quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Greta, David Koresh, Jim Jones etc.

José António Rodrigues Carmo

Devo dizer que não me imaginava a concordar com a Raquel Varela. Trata-se de uma pessoa da esquerda carregada e eu inclino-me muito mais para a direita.

Mas também gosto de alheira e o seu artigo que aqui refiro, é uma machadada impiedosa na histeria de carácter religioso em que se transformou o clima.

Sim, trata-se claramente de uma nova religião. Profana, claro, mas com as mesmas características de certas seitas milenaristas que, por vezes, desembocam em suicídios coletivos, como, por exemplo, a seita davidiana de David Koresh.

Até a linguagem é a mesma, e inclui anúncios apocalípticos sobre o fim do mundo, provocado pelos pecados dos homens que, para o evitar, têm de arrepender-se e expiar as faltas. Além de darem esmola "para o santinho" e que, na realidade, o santinho nem cheira, porque vai diretamente para a conta do líder.

Tal como a religião tradicional, esta tem um impacto na vida das pessoas. Impõe uma praxis, um comportamento “certo” (diminuir a pegada de CO2), e uma densa malha de virtudes e pecados, bem como a execração pública dos pecadores, que têm de mudar de comportamento e fazer o seu exame de consciência (ecológica, claro) para salvar a Mãe Natureza.

O messianismo do clima encontrou a sua profeta, uma sombria adolescente sueca ignorante e com transtornos mentais.

Dos púlpitos que a congregação lhe confere, ela dardeja culpas, increpa os pecadores, rasga as vestes e, furibunda, promete o inferno para os culpados.

"Como se atrevem?", vocifera, num esgar de ódio.

O transtorno mental de Greta implica comportamentos paranoicos e obsessivos. A rapariga chora, franze o sobrolho, mostra expressões de raiva, medo e ódio. Compreendo-a.

Disseram-lhe repetidamente que vem aí um papão, ela acredita no papão e está firmemente convencida que ele vem. Acha que já não tem de estudar, porque não vale a pena, já que o mundo vai acabar.

Foram os adultos, provavelmente os pais, extremistas de esquerda, que lhe meteram esta toleima na cabeça e ela, assustada e enraivecida, berra com os chefes dos estados à sua frente, como fazem todas as crianças quando querem obter algo.

Para a Greta, aqueles são os papões.

Insulta-os em nome da “minha geração”, como se alguém a tivesse eleito representante ou porta voz. No seu delírio de ignorância, raiva e medo, faz birra, ameaça, chora, pede soluções. Que soluções?

Ela não as tem, claro, as crianças não têm soluções, só querem o chupa-chupa, ou o brinquedo, ou que o papão se vá embora, e querem lá saber se os adultos lhes podem ou querem dar o objeto desejado.

Mas esta pobre rapariga é agora a líder espiritual de uma seita.

O David Koresh tinha 130 discípulos, Jim Jones chegou a ter 900, mas a Greta tem milhões. E, tal como no caso dos seguidores de Koresh e Jones, os da Greta estão também cada vez mais fanatizados e prontos ao sacrifício supremo, porque acreditam que vem aí o fim do mundo. O pior de tudo é que acham que até os que não acreditam na profecia, devem pagar. Querem que os não crentes se submetam à sua religião e paguem também o dízimo verde.

É perturbador ver como pessoas inteligentes são capazes de seguir loucos varridos até ao seu próprio fim.
Título e Texto: José António Rodrigues Carmo, Facebook, 25-9-2019

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