Sindicatos aceitam corte de
7.500 empregos na Renault e congelamento de salários
Maria Ribeiro
Renault vai para a frente com o despedimento de 7.500 trabalhadores e o congelamento de salários, depois dos dois principais sindicatos dos trabalhadores do segundo maior fabricante de automóveis em França, aprovarem o acordo.
Renault vai para a frente com o despedimento de 7.500 trabalhadores e o congelamento de salários, depois dos dois principais sindicatos dos trabalhadores do segundo maior fabricante de automóveis em França, aprovarem o acordo.
Depois de anunciar o despedimento de 7.500
trabalhadores, e a reestruturação da empresa, muita foi a dúvida se os
sindicatos iriam aprovar um despedimento em massa, ainda mais depois de os
trabalhadores se manifestarem em frente às fábricas da Renault pedindo que o
acordo fosse cancelado. A lei francesa exige que os sindicatos de, pelo menos,
30% dos trabalhadores, aprovem essas medidas quando se trata de despedimentos e
atraso nos pagamentos.
No entanto, foi aprovado o acordo, que prevê o
despedimento de 7500 trabalhadores e o congelamento de salários, por dois dos
principais sindicatos, que representam 45% dos trabalhadores e permitem que as
medidas avancem. “Decidimos esta manhã assinar o acordo” disse Jean-Yves Sabot,
director do sindicato FO, em declarações à Bloomberg.
Segundo a France Press, 5700 trabalhadores serão
dispensados através da não renovação de contratos e os outros 1.800 através de
rescisões amigáveis.
O acordo permite também que a Renault reduza em
17%, até 2016, a mão-de-obra francesa, numa perspectiva de redução de custos.
A medida permitirá à empresa poupar pelo menos 500
milhões de euros anuais mas, segundo Philippe Houchois, analista da UBS,
diminuem-se as possibilidades da Renault competir com as fábricas espanholas,
que ainda são os seus concorrentes directos.
As vendas da Renault caíram 6,3% no último ano,
como tal começou em marcha o despedimento de 16,8% dos seus trabalhadores.
Carlos Goshn, presidente da Renault, justifica a medida afirmando que “queremos
um acordo de competitividade, que, entre outras coisas, leve a evitar o
encerramento de unidades de produção".
Texto: Maria
Ribeiro, Jornal de Negócios, 06-03-2013
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