Cristina Miranda

Qualquer indivíduo correto e
determinado a corrigir o que vai mal em Portugal nunca pode aceitar misturar-se
com este tipo de pessoas. Gente com ética, no mínimo, sente náuseas do
que andam a fazer a esta Nação não aceitando outro caminho senão fazer uma
forte oposição para erradicar esta classe política do compadrio e embuste como
quem extermina ratazanas. Mas onde está essa oposição? Tirando o CDS,
para já, ninguém. O que é preocupante.
De repente temos a união
política maior de sempre em sintonia com esta (des)governação. Ou
seja, pouco importa que os três metralhas em quase 3 anos tenham feito crescer a dívida pública, que as instituições do Estado estejam em falência técnica,
que os números do défice sejam martelados, que haja
um falso excedente de contas derivado à suspensão total de pagamentos a fornecedores, que o crescimento da economia seja
apenas fruto do surf em cima da onda positiva da UE sem qualquer mérito do
Estado português, os números do desemprego serem um embuste fabricado. Não.
Não interessa mesmo nada. O importante parece ser o consenso. Neste
caso, consenso com quem nos encaminha para a ruína, de novo. Mas o
que é isto?
Gente séria na oposição
estaria a gritar alto seu nojo por um governo assente em esquerdas que pouco se
está lixando para os contribuintes. Governo esse que ama tanto seu
povo que aumentou barbaramente todos os impostos possíveis e inimagináveis
e ainda criou outros chamando-lhe “fim de AUSTERIDADE” gozando com a cara dos
cidadãos!! Que algema a economia quando taxa e condiciona ainda mais o
Alojamento Local, o arrendamento, a poupança, o imobiliário, os combustíveis,
as portagens, as empresas!! Que falhou criminosamente na sua obrigação de
proteger as populações e as deixou a morrer sozinhas carbonizadas. Que depois
falha no seu dever de indemnizar deixando-as outra vez sozinhas (as que
sobreviveram) a aguardar por um dinheiro que nunca mais chega, enquanto
agonizam. Que agora põe a população inteira sob ultimato para limpezas de
terrenos fragilizando-as ainda mais. Que desvia fundos da UE destinados ao interior,
levando-os para os “amigos do litoral”. Mas que, no entanto, souberam
auto-aumentar-se, auto-empregar-se, auto-reformar-se de forma milionária, autofinanciar-se
partidariamente às custas das dolorosas medidas impostas ao povo. Como
pode haver consensos com este nojo de gente que põe os portugueses a passar
sacrifícios já DEPOIS da recuperação económica pós-troika, para eles viveram
desafogadamente fingindo governar?
Pois eu tenho uma teoria:
quando se procura consensos com gente “desta categoria” quer-se uma fatia de
bolo em vez de corajosamente ir à luta pela higienização do Parlamento. É o
medo de liderar sozinho um caminho que se sabe ser difícil, mas correto. É a falta
de coragem de pegar o touro pelos cornos e por isso preferir “poucochinho
garantido” à hipótese de perder. É a cobardia a falar mais alto.
Porque um bom líder daria um
valente murro na mesa. Não teria medo de pronunciar um estrondoso
“chega pra lá que aqui vou eu” carregado de convicção nas alternativas a uma
governação que promove bancarrotas e ilude só para ter votos.
Assim, jamais vão acordar os
abstencionistas e ainda vão ganhar muitos mais. Enquanto isso, a estratégia de
Costa soma e segue com ele a esfregar as mãos por ter enganado mais um sem
coluna dorsal a juntar aos outros dois idiotas úteis que ele mantém bem
“amordaçados”.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 5-3-2018
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 5-3-2018
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