quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Milo Yiannopoulos é atacado por fãs de Hillary Clinton e Globo News finge que nada ocorreu. É o fim do jornalismo!

Roger Roberto


Primeiro, vejamos o que disse Leonardo Faccioni sobre o assunto:

Imaginem o que aconteceria se um grupo de eleitores de Trump apedrejasse (literalmente – com pedras mesmo) um conferencista homossexual, em pleno campus universitário. Faltaria capa de jornal para as letras garrafais das manchetes, correto? E, dado o absurdo, seriam manchetes muito justas.

Pois aconteceu ontem – em Berkeley. Mas a vítima foi Milo Yannopoulos, jornalista gay favorável a Trump, enquanto os agressores foram idealistas “social justice warriors” de puro coração. Eis o motivo da manhã de absoluto silêncio na América e nos estúdios da Globonews.

O jornal Estadão fez matéria a respeito, mas chamou Milo de “jornalista de extrema-direita”, reproduzindo o que disse a agência Reuters e mostrando, mais uma vez aos direitistas puritanos do Brasil, que rotular é importante e necessário.

O caso é que a Globo News não chegou a fazer nenhum escândalo por causa disso, coisa que certamente teria feito se eleitores de Trump agredissem alguém. É um silêncio similar ao que fizeram em novembro, quando logo depois da vitória do Republicano nos EUA militantes Democratas espancaram e roubaram um senhor, um idoso, em pleno estacionamento e a luz do dia.

Isso é no mínimo desprezível. Temos que partir para a rotulagem agressiva contra essas pessoas que fingem ser jornalistas. O nível da Globo News, do Estadão e da Folha de São Paulo já era baixíssimo, mas nos últimos meses eles têm feito um tremendo esforço para afundar ainda mais e já chegaram a um patamar similar ao de blogs petistas como Carta Capital. Nem escondem mais o partidarismo.

O rótulo de “extrema-direita” jogado contra Milo é cretino, pois ele é apenas um liberal que apoiou Trump. Rola aí uma clara tentativa de associá-lo ao nazismo, o que é ainda mais ridículo considerando que ele é judeu. No entanto, as poucas matérias a respeito não o trataram como vítima, que é o que ele foi. Em vez disso, rotularam o sujeito e deixaram subentendido a ideia de que o ataque foi “merecido”…

Isso não é jornalismo, obviamente, é propaganda.
Título, Imagem e Texto: Roger Roberto, Ceticismo Político, 2-2-2017

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