sexta-feira, 7 de julho de 2017

Família do Novo Leblon muda-se para Cascais

A revista SÁBADO desta semana (nº 688, de 6 a 12 de julho de 2017) traz uma reportagem de capa sobre a imigração de brasileiros, de autoria de Raquel Lito (texto) e Micaela Neto (fotos). Sem link.
A matéria ocupa as páginas 32 a 38.


TENDÊNCIA. FAMÍLIAS ABANDONAM O BRASIL DEVIDO À CRISE POLÍTICA

A NOVA ELITE DE IMIGRANTES TEM SOTAQUE CARIOCA

A paisagem, as praias e o clima lembram-lhes a dolce vita do Rio de Janeiro. Cascais é o seu epicentro: uns recomeçam na Quinta da Marinha, outros no Estoril, ou no bairro do Rosário. Porto e Algarve também são opções. Não abdicam de alguns velhos hábitos do seu país, mas já não precisam de conduzir carros blindados.

Copiei o trecho que segue:

Família sequestrada no WC
O fantasma da violência está onipresente entre estes imigrantes qualificados. Alguns até preferem recomeçar com menos condições em Cascais a viverem em estado de alerta permanente no Rio de Janeiro. “A sensação de sair de casa sem olhar à volta não tem preço”, assevera a dentista com dupla nacionalidade (portuguesa e brasileira), Andrea Valporto, de 46 anos. Mudou-se para Portugal em agosto de 2016, num processo-relâmpago de três semanas, e alugou um T3 num condomínio do pacato bairro do Rosário. Apesar das paredes vazias, dos móveis escassearem e do chão ser fora de época (tacos de madeira dos anos 80), sente-se feliz na companhia do marido Frederico, de 47 anos, e dos dois filhos (Igor, de 14 anos, e Eric, de 6). Para trás, deixou outro condomínio, o Novo Leblon, na Barra da Tijuca, com vigilância 24 horas por dia e acesso a todas as mordomias: piscinas, ginásio e restaurante.
“Ficávamos dentro de casa e evitávamos sair à noite, mas havia violência a qualquer hora do dia.”

(…)

Um mês antes de emigrarem o medo voltou a apoderar-se da dentista, em julho de 2016, quando estava parada num engarrafamento às 15h junto ao BarraShopping (um dos maiores centros comerciais da cidade). “Estava dentro do carro e tudo parado por causa de umas obras na rua. Quando olhei para o lado, vi um cara numa moto a apontar a arma à cabeça de um senhor num carro ao lado. Aí desesperei, imaginei que ia haver um arrastão. Não havia policiamento. O senhor foi assaltado, mas não mataram ninguém. Foi um dos grandes motivos da minha vinda, a qualquer hora do dia ou da noite acontecem assaltos.”

(…)

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