O mesmo vereador apresentou no ano passado,
uma proposta que previa a criação da 'Zona Leste' do Rio, que seria composta
pela Barra, Recreio e Jacarepaguá
O vereador Zico (PTB)
apresentou à Câmara Municipal do Rio de Janeiro um Projeto de Lei (PL 1894/2020)
que pretende separar os bairros da Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá da
Zona Oeste do Rio. Segundo texto, a medida visa oficializar a área geográfica
da Zona Oeste do Rio.
De acordo com a proposta, a
nova configuração da Zona Oeste, seria composta pelos seguintes bairros: Bangu,
Vila Kennedy, Deodoro, Campo dos Afonsos, Gericinó, Jardim Sulacap, Magalhães
Bastos, Padre Miguel, Realengo, Santíssimo, Senador Camará, Vila Militar, Barra
de Guaratiba, Campo Grande, Cosmos, Santa Margarida, Guaratiba, Inhoaíba,
Paciência, Pedra de Guaratiba, Santa Cruz, Senador Vasconcelos e Sepetiba.
O autor da Projeto justifica a
medida, afirmando que existe uma confusão entre a população quanto as ações
públicas realizadas na Zona Oeste.
“Por se tratar da segunda
maior área geográfica da cidade do Rio de Janeiro, existe uma grande confusão,
principalmente para a população, no que diz respeito às ações públicas
realizadas pela Administração na região, que destina os investimentos à Zona
Oeste, mas não especificam que os mesmos são encaminhados, por exemplo, para os
bairros da Baixada de Jacarepaguá, seja pelo potencial turístico, seja pelo
evento das Olimpíadas de 2016, ou para os bairros localizados no extremo da
região como Campo Grande e Santa Cruz, devido seu forte setor industrial. A
presente proposta de oficializar a criação da Zona Oeste tem o mérito de deixar
claro a que área a Prefeitura se refere quando fala em “investimentos na Zona
Oeste“, e complementa:
“Com a oficialização da
denominação, o cidadão e seus representantes poderão ver com clareza para onde
estão indo os recursos e quanto a Prefeitura está, de fato, investindo nesses
23 bairros que, infelizmente, ganham com folga a “Olimpíada das Necessidades”,
aí compreendidas saúde, transportes, conservação, segurança, saneamento básico,
iluminação e educação“.
O parlamentar garante que a
mudança será boa para a própria Prefeitura, pois vai permitir um planejamento
estratégico de recursos mais assertivo para a região.
“Com a criação e
oficialização da Zona Oeste os bairros que a integram poderão ter investimentos
mais delimitados em sua destinação final, além de melhor organização de
infraestrutura, como transporte público, segurança e apoio de outros órgãos públicos,
que conseguirão delimitar melhor suas áreas de atuação para uma prestação de
serviços mais eficiente à população, a qual também não sofrerá mais com a
confusão gerada frente a dimensão e extensão da área em que moram, podendo
cobrar mais atenção de seus representantes que apenas se lembram de uma região
ou outra e de seus habitantes somente para fins de interesses políticos e
eleitoreiros“, e conclui:
“Portanto, nada mais justo do que os recursos arrecadados nesses bairros retornarem na forma de novos e imprescindíveis investimentos “.
Vereador já tinha proposto
projeto polêmico da criação da ‘Zona Leste’
Há pouco mais de um ano, a
Câmara Municipal do Rio rejeitou outro Projeto de Lei apresentado pelo vereador
Zico, que previa a criação da “Zona Leste” da cidade”.
Na ocasião, os mesmos bairros
da Zona Oeste, como Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá. seriam
“retirados” da região e passariam a fazer parte da nova Zona Leste.
O projeto foi apresentado em
2015. Em 2017, saiu de pauta ao causar polêmica. A oposição acusou a proposta
de ser “elitista” por criar uma nova região administrativa com os
bairros mais ricos.
Inicialmente, o projeto de lei
falava em denominar a área de “Zona Oeste-Sul” e foi alvo da
ironia de vereadores que questionavam a “geografia” do
projeto.
Título e Texto: Redação
Diário do Rio, 20-8-2020
Em 1998, votei “SIM” pela emancipação da Barra da Tijuca e Recreio. Embora a maioria dos que se dignaram votar tivesse cravado “SIM” a votação não foi validada por falta de quórum.
ResponderExcluir“Em 4 de julho de 1998, 5 785 pessoas votaram pelo sim, 354 pelo não e 78 corresponderam a votos nulos e brancos. A grande zebra do plebiscito deveu-se ao fato de que o quórum mínimo não fora atingido; eram necessários pelo menos 23 978 votos para que a votação fosse validada, e o total de votantes foi de apenas 6 217.”
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