Cristina Miranda
Digam lá o que disserem, o caso CGD está a ser espantosamente revelador.
É uma autêntica injeção contra anos de falsas teorias de que a esquerda é
moralmente, eticamente e politicamente superior à direita. Num
espaço de apenas um ano, com elas todas no governo
graças a esta aliança inédita de Costa com comunistas e radicais de esquerda,
podemos testemunhar que esta governação opaca, onde não faltaram mentiras,
maroscas, ilegalidades, inconstitucionalidades e abusos de poder, já
ultrapassou a média anterior. E não vai ficar por aqui…
Incapazes de admitir os erros, assim que são apanhados em flagrante,
contorcem-se todos como minhocas desprovidas de espinha dorsal, mas pouco se
ralando com isso. Mantêm a postura com a maior cara de pau, sem complexos por
não serem sequer convincentes. E ainda acrescentam mais umas quantas mentiras
para povo ignorante comer. Afinal, mentir em governação não é crime a não ser
nos países desenvolvidos. Por isso, estão safos. E depois, quando se tem um
Presidente da República a defender o indefensável por estar metido até ao
pescoço nas mentiras do governo, melhor ainda. É ele próprio a encerrar o
assunto “morto” por diversas vezes, mas que não consegue enterrar. A não ser a
ele próprio…
Junte-se ainda a prestação deprimente de Mariana Mortágua, a tal menina
tão tenaz a crucificar banqueiros em CPIs e Galamba, o eterno boy
contorcionista do PS, que numa tentativa desesperada de branquear as culpas de
Centeno, Marcelo e Costa, “eutanasiaram-se” ao vivo e a cores, em direto na TV.
Incrível. Um momento épico digno de registo para memória futura. Para não falar
de Estrela Serrano que veio colocar a cereja no topo do bolo afirmando
taxativamente que Domingues foi útil na capitalização da CGD junto da UE, logo,
usá-lo desta forma era perfeitamente aceitável. Assim sendo, a culpa é de quem
se pôs a jeito. E afirma-o com toda a clareza sem medo… simplesmente
assustador.
Assim, como se não bastasse a incapacidade de gerir o país com políticas
responsáveis, acrescenta-se a falta de carácter e qualidade humana de todos os
protagonistas desta criação a que lhe chamaram e bem, geringonça. O problema é
o rasto destrutivo que deixa na sociedade. Porque não se limitam a gerir mal:
provocam falências. Não se limitam a mentir: destroem a credibilidade de um
país inteiro quer internamente, quer perante o exterior. Não se limitam a usar
o poder: amordaçam todos (cidadãos, comunicação social, oposição) os que
puserem em causa seus lugares.
Agora, e por muito que tentem, jamais poderão esconder que as belas
teorias marxistas apenas escondiam, aqui como noutros lugares do Mundo, a
sede de poder que depois de saciada, provocou amnésia nas mentes brilhantes dos
defensores do povo para transformar a governação numa ditadura de esquerda.
Já dizia Abraham Lincoln e muito bem: “… se quiser pôr à prova o carácter
de um homem, dê-lhe poder”.
Fact check!
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias,
20-2-2017
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