Primeiro capítulo: Páginas de vida: que me ensinaram a não gostar de nacionalismos
Capítulo anterior: 34º capítulo (daquela Série): A terceira e última ameaça
Não sei, não me
lembro quanto tempo se passou entre o jantar que escolheu o Brasil e a efetiva
partida.
Sei que vendi o
carro recém-ofertado pelo meu sogro, um 4L também, vendeu-se os móveis e outras
tralhas, e alguma coisa, o mais importante para nós, foi metido dentro de
quatro (ou cinco?) malões de latão, ou lata dura. E foram despachados de trem,
de Brazzaville a Ponta Negra e de lá embarcaram para o Rio de Janeiro. Até hoje
não sei onde roubaram, de dentro dos malões, os itens mais valiosos e
interessantes, como um mini conjunto de som, um três-em-um da época, se em
Ponta Negra ou no Rio de Janeiro…
Bom, comprei a
passagem Brazzaville/Rio de Janeiro. A conexão foi em Dakar. Até lá, o voo foi pela
Air Afrique, um voo pingado, como o povo da aviação chama os voos com muitas
escalas. Citando de cabeça: Brazzaville/Libreville (Gabão)/Douala (Camarões)/Abidjan
(Costa do Marfim)/Dakar (Senegal).
Em Dakar fiquei
no Hotel N’Gor, acho que foram dois dias, ou mais, pois o vôo Dakar/Rio de
Janeiro era semanal, me lembro de ter ido até à cidade e ter ido à praia do
hotel. Na praia, vi a mulher mais bronzeada que jamais vi in my entire life. A moça passava óleo de coco, natural, que era
vendido na praia por uma simpática senhora negra, nas palmas das mãos! Nunca
mais olvidei.
Em 29 de março
de 1972, quarta-feira, peguei a Swissair para o Rio de Janeiro.
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