmente percebida se observarmos os investimentos crescentes de outras nações em educação em todos os níveis, pelo fato de há muito tempo já terem reconhecido que o atraso educacional e cultural representaria a involução na direção de sociedades ignorantes e sem massa crítica de cérebros dedicados ao desenvolvimento tecnológico e científico, postura que hoje resulta em admiráveis condições de desenvolvimento econômico e social.
Enquanto outros países incentivam suas fábricas de cérebros serem reconhecidos e remunerados pelos seus méritos, no Brasil os que vivem no ambiente acadêmico são tratados como massa de manobra de um projeto de poder que transforma a ignorância das massas em norma culta, e a capacidade acadêmica das universidades ou centros de pesquisas em instrumentos corporativistas de um regime fascista que está destruindo o país.
Os centros de educação do país, com raras exceções, já viraram “cabos eleitorais” do fascismo ditatorial civil que controla o país.