Lembram-se da ida de Mário
Machado à TVI? Recordam-se da hipocrisia monumental que aqui neste meu texto denunciei acerca deste
tema? Pois bem. Não levou dias a que, tanto o BE como o PCP, fizessem jus às
minhas acusações. Obrigada desde já aos dois por me ajudarem fabulosamente
nesta “árdua” tarefa de os desmascarar. A eles e aos comentadores e jornalistas
que os bajulam.
Então não é que logo após as
eleições da Venezuela, Jerónimo de Sousa em nome do PCP e de “todos os
portugueses” (que grande lata!), em carta felicitou o ditador Maduro, que está literalmente a matar à fome o povo venezuelano – entre os quais
mais de 500 mil portugueses – e gere o país debaixo de uma forte ditadura onde sequer
as eleições foram democráticas, tendo usurpado, isso sim, a “vitória”? Sim. Isto foi
mesmo verdade. Diz ele: “… em nome do Partido Comunista Português envio-lhe
as calorosas saudações (tão amigos que eles
são!) por ocasião da sua tomada de posse como Presidente da República
Bolivariana da Venezuela para o mandato 2019-2025, em conformidade
com a vontade do povo venezuelano (que vontade se as eleições
foram manipuladas por Maduro?) expressa nos resultados da eleição
presidencial de 20 maio último e a ordem constitucional venezuelana…”.
E prossegue:” … face
à agressividade das campanhas de desinformação (os vídeos de
pessoas a morrer de fome é campanha da oposição?), guerra de desestabilização e
perigosas ameaças das escalada intervencionista do imperialismo e seus
servidores, é de crucial importância expressar a solidariedade para
com a defesa da soberania e independência (defender este ditador
assassino é defender soberania?) nacional da República Bolivariana da Venezuela
e o direito inalienável do povo venezuelano a determinar
o seu caminho de desenvolvimento (o
caminho escolhido pelo ditador é de desenvolvimento?) livre de ingerências
e ameaças externas. Convicto de expressar os sentimentos de amizade do povo
português para com o povo venezuelano reafirmo a firme solidariedade
dos comunistas portugueses (solidariedade para com um
ditador assassino?) para com a resistência e luta do povo
venezuelano (a resistência e luta é contra Maduro que os mata à
fome, brincamos?) para vencer as dificuldades e desafios atuais (para
vencer as dificuldades atuais que foram criadas por Maduro?) e
prosseguir o caminho libertador (este caminho só é libertador para
quem foge ou morre) aberto pela Revolução Bolivariana.” Alguém se indigna com
este líder extremista do PCP por estas declarações e exige sua saída do
Parlamento? Claro que não.
Estes indivíduos da
extrema-esquerda portuguesa não têm vergonha na cara. Num país como a
Venezuela onde se morre literalmente à fome, onde a inflação é galopante, onde se tortura e persegue pessoas por se oporem a esta miséria,
donde se foge da morte certa, onde 85% dos medicamentos estão em falta, relembrando
tudo o que foi vivido com Lenine e Estaline na ex-URSS, que matou milhões de
seres humanos por imposição de uma ideologia, é de facto chocante. Mas está
tudo caladinho. Não é?
Maduro é o novo Estaline do
século XXI. Foi a doutrina política de Chávez acelerada depois
por Maduro que levou a Venezuela à ruína. Exatamente como na ex-URSS.
Começou com as estatizações de toda a economia empobrecendo-a. Em 1998 operavam
12 000 fábricas, hoje há menos de 7 000. No ano 2000 começaram as expropriações
de grandes propriedades rurais. Resultado: hoje falta tudo nos supermercados.
Depois em 2006 o descontrolo nos gastos. Um crescimento exponencial da despesa
pública onde se gastava mais do que se tinha usando os recursos que entravam da
exportação de petróleo, para conceder subsídios generosos só para manter
artificialmente o baixo preço dos alimentos e combustíveis. Depois a
promiscuidade entre empresas estatais e política tendo colocado a petrolífera
PDVSA a distribuir alimentos (tinha uma rede de 159 supermercados), construir
casas sociais e executar obras de restauração urbana para as elites. Com tanta
despesa não inerente à atividade, o negócio do petróleo foi afetado. Depois,
preços tabelados pelo governo que ao não serem suficientes para cobrir as
despesas de quem produz ou presta serviços, levou ao abandono dessas atividades
e à deterioração dos serviços de quem resiste. Depois, o câmbio
controlado que dificulta a troca de bolívares por dólares levando a que se
encerre empresas por falta de matéria prima porque não conseguem comprar fora
do país. Para piorar isto, Venezuela tem o pior regime no que respeito aos
direitos de propriedade levando ao afastamento total dos investidores.
Como se isto já não fosse suficiente, em 1999 Chávez mudou a Constituição
por forma a aumentar os seus poderes.
Esta doutrina aplicada por
Chávez e continuada por Maduro, é marxista. A mesma doutrina do PCP e BE. É uma
ideologia que comprovadamente NÃO FUNCIONA e só provoca miséria, fome e morte.
Mas, temos “meninos” extremistas no nosso Parlamento a defender
isto.
Catarina Martins veio a
público toda ofendida (coitadita) porque considera insulto que lhe chamemos de extrema-esquerda porque
“Extrema-esquerda está associado a totalitarismos, a perseguição, a ódio – não
encontram absolutamente nada disso no BE com certeza” – diz ela (ah! ah! ah!).
Mas esta senhora lidera um partido que é apoiante de Chávez e aprovou quatro
votos de pesar pela morte deste no Parlamento, o ditador responsável pela
situação da Venezuela atual. Venera Che Guevara, um assassino sanguinário que
matava por ideologia indiscriminadamente. Saúda a memória de Fidel Castro,
outro assassino ditador que “encarcerou” e condenou seu povo à miséria.
Solidariza-se com o terrorista Cesare Battisti condenado a prisão perpétua.
Cuspiu todo o seu ódio sobre a canção israelita apelando ao seu boicote no Festival da Canção confirmando que o Bloco de Esquerda é o partido mais xenófobo e racista do sistema político português.
Não, de facto o PCP e o BE ”não
são” extremistas de esquerda. Só apoiam ditadores e doutrinas extremistas. Faz
“sentido” sim senhor!
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias,
20-1-2019
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