José António Rodrigues Carmo
Devo dizer que não me
imaginava a concordar com a Raquel Varela. Trata-se de uma pessoa da esquerda
carregada e eu inclino-me muito mais para a direita.
Mas também gosto de alheira e
o seu
artigo que aqui refiro, é uma machadada impiedosa na histeria de carácter
religioso em que se transformou o clima.
Sim, trata-se claramente de
uma nova religião. Profana, claro, mas com as mesmas características de certas
seitas milenaristas que, por vezes, desembocam em suicídios coletivos, como,
por exemplo, a seita davidiana de David Koresh.
Até a linguagem é a mesma, e
inclui anúncios apocalípticos sobre o fim do mundo, provocado pelos pecados dos
homens que, para o evitar, têm de arrepender-se e expiar as faltas. Além de
darem esmola "para o santinho" e que, na realidade, o santinho nem
cheira, porque vai diretamente para a conta do líder.
Tal como a religião
tradicional, esta tem um impacto na vida das pessoas. Impõe uma praxis, um
comportamento “certo” (diminuir a pegada de CO2), e uma densa malha de virtudes
e pecados, bem como a execração pública dos pecadores, que têm de mudar de
comportamento e fazer o seu exame de consciência (ecológica, claro) para salvar
a Mãe Natureza.
O messianismo do clima
encontrou a sua profeta, uma sombria adolescente sueca ignorante e com
transtornos mentais.
Dos púlpitos que a congregação
lhe confere, ela dardeja culpas, increpa os pecadores, rasga as vestes e,
furibunda, promete o inferno para os culpados.
"Como se atrevem?",
vocifera, num esgar de ódio.
O transtorno mental de Greta
implica comportamentos paranoicos e obsessivos. A rapariga chora, franze o
sobrolho, mostra expressões de raiva, medo e ódio. Compreendo-a.
Disseram-lhe repetidamente que
vem aí um papão, ela acredita no papão e está firmemente convencida que ele
vem. Acha que já não tem de estudar, porque não vale a pena, já que o mundo vai
acabar.
Foram os adultos,
provavelmente os pais, extremistas de esquerda, que lhe meteram esta toleima na
cabeça e ela, assustada e enraivecida, berra com os chefes dos estados à sua
frente, como fazem todas as crianças quando querem obter algo.
Para a Greta, aqueles são os
papões.
Insulta-os em nome da “minha
geração”, como se alguém a tivesse eleito representante ou porta voz. No seu
delírio de ignorância, raiva e medo, faz birra, ameaça, chora, pede soluções. Que
soluções?
Ela não as tem, claro, as
crianças não têm soluções, só querem o chupa-chupa, ou o brinquedo, ou que o
papão se vá embora, e querem lá saber se os adultos lhes podem ou querem dar o objeto
desejado.
Mas esta pobre rapariga é
agora a líder espiritual de uma seita.
O David Koresh tinha 130
discípulos, Jim Jones chegou a ter 900, mas a Greta tem milhões. E, tal como no
caso dos seguidores de Koresh e Jones, os da Greta estão também cada vez mais
fanatizados e prontos ao sacrifício supremo, porque acreditam que vem aí o fim
do mundo. O pior de tudo é que acham que até os que não acreditam na profecia,
devem pagar. Querem que os não crentes se submetam à sua religião e paguem
também o dízimo verde.
É perturbador ver como pessoas
inteligentes são capazes de seguir loucos varridos até ao seu próprio fim.
Título e Texto: José
António Rodrigues Carmo, Facebook,
25-9-2019
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