Isabel Stilwell
Nas histórias, o mensageiro das más notícias acaba sempre decapitado. Desconfio que é por isso que o Gato das Botas, vulgo ministro das Finanças, faz estes discursos em voz lenta e com as sílabas todas nos sítios, e que duram, duram, duram, na esperança de adormecer quem lhe podia cortar o pescoço. Isto para não falar no atentado à produtividade nacional, porque à média de uma conversa em família por semana, são horas de trabalho que se vão. Mas a verdade é que o conteúdo dos seus discursos acaba por nos impedir de fechar os olhos.
Nas histórias, o mensageiro das más notícias acaba sempre decapitado. Desconfio que é por isso que o Gato das Botas, vulgo ministro das Finanças, faz estes discursos em voz lenta e com as sílabas todas nos sítios, e que duram, duram, duram, na esperança de adormecer quem lhe podia cortar o pescoço. Isto para não falar no atentado à produtividade nacional, porque à média de uma conversa em família por semana, são horas de trabalho que se vão. Mas a verdade é que o conteúdo dos seus discursos acaba por nos impedir de fechar os olhos.
Esta nova versão das mesmas
medidas, mais preocupante para quem trabalha, e menos eficaz na resolução do
problema real, ou seja o peso exagerado da despesa pública, é mesmo de tirar o
sono. Temos mais impostos sobre o trabalho, resultado da ligeireza com que o
Tribunal Constitucional ditou a inadmissibilidade do corte dos dois subsídios à
Função Pública, aqueles que têm um patrão falido mas que, ao contrário dos
outros na mesma situação, não pede a insolvência.
É um choque perceber que a
população empregada em Portugal é de apenas 4,5 milhões de pessoas, mas assusta
ainda mais saber que cerca de 57% das famílias com rendimentos declarados em
2010 não pagaram IRS. Porque os ordenados são baixos, está certo, mas que país
pode sobreviver quando, sobre os ombros de tão poucos, se coloca a vida de
tantos? E o pior é que serão cada vez menos a pagar, em consequência do
desemprego, que se agravará com mais impostos. Decididamente, o drama de
Portugal é não haver ricos, que tanto jeito davam para ajudar a pagar as contas
que um Estado novo-rico contraiu.
Título e Texto: Isabel
Stilwell, Destak,
04-10-2012
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