terça-feira, 29 de março de 2011

Falsidade ideológica pregada abertamente

Todos se lembram de um hipotético movimento que espalharam recentemente via internet que ocorreria na Avenida Paulista no passado dia 12 de março…

Lisboa. Foto: Estela Silva/Lusa
O objetivo era simples, gerar frustração por nada acontecer, e mais inconformidade no íntimo das pessoas com a própria passividade dos brasileiros, mas que na verdade a cada dia, e passo a passo, mais se revelam como participes e formadores em redes sociais mobilizadas em não mais aceitar conceitos populistas, e em nosso caso bisonhamente lulo-fisiológicos, além da mais completa inanição do poder judiciário.Na verdade tratava-se de uma manifestação que ocorreria, e ocorreu em Portugal e que algum lesa-cidadania aqui no Brasil falsificou os dizeres e chamamento público, e espalhou via blogs e e-mails pela internet, causando grande e falsa expectativa.
Assim, lá em Portugal, no dia 12/03 o movimento cívico ocorreu, e conforme previsto levando milhares de pessoas às ruas, e cuja reação no Congresso culminou com a queda do “populista” primeiro-ministro José Sócrates, - amigão de Lula, e já execrado pela comunidade das competentes economias sérias da Europa. Legou as finanças portuguesas na total precariedade. O país está à bancarrota. Aqui, o seu amigo do ABC deixou os chamados “restos a pagar do ano de 2010”, não só liquidou programas como “Minha Casa Minha Vida” para 2011, além de atingir outros programas sociais, como também irá produzir a maior inflação pós-plano real; podendo chegar a 6,5% em 2011. Com Mantega no comando da Economia  podemos pôr em risco anos de trabalho e sacrifício de toda a nação desde o início do Plano Real, e que Lula dizia fazer parte da “herança maldita”; talvez por isso queira destruir.
6 % de inflação, já é a maior projeção dentre as 20 maiores economias para 2011, em segundo temos a Austrália com 2%.

Mantega se instituiu outras obrigações: assumir ostensivamente o controle da maior empresa exploradora de Minério do Mundo – a Vale, ou seja, a já mais valiosa que a própria Petrobras no mercado de capitais e que nas mãos do governo era um saco sem fundo. É o corporativismo incrustrado no Governo, apoiado pelo fisiologismo e a eterna burocracia e burguesia estatal. A presidente Dilma, dentro das possibilidades críticas que lhe foram legadas deverá, e sem demora, a bem do serviço público, a bem de seu governo, e a bem desta nação se livrar de Ministros incompetentes ou que perderam vocação técnica para com as suas áreas de atuação. A Nação está farta de escândalos pelas incompetências nas áreas de Energia, Previdência, Educação e Fazenda claramente demostrada nestes poucos meses, ou até em períodos antecedentes. Não se trata mais de política; versa sim pelo respeito aos contribuintes de uma das maiores cargas fiscais do planeta que querem ter brasileiros competentes a testa das políticas públicas dessas áreas vitais.
Voltando ao tema em que a canalhada produziu um falso movimento no Brasil – na Avenida Paulista; - o verdadeiro lá em Portugal teve grande sucesso, para ironia do destino aos lulo-populistas brasileiros; porém vale a leitura do artigo (VIDE ABAIXO- um notável discurso populista e que os números dos ditos burlescos de balcão de botequim ali disposto não se sustentam sobre números).
Porto. Foto: Estela Silva/Lusa
Parece encomendado em razão de “rasgados” elogios feitos à época em que Lula se despedia do Governo. Assinava a libertação de Battisti, dava um rapa em móveis e objetos do Planalto/Alvorada/Granja do Torto – como divulgado; emitia passaportes diplomáticos; transportava em caminhões frigoríficos vinhos de Brasília para o ABC em São Paulo.
Meus caros, mas aos conscientes cidadãos, isto é um pouco do Brasil, sem justiça e que mal exemplifica e conduz os nossos jovens à formação de caráter e cidadania, e que não pode mais e não deve ser tolerado por ninguém.
Moral não se estabelece por padrões imperfeitos a guisa de linguagem e interesses vulgares. Quem engana está servido a propósitos escusos a interesses que são contrários ao seu estado de comodismo ou de favorecimento.
A humanidade recebeu esta frase há quase dois mil anos e nunca deverá esquecê-la principiante praticá-la: Orai, e Vigiai”.
Oswaldo Colombo Filho
Brasil Dignidade

O meu Brasil é com “S”
Lula era o homem certo. Sem complexos ou desfalecimentos, o antigo sindicalista esperou e preparou longamente o encontro com seu povo.
Raros são os políticos que dão seu nome a um tempo. Os “anos Lula” mudaram o Brasil. É outro país: mais desenvolvido economicamente, mais avançado tecnolo-gicamente, mais justo socialmente, mais influente globalmente.
Uma democracia mais consolidada, uma sociedade mais coesa e mais tolerante. Sabemo-lo hoje: no Brasil, o século 21 começou em 1º de janeiro de 2003, o dia inaugural da Presidência de Lula.
Quero ser claro: Lula mostrou que a esquerda brasileira sabe governar. Causas, sim, mas competência também; princípios políticos, mas também eficácia técnica; realismo inspirado por ideais que nunca se perderam.
Este presidente, oriundo do PT, deu à esquerda brasileira credibilidade, modernidade, força e maturidade. A grande oportunidade de sua eleição não foi uma promessa incumprida ou um sonho desfeito.
Ao contrário, com Lula, a esquerda ganhou crédito e consistência; o Brasil, reputação e prestígio.
Sou testemunha das reservas, se não do ceticismo, com que a intelligentzia recebeu a eleição de Lula da Silva. Hoje, na hora do balanço, a descrença transmutou-se em aplauso; a expectativa, em admiração. É essa a “alquimia” de Lula.
Os números falam por si: crescimento econômico, equilíbrio financeiro, reputação nos mercados, milhões de pessoas arrancadas da extrema pobreza, salto inédito na educação e na formação profissional, melhoria do rendimento que alargou e consolidou a classe média brasileira.
Lula era o homem certo. Sua história pessoal e política permitiu dar à esquerda uma nova atitude e ao Brasil um novo horizonte. Sem complexos e sem desfalecimentos, o antigo sindicalista esperou e preparou longamente o encontro com seu povo. Se falhasse, não falharia apenas ele: falharia um ideal, um sonho, um projeto, uma esperança do tamanho de um continente.
Foi também nesses anos vitais que o Brasil se afirmou como o grande país que é. “Potência emergente”, como é habitual dizer, assume-se – e vai se assumir cada vez mais – como um dos grandes países que marcam o mundo contemporâneo. Pela sua grandeza e pela sua energia, tem tudo o que é necessário para isso.
Portugal tem orgulho deste grande país, com quem partilha uma língua, uma fraternidade, um passado, um presente e um futuro. Tudo isso queremos valorizar e projetar: aos sentimentos que nos unem, juntamos os interesses que nos são comuns; à memória conjunta associamos visão partilhada do futuro.
Para Portugal e para todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a importância do Brasil no mundo do século 21 é um motivo de alegria e uma riqueza imensa, com potencialidades em todos os planos: econômico, cultural, linguístico, político, geoestratégico.
A vida política de Lula é uma longa corrida feita com ritmo, esforço, persistência. As palavras que ocorrem são tenacidade e temperança, clássicas virtudes da política. Tenacidade para fazer de derrotas passadas vitórias futuras. Temperança que lhe ensinou a moderação, o equilíbrio e a responsabilidade que o tornaram o presidente que foi.
Na hora da despedida, quero prestar-lhe, em meu nome pessoal e em nome do governo português, uma homenagem feita de amizade, reconhecimento e admiração. Lembro os laços que firmamos, os projetos que comungamos, os encontros que tivemos, nos quais se revelou, invariavelmente, um grande amigo de Portugal.
Lembro, em especial, o trabalho que desenvolvemos para que durante a presidência portuguesa da União Europeia fosse possível a realização da primeira cúpula EU–Brasil, um ponto de viragem nas relações entre a Europa e o Brasil.
Na passagem do testemunho à presidente eleita Dilma Rousseff, que felicito vivamente e a quem desejo as maiores felicidades, renovo a determinação de prosseguirmos juntos e reafirmo, na língua que nos é comum, o nosso afeto e a nossa gratidão. Mais do que nunca: “O meu Brasil é com ‘S’.” “S” de Silva.
Lula da Silva, Saravá!
José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, escreveu este texto no jornal “Folha de São Paulo”, 14 de novembro de 2010 - e postado aqui no blogue no dia 15 de novembro.

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