Waldo Deveza
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| Bernard Madoff, foto: AD |
Olá!
Quero dar a minha opinião sobre essa relação Madoff x AERUS.
Penso que no caso Madoff a ação nefasta desse investidor atingiu a todos. Ele atingiu parentes, amigos, vizinhos, empresas, bancos e, quem sabe?, governos. Nesse "roll" ele atingiu aposentados e pensionistas. Vi em relatos pessoas com idade, aposentadas, que acreditando no sonho oferecido perderam as suas poupanças, e não dúvido que isso tenha provocado sofrimento e mortes.
No caso AERUS apenas uma categoria trabalhadora foi atingida de forma brutal e certeira, onde apenas alguns poucos dentro do universo de aposentados e pensionistas (e os da ativa) conseguiram manter o respectivo status. Portanto, na minha modesta opinião os danos causados no caso AERUS foram maiores, porque acredito que o nosso investimento no passado foi apenas para garantir uma 3ª idade melhor; não foi para especulação de mercados a fim de ganhar dinheiro, e isso nos foi tirado de forma víl e isso até agora, a um pequeno passo dos 5 anos.
Concordo com o Bolognese quando diz que lá (diferentemente daqui), a justiça americana se pronunciou, prendendo e condenando esse investidor a nada menos que 120 anos de prisão sem levar em consideração a sua idade avançada, mais o arresto de bens, o que não deixa de ser bom para que muitos possam recuperar perdas havidas.
No nosso caso nada aconteceu. Nenhum nome da FRB, Varig, AERUS e SPC foi apontado como causador do caos havido. Apenas o que ocorreu foram multas e no caso do Bottini, a devolução do dinheiro que ele retirou de forma indevida, antes de deixar a presidência e se mudar para Miami. Pergunto: devolveu?... e os outros pagaram as multas previstas?... Duvido.
Nessa história torpe é saber que todos os responsáveis pelo que aconteceu com o Instituto estão leves e soltos, vivendo numa boa e isso dói, dói profundamente.
Me pergunto se isso que nos aconteceu tivesse acontecido por exemplo nos EUA, se estaríamos do jeito que estamos, esperando… esperando… Acho que não! Penso que alguns desses crápulas estariam presos, o que já seria um conforto.
Logicamente se ocorresse em algum pobre país da África, um daqueles em que que crianças são aljadas das brincadeiras comuns, das escolas, para pegar em armas, por certo seria a mesma coisa.
SEM ESPERARMOS PERFEIÇÃO NAS NAÇÕES, ESSA É A DIFERENÇA.
Sem mais,
Waldo Deveza
(o solitário)
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