Luisa Castel-Branco
A incapacidade do Governo em
saber explicar aos portugueses seja o que for é confrangedora. As medidas que o
Governo tem de tomar até podem estar certas mas não valem nada se os cidadãos
não perceberem exactamente o porquê e o que vem depois. Dito isto, e tentando
desesperadamente esquecer os disparates constantes com que membros do governo
ou outros ligados ao mesmo enchem as páginas dos jornais diariamente (será que
não há ninguém que os mande calar?) resta-nos a realidade. E a realidade é bem
pior do que nos querem fazer acreditar.
Na ausência das ditas palavras
do Governo, temos tanta gente a berrar que até parece que não nos falta saber
mais nada. Comentadores e mais comentadores. Políticos e mais políticos, desde
os que estão supostamente afastados e na sua vidinha, sejam de que partido for,
até aos outros sempre à espera da sua vez para saltar para o poder. Eles falam
e falam. Mais as centrais sindicais e os patrões. Mas o que ninguém nos explica
é como podemos viver sem a ajuda financeira da dita Troika.
Vamos ser claros. Estamos
falidos, o que significa que se não vier o dito dinheiro não haverá pagamentos
aos funcionários públicos, nem reformas, nem médicos, e a lista não termina.
Mas isso ninguém diz. E quando o Sr. Seguro se apercebeu que o Primeiro-Ministro
podia dar o fora, e perante tantas vozes como a do Dr. Soares a pedirem um
governo de salvação nacional, o que fez ele: Veio logo dizer que não. Pois. O
barco está-se a afundar e bora lá encher as ruas a gritar contra a Troika. O
que acontece depois? Isso não lhes interessa.
Título e Texto: Luisa Castel-Branco, Destak,
02-10-2012
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