terça-feira, 16 de outubro de 2012

35º capítulo (daquela Série): Brazzaville => Dakar



Não sei, não me lembro quanto tempo se passou entre o jantar que escolheu o Brasil e a efetiva partida.
Sei que vendi o carro recém-ofertado pelo meu sogro, um 4L também, vendeu-se os móveis e outras tralhas, e alguma coisa, o mais importante para nós, foi metido dentro de quatro (ou cinco?) malões de latão, ou lata dura. E foram despachados de trem, de Brazzaville a Ponta Negra e de lá embarcaram para o Rio de Janeiro. Até hoje não sei onde roubaram, de dentro dos malões, os itens mais valiosos e interessantes, como um mini conjunto de som, um três-em-um da época, se em Ponta Negra ou no Rio de Janeiro…
Bom, comprei a passagem Brazzaville/Rio de Janeiro. A conexão foi em Dakar. Até lá, o voo foi pela Air Afrique, um voo pingado, como o povo da aviação chama os voos com muitas escalas. Citando de cabeça: Brazzaville/Libreville (Gabão)/Douala (Camarões)/Abidjan (Costa do Marfim)/Dakar (Senegal).


Em Dakar fiquei no Hotel N’Gor, acho que foram dois dias, ou mais, pois o vôo Dakar/Rio de Janeiro era semanal, me lembro de ter ido até à cidade e ter ido à praia do hotel. Na praia, vi a mulher mais bronzeada que jamais vi in my entire life. A moça passava óleo de coco, natural, que era vendido na praia por uma simpática senhora negra, nas palmas das mãos! Nunca mais olvidei.
Em 29 de março de 1972, quarta-feira, peguei a Swissair para o Rio de Janeiro.

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